Questões de A Consciência e os Limites do Conhecimento (Filosofia)

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Analise as informações a seguir:
I. Um dos debates mais fundamentais da discussão sobre a transcendência da humanidade, sobretudo a partir do conceito de Pessoa, é que seus valores e conteúdo são universais para todas as sociedades humanas.
II. Dentro da pluralidade do conceito de Pessoa, embora concebido como transcendente, não é possível apontar valores que sejam compartilhados por todas as sociedades humanas.
Marque a alternativa CORRETA:
  • A As duas afirmativas são verdadeiras.
  • B A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
  • C A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
  • D As duas afirmativas são falsas.
A filosofia hegeliana da história é a última consequência, levada à sua “mais pura expressão”, de toda a historiografia alemã que não trata de interesses reais, nem mesmo políticos, mas apenas de uma série de pensamentos puros que devoram uns aos outros. Tal concepção é verdadeiramente religiosa, pressupõe o homem religioso como o homem primitivo do qual parte toda a história e, em sua imaginação, põe a produção religiosa de fantasias no lugar da produção real dos meios de vida e da própria vida. 
Adaptado de MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo, 2007.

A visão marxiana entende que a história é movida pelas
  • A diversas manifestações da ânsia por domínio que caracteriza a realidade em geral.
  • B fases de um processo progressivo de aumento da consciência moral humana.
  • C sucessões dos regimes discursivos e suas distintas formas de produzir verdades.
  • D várias configurações sociais conforme suas formas de organizar a produção material.
De acordo com o texto A arte diante do mal radical, de Thierry de Duve, a decisão do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque de expor uma série de fotos de pessoas mantidas em campos de extermínio pelo regime de Pol Pot (líder do Khmer Vermelho cambojano entre 1975 e 1979 e responsável pelo massacre sistemático de milhares de civis durante esse período): 
  • A expõe como arte fotos que não são arte, já que desumanas, sendo a arte um patrimônio da humanidade.
  • B convida o espectador a fazer um julgamento estético, levando-o a contemplar as fotos tendo a arte como referência.
  • C faz justiça ao desejo do fotógrafo em ser reconhecido como artista, a despeito das condições em que exerceu sua arte.
  • D justifica atos imorais em nome da arte.
  • E revela que a decisão acerca do status de arte da fotografia compete exclusivamente aos curadores das exposições fotográficas.

“Até pouco tempo atrás, quando queríamos sustentar uma afirmação sem argumentar demais, bastava dizer: ‘É comprovado cientificamente.’ Mas essa tática já não tem mais a mesma eficácia, pois a confiança na ciência está diminuindo. Vivemos hoje um clima de ceticismo generalizado, uma descrença nas instituições que favorece a disseminação de negacionismos, encampados por governos com políticas escancaradamente anticientíficas”.
ROQUE, Tatiana. O negacionismo no poder. Como fazer frente ao ceticismo que atinge a ciência e a política. Revista Piauí, n. 161, fev. 2020.
Considerando os elementos mobilizados no texto de Roque, assinale a alternativa que apresenta uma medida que, se implementada, aumentaria a confiança da população no discurso científico.

  • A Validar as etapas da produção científica por meio de referendos.
  • B Promover o diálogo e iniciativas de divulgação científica abertas à autocrítica.
  • C Combater as crenças religiosas e pessoais que contradizem a ciência.
  • D Reforçar a autoridade dos cientistas referindo-se ao seu reconhecimento acadêmico.
  • E Evitar que se consolidem consensos científicos.

Gaston Bachelard, filósofo francês do século XIX, dedicou-se à filosofia da descoberta científica. Para ele, o historiador da ciência deve considerar ideias como fatos, enquanto o epistemólogo deve encarar fatos como ideias em um sistema de pensamento. No ensino elementar, Bachelard (2002) destaca a importância de extrair o abstrato do concreto, utilizando experiências para ilustrar teorias. Ele alerta que fenômenos interessantes podem envolver afetividade, prejudicando a objetividade científica. A ciência busca delinear e ordenar fenômenos, encontrando um equilíbrio entre concreto e abstrato, matemática e experiência, leis e fatos. Para isso, Bachelard valoriza experiências que fogem do comum, levando a contradições e discussões que resultam na criação de leis. Para Bachelard, o espírito científico proíbe que tenhamos uma opinião sobre:

  • A Questões que não possuem relevância científica, pois o conhecimento científico baseia-se em fatos bem estabelecidos e verificados.
  • B Questões que não compreendemos, pois todo conhecimento é resposta a uma pergunta. Se não há pergunta, não pode haver conhecimento científico.
  • C Temas que não se enquadram nas teorias estabelecidas, pois a ciência busca sempre reforçar as teorias já existentes, não considerando novas perspectivas.
  • D Assuntos que não tenham aplicação prática, pois a ciência busca soluções concretas para problemas reais.
  • E Questões que envolvam aspectos subjetivos ou emocionais, pois a ciência deve se basear em observações objetivas e imparciais.