Mesmo antes de algumas das ditaduras da América virem à tona, grupos militares de diferentes países vinham ao Brasil para aprender “técnicas de interrogatório” e métodos de repressão, em uma complementação do que era passado na Escola das Américas. Havia formas de ação da rede, que não apenas trocava informações sobre os eleitos subversivos, mas também deslocava os prisioneiros e procurados sem a necessária burocracia e registros de transferência. Em múltiplas formas, a Operação Condor funcionou como um facilitador da repressão, guiada pela supressão do pensamento comunista e revolucionário (especialmente após a criação da Junta de Coordenação Revolucionária) em suas fronteiras e pelo princípio da cooperação internacional.
(QUADRAT, Samantha, 2006, p. 161-181.)
A Operação Condor, apesar do forte apelo anticomunista, visava não apenas aqueles ligados à ideologia. Nessa operação:
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A Os estrangeiros, principalmente judeus, em sua maioria apoiadores de extrema-esquerda, foram as principais vítimas.
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B Qualquer opositor dos governos era alvo, tais como líderes democratas e liberais, desde que estivessem no limite de seu próprio país.
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C Apenas o Chile e a Argentina não participaram, pois preferiram adotar a “via pacífica contra o socialismo”, evitando, assim, atos mais violentos.
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D A extensão das ações repressivas, além de ser potencializada pela cooperação, mostra que os órgãos repressores não conheciam limites territoriais.