Questões de Bioquímica em Biomedicina (Biomedicina - Análises Clínicas)

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Paciente, 45 anos, previamente saudável, é admitido no hospital com quadro de cefaleia intensa, febre e confusão mental há dez dias. Relata ter tido episódios de visão turva e rigidez de nuca nos últimos três dias. O exame físico revela rigidez de nuca e desorientação temporal e espacial. Sem histórico de trauma recente, também não tem antecedentes de uso de medicamentos imunossupressores ou de doenças autoimunes. Diante da suspeita de uma meningite, foi realizada uma punção lombar para coleta de líquor. Dentre os exames solicitados, foi incluído o exame microbiológico para avaliar a possibilidade de meningite fúngica. Com base nas informações apresentadas, sobre a coleta de líquor e o diagnóstico de criptococose, assinale a afirmativa correta.

  • A A coloração de Ziehl-Neelsen permite a visualização do Cryptococcus neoformans, pois é uma levedura álcool-ácido resistente, sendo suas hifas intensamente coradas por essa técnica.
  • B A coloração de Gram é o método de escolha para a visualização de Cryptococcus neoformans no líquor, pois seus esporos são fortemente corados pelo cristal violeta, sendo visualizados como estruturas Gram-negativas.
  • C A coloração com tinta nanquim é amplamente utilizada para detectar Cryptococcus neoformans no líquor, permitindo a visualização do halo claro ao redor do fungo, que corresponde à cápsula polissacarídica característica.
  • D A coleta de líquor para o diagnóstico de criptococose deve ser realizada preferencialmente com a utilização de tubos contendo anticoagulante EDTA, uma vez que o anticoagulante impede a formação de fibrina, facilitando a visualização dos fungos.

Na avaliação de desordens hormonais, é comum a realização de dosagem de pares de hormônios pertencentes ao mesmo eixo. Tendo em vista que a regulação hormonal é regida por mecanismos de retroalimentação, avaliar a dinâmica de dois ou mais hormônios de um mesmo eixo pode ajudar a elucidar se a desordem tem causa primária ou secundária. Assim, em um paciente com hipotireoidismo primário, qual resultado é esperado para dosagem hormonal do eixo hipófise-tireóide?

  • A Dosagem de TSH e T4 aumentadas.
  • B Dosagem de TSH e T4 diminuídas.
  • C Dosagem de TSH diminuída e dosagem de T4 aumentada.
  • D Dosagem de TSH aumentada e dosagem de T4 diminuída.

A análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) é importante para avaliar pacientes com sintomas neurológicos ou suspeita de infecção do sistema nervoso central. A coleta adequada do material é fundamental para assegurar a qualidade da análise. A recomendação é realizar a coleta em 3 tubos estéreis, sem anticoagulante e devidamente identificados com os dados do paciente e com a ordem de coleta dos tubos. A ordem de coleta dos tubos determinará o tipo de análise a ser realizada, como por exemplo,

  • A o primeiro tubo deve ser encaminhado para a análise microbiológica, pois a amostra terá maior concentração do micro-organismo causador da infecção.
  • B o terceiro tubo deverá ser encaminhado para análise bioquímica, pois os primeiros tubos coletados podem estar contaminados com proteínas séricas e comprometer a análise.
  • C o primeiro tubo deverá ser encaminhado para a análise citológica, pois a amostra terá maior concentração de células, garantindo maior sensibilidade para a análise.
  • D o terceiro tubo deverá ser encaminhado para a análise citológica, pois apresenta menor probabilidade de conter células introduzidas por acidente de punção.

Durante a rotina laboratorial, foi verificado o crescimento de uma colônia bacteriana no meio de cultura ágar sangue. A partir dessa colônia, uma lâmina foi preparada, fixada e corada com a coloração de Gram para observação da morfologia da bactéria isolada. A coloração de Gram mostrou a presença de cocos gram-positivos em cadeias, indicando se tratar de uma bactéria do gênero

  • A Staphylococcus. 
  • B Klebsiella.
  • C Streptococcus.
  • D Proteus.

O diabetes mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção de insulina, ação da insulina ou ambos. A insulina é um hormônio liberado pelas células beta-pancreáticas no estado pós-prandial em resposta ao aumento da glicemia. Em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1), há a destruição das células beta-pancreáticas e ausência de produção do hormônio, enquanto no diabetes mellitus tipo 2 (DM2) ocorre resistência periférica à ação da insulina. Em ensaios para monitoramento de pacientes com diabetes, a dosagem de peptídeo C

  • A exige jejum de, pelo menos, 8 horas para evitar resultados falsamente aumentados em pacientes com diabetes mellitus.
  • B pode ser solicitada para avaliar a função pancreática quanto a capacidade de produção de insulina, mesmo em paciente que realiza insulinoterapia.
  • C deve ser usada para monitorar o risco de pacientes com diabetes mellitus em desenvolver retinopatia diabética.
  • D é fundamental para avaliar a integridade da função renal em pacientes com diabetes mellitus.