Questões de Choque e Parada Cardiorrespiratória (Medicina)

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Caso clínico: Um homem de 55 anos chega ao pronto-socorro com queixa de dor abdominal intensa, febre e confusão mental. Ele tem histórico de diabetes mellitus e hipertensão. No exame físico, ele se apresenta agitado, com pele fria e úmida. Seus sinais vitais são: pressão arterial 90/50 mmHg, frequência cardíaca 130 bpm, frequência respiratória 28 irpm, temperatura 38,8 °C e saturação de oxigênio 95% em ar ambiente. Os exames laboratoriais revelam:

• Hemoglobina: 10 g/dL
• Leucócitos: 18.000/mm³
• Lactato: 6 mmol/L
• Proteína C reativa: 200 mg/L
• Creatinina: 1,8 mg/dL (valor de base: 1,2 mg/dL)
A gasometria arterial mostra:
• pH: 7,30
• PaCO2: 30 mmHg
• HCO3-: 15 mmol/L
• PaO2: 80 mmHg
• SaO2: 94%

Considerando os conceitos de delivery of oxygen (DO2) e oxygen consumption (VO2), qual é a definição mais apropriada de choque circulatório nesse paciente?
  • A Choque circulatório é caracterizado por um aumento compensatório na produção de lactato, independentemente dos níveis de oxigênio no sangue.
  • B Choque circulatório é definido pela incapacidade do sistema cardiovascular de fornecer oxigênio suficiente para atender à demanda metabólica dos tecidos, resultando em disfunção celular.
  • C Choque circulatório é definido pela incapacidade de o sistema cardiovascular manter a pressão arterial sistêmica dentro de limites normais.
  • D Choque circulatório é a redução na produção de oxigênio pelos pulmões devido à insuficiência respiratória aguda.
  • E Choque circulatório é a incapacidade dos tecidos em utilizar o oxigênio devido a um defeito mitocondrial primário.

Um homem de 60 anos, com histórico de hipertensão e doença arterial coronariana, é encontrado inconsciente no hospital após relatar dor torácica intensa e sudorese profusa há 30 minutos. Ao ser localizado, ele estava caído no chão ao lado de seu leito, e a equipe de emergência foi imediatamente acionada. À chegada da equipe, o paciente está sem resposta a estímulos verbais e dolorosos, apneico e com pulsos ausentes. A monitorização cardíaca revela taquicardia ventricular sem pulso (TVsp). Além disso, a pressão arterial não é detectável, e a saturação de oxigênio é indetectável. Não há evidência de atividade elétrica organizada no coração.
Qual é a conduta mais apropriada de acordo com o protocolo ACLS 2024?

  • A Iniciar epinefrina 1 mg intravenosa antes de qualquer intervenção.
  • B Realizar desfibrilação imediata e continuar reanimação cardiorrespiratória por 2 minutos.
  • C Administrar lidocaína em bolus e observar o paciente por 5 minutos.
  • D Realizar compressões torácicas por 2 minutos antes de desfibrilar, sem avaliação do ritmo.
  • E Administrar amiodarona e monitorar o ritmo por 5 minutos antes de desfibrilar.

Um jovem de 28 anos sofreu um acidente de carro e apresenta múltiplas fraturas e perda sanguínea significativa. Ao exame, está pálido, sudorético, com pulso fraco e rápido e pressão arterial de 80/50 mmHg.
Qual é o tipo de choque e a intervenção imediata?

  • A Choque hipovolêmico; infusão agressiva de cristaloides
  • B Choque séptico; iniciar antibiótico empírico
  • C Choque anafilático; administrar corticoides
  • D Choque cardiogênico; usar betabloqueadores
  • E Choque neurogênico; elevar os membros inferiores

É sabido que pacientes que sofrem uma parada cardiorrespiratória e recebem reanimação cardíaca imediata podem dobrar e até triplicar a chance de sobrevivência. Nessa perspectiva, a reanimação cardiopulmonar (RCP) é uma sequência organizada de ações, em resposta a uma parada cardíaca.
Sobre as técnicas de RCP para profissionais de saúde, qual a conduta no caso de RCP em adulto e com apenas um socorrista?

  • A Ciclos de 45 compressões torácicas a uma velocidade de 120–130 compressões por minuto, seguidas de 2 respirações (2 segundos cada);
  • B Ciclos de 15 compressões torácicas a uma velocidade de 100–120 compressões por minuto, seguidas de 2 respirações (1 segundo cada);
  • C Ciclos de 30 compressões torácicas a uma velocidade de 100–120 compressões por minuto, seguidas de 2 respirações (1 segundo cada);
  • D Manter a amplitude da respiração com respirações fracas, o suficiente para elevar o tórax;
  • E A profundidade das compressões deve ser 4 cm ou 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax; permitir recuo completo entre as compressões.

Sobre as compressões torácicas de boa qualidade durante a RCP, todas as seguintes práticas são recomendadas, EXCETO:

  • A Deprimir o tórax em no mínimo 5 cm e no máximo 6 cm e permitir o completo retorno entre as compressões.
  • B Manter uma frequência de compressões de 100 a 120/min.
  • C Alternar os profissionais que aplicam as compressões a cada 2 minutos para evitar fadiga.
  • D Minimizar a ventilação durante as compressões para priorizar o fluxo sanguíneo.