Questões de Clínica Cirúrgica e Anestesiologia (Veterinária)

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A sondagem nasogástica nos equinos com cólica tem múltiplos objetivos. Contudo, considerando aspectos anatomofisiológicos do estômago desses animais, o primeiro e mais importante objetivo da sondagem nasogástrica é

  • A conduzir a descompressão gástrica, eliminando conteúdo e promovendo analgesia.
  • B facilitar o procedimento de laparotomia quase sempre inevitável nos casos de cólica.
  • C manter uma via de acesso para a administração de medicamentos.
  • D evitar a torção gástrica nos casos de cólica associada a um estômago distendido por líquido.
  • E reverter a obstrução gástrica em casos de cólica associada a compactação de alimentos.

Analise as informações sobre os aspectos gerais da cirurgia abdominal:
I. A abordagem cirúrgica mais comumente utilizada na celiotomia é a incisão na linha média ventral, através da linha Alba. Ocasionalmente, pode-se utilizar a região do flanco para expor determinados órgãos como a adrenal, rins, ovários ou útero. II. O tipo de trauma no abdome determina, em alguns casos, quais os prováveis órgãos lesionados e o tipo de lesão instalada. Trauma penetrante normalmente provoca lesões no fígado e baço, enquanto, o trauma rombo, predispõe as lesões do fígado e intestinos. III. Radiografias abdominais devem ser requisitadas sempre que houver suspeita de trauma abdominal. IV. A estabilização do paciente torna-se necessária antes de partir para a utilização dos métodos de diagnóstico como as radiografias e o exame do líquido peritoneal.
Estão corretas: 

  • A II e III;
  • B I, II e IV;
  • C I, III e IV;
  • D I, II e III;
  • E I e IV.

Sobre prolapso retal que é a protrusão do reto através do ânus, com eversão da mucosa retal, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas, em seguida, marque a opção correspondente.
( ) Os principais clínicos desse quadro são: reto prolapsado, com exposição da mucosa, além de contrações abdominais constantes. ( ) O tratamento não cirúrgico é baseado na correção do prolapso retal, o qual dependerá da viabilidade do tecido exposto e do tamanho do prolapso. Um pequeno prolapso de aparência viável (sem úlceras, nem áreas de necrose) pode ser reduzido manualmente. A aplicação tópica de uma solução hipersaturada de açúcar por 20 a 30 minutos e a lubrificação do tecido irão auxiliar na diminuição do edema e facilitarão a redução do prolapso. ( ) Quando um prolapso não pode ser reduzido manualmente ou quando a viabilidade intestinal da porção prolapsada encontra-se comprometida, a ressecção total e a anastomose estão indicadas. Este procedimento é realizado sob anestesia geral para pequenos animais ou sob tranquilização e analgesia epidural para os grandes animais. ( ) Quando o prolapso retal é recidivante e o tecido retal encontra-se ainda viável, uma celiotomia é realizada, e o prolapso é manualmente reduzido com uma cuidadosa tração no cólon. Uma colopexia (cólon descendente) é realizada na parede abdominal, após a redução do prolapso, para evitar recorrência (categute 2.0 ou 3.0, pontos isolados simples). ( ) No pós-operatório é indicada a administração de pomadas anestésicas retalmente para evitar tenesmo.

  • A V – V – V – V – V;
  • B F – F – V – V – V;
  • C V – F – V – V – F;
  • D V – F – F – V – V;
  • E F – V – V – V – F.

Sabe-se que por menor que seja o trauma durante o procedimento cirúrgico, é necessário lembrar que há associado outro fator de desequilíbrio orgânico, a anestesia e ambos promoverão uma agressão ao indivíduo que poderá causar-lhe alterações na sua condição homeostática. Sendo assim, é importante que se realize um pós-operatório que ofereça todas as condições para o pronto restabelecimento da homeostase. O objetivo dos cuidados pós-cirúrgico é manter o paciente no melhor estado possível, de forma que a estabilização metabólica e a cicatrização ocorram no menor tempo possível e tais cuidados iniciam imediatamente após a cirurgia, estendendo-se até a alta clínica. Assim, os parâmetros a serem analisados dependerão do quadro geral do paciente e do tipo de intervenção a que foi submetido.
No âmbito dos procedimentos pós-cirúrgicos recomendados, marque a opção que caracteriza o estímulo à recuperação.

  • A Procede-se à massagem e os movimentos de flexão e extensão dos membros para ativar a circulação. Deve -se fazer a alternância postural a cada duas horas para evitar hipóstase, atelectasias e úlceras por decúbito. Promover a tosse estimulada pela palpação da laringe e da traqueia, visando o auxílio na limpeza das vias aéreas. Para o animal estressado deve-se incentivá-lo a ingerir água e alimento, manipulá-lo de forma gentil e evitar o contato com diferentes pessoas. A alta deve ser o mais precoce possível;
  • B O uso de analgésicos deve ser utilizado com cuidado no pós- operatório imediato, dando-se preferência aos que não interfiram com a pressão sanguínea. ex: Flunixin meglumine (Banamine) na dose de 1,1mg/kg, conjuga o efeito analgésico e anti-inflamatório que favorece o processo cicatricial reduzindo o edema. Seu uso por tempo superior a 48 horas requer cuidados, devido ao seu potencial risco de complicações gastrintestinais, principalmente nos cães jovens;
  • C É interessante controlar o débito urinário, que pode ser feito mediante adaptação de sonda uretral, avaliando o volume urinário colhido por hora. O parâmetro esperado é de 1-2ml/kg/hora. Oligúria persistente após fluidoterapia adequada pode ser indicação de hipotensão ou complicação renal se a pressão estiver normal;
  • D Fazer curativo tópico diário, manter a bandagem limpa, manter os drenos desobstruídos, irrigando-os frequentemente;
  • E Manter em temperatura ambiente (25°C), separado dos outros animais que apresentam enfermidades bacterianas ou virais.

Os carrapatos são importantes vetores de doenças para os animais domésticos. Uma importante doença transmitida por carrapatos, que também é uma zoonose, é a febre maculosa brasileira. Qual é o transmissor dessa doença?

  • A Dermacentor andersoni.
  • B Rhipicephalus sanguineus.
  • C Amblyomma cajennense.
  • D Rhipicephalus (Boophilus) microplus.
  • E Ctenocephalides canis.