Um paciente de 88 anos chega ao Pronto Socorro desidratado, hipotenso, trazido pela ambulância do SAMU após ter sido intubado pela equipe de saúde em seu domicílio. Após uma breve coleta de informações com equipe do SAMU, constata-se que o paciente já era totalmente dependente para autocuidado, disfágico, frágil, déficit cognitivo severo, restrito ao leito em síndrome de imobilidade. Nos últimos 3 dias, já não apresentava nenhum grau de comunicação com familiares, recusa alimentar severa e nas últimas 24 horas vinha apresentando dificuldade respiratória e estertoração. Diante do quadro apresentado, com base em uma abordagem multidisciplinar em cuidados paliativos, assinale a alternativa que indica a melhor conduta a ser tomada nesse caso.
- A Encaminhar o paciente de volta ao lar, pois a doença está em estágio terminal e não terá benefício em permanecer no hospital, informando que não iniciará e/ou interromperá o uso de antibióticos intravenosos e aminas vasoativas.
- B Já que o paciente está intubado, solicitar vaga e transferência à UTI, mantendo sedoanalgesia intravenosa, otimizar ventilação mecânica protetora e iniciar antibioticoterapia intravenosa de amplo espectro.
- C Extubar imediatamente o paciente, já que não tinha indicação de ventilação artificial invasiva e encaminhar o paciente para enfermaria com hidratação venosa com solução de glicose 5% e infusão de morfina 10 mg/hora.
- D Procurar representante familiar para diálogo sobre o quadro atual, e, com trabalho multiprofissional, alinhar sobre evitar medidas desproporcionais de suporte artificial de vida, priorizar conforto e eventual extubação paliativa.
- E Informar aos familiares que o paciente encontra-se em estágio avançado de doença, já em fase final de vida e que não terá benefício em nenhuma medida a ser tomada e que o óbito é inevitável.