Questões de Conceito, Objeto e a Relação da Ciência Política com outras Ciências Sociais. Pensamento Político Grego (Ciência Política)

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• Leia as afirmativas a seguir:

I. A Ciência Política recorre a diversas outras áreas do conhecimento humano, como a Economia, o Direito e a Sociologia.

II. No Brasil, é ilegal a adoção de pena de trabalhos forçados.

Marque a alternativa CORRETA:

  • A As duas afirmativas são verdadeiras.
  • B A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
  • C A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
  • D As duas afirmativas são falsas.

Escreve Gerard Lebrun: “Com efeito, o que é política? A atividade social que se propõe a garantir pela força, fundada geralmente no direito, a segurança externa e a concórdia interna de uma unidade política particular (conforme descreve Julien Freund em Qu’estce que la Politique). Não é dogmaticamente que eu proponho esta definição (outras são possíveis), mas simplesmente para ressaltar que, sem o uso da noção de força, a definição seria visivelmente defeituosa. Se, numa democracia, um partido tem peso político, é porque tem força para mobilizar um certo número de eleitores. Se um sindicato tem um peso político é porque tem força para deflagrar uma greve. Assim, força não significa necessariamente a posse de meios violentos de coerção, mas de meios que permitam influir no comportamento de outra pessoa. A força não é sempre (ou melhor, é raríssimamente) um revólver apontado para alguém”. (LEBRUN, Gerard. O que é poder. São Paulo: Brasiliense, 1981, p. 04.)
Qual é a relação entre força e política expressa pelo autor nesse excerto?

  • A Não há relação direta entre força e política, pois nenhuma se apresenta como componente essencial que permita explicar as diferentes formas de exercício do poder.
  • B A política e a força anulam-se enquanto categorias que pretendem explicar as diferentes noções de poder hoje existentes. O poder, por sua vez, é formado exclusivamente pela força, seja militar ou civil, pois ele é manifestação simbólica das estruturas de repressão.
  • C Significa afirmar que as estruturas de poder instrumentalizam a força e a política como forma de manter um determinado modelo de governança. A relação entre elas se dá nessa condição: força e política só existem, de fato, quando as estruturas de poder, ou seja, o governo, considera tais estruturas necessárias para a manutenção de uma determinada ordem institucional repressiva.
  • D Força e política não são conceitos excludentes ou contrários. Para que a política seja exercida, é necessária uma capacidade de mobilização, consentimento e construção de hegemonia por quem deseja agir politicamente. Assim, a força implica o poder de que se dispõe na construção de maiorias políticas.
  • E A relação entre política e força se expressa na destituição do poder e na construção das resistências nos movimentos sociais e nos sindicatos. A política e a força física são instrumentos usualmente presentes na militância partidária como forma de questionar o exercício do poder.

Escreve Gerard Lebrun: “Com efeito, o que é política? A atividade social que se propõe a garantir pela força, fundada geralmente no direito, a segurança externa e a concórdia interna de uma unidade política particular (conforme descreve Julien Freund em Qu’estce que la Politique). Não é dogmaticamente que eu proponho esta definição (outras são possíveis), mas simplesmente para ressaltar que, sem o uso da noção de força, a definição seria visivelmente defeituosa. Se, numa democracia, um partido tem peso político, é porque tem força para mobilizar um certo número de eleitores. Se um sindicato tem um peso político é porque tem força para deflagrar uma greve. Assim, força não significa necessariamente a posse de meios violentos de coerção, mas de meios que permitam influir no comportamento de outra pessoa. A força não é sempre (ou melhor, é raríssimamente) um revólver apontado para alguém”.

(LEBRUN, Gerard. O que é poder. São Paulo: Brasiliense, 1981, p. 04.)


Qual é a relação entre força e política expressa pelo autor nesse excerto?

  • A Não há relação direta entre força e política, pois nenhuma se apresenta como componente essencial que permita explicar as diferentes formas de exercício do poder.
  • B A política e a força anulam-se enquanto categorias que pretendem explicar as diferentes noções de poder hoje existentes. O poder, por sua vez, é formado exclusivamente pela força, seja militar ou civil, pois ele é manifestação simbólica das estruturas de repressão.
  • C Significa afirmar que as estruturas de poder instrumentalizam a força e a política como forma de manter um determinado modelo de governança. A relação entre elas se dá nessa condição: força e política só existem, de fato, quando as estruturas de poder, ou seja, o governo, considera tais estruturas necessárias para a manutenção de uma determinada ordem institucional repressiva.
  • D Força e política não são conceitos excludentes ou contrários. Para que a política seja exercida, é necessária uma capacidade de mobilização, consentimento e construção de hegemonia por quem deseja agir politicamente. Assim, a força implica o poder de que se dispõe na construção de maiorias políticas.
  • E A relação entre política e força se expressa na destituição do poder e na construção das resistências nos movimentos sociais e nos sindicatos. A política e a força física são instrumentos usualmente presentes na militância partidária como forma de questionar o exercício do poder.

A política não é necessária, em absoluto – seja no sentido de uma necessidade imperiosa da natureza humana como a fome ou o amor, seja no sentido de uma instituição indispensável do convívio humano. Aliás, ela só começa onde cessa o reino das necessidades materiais e da força física. Como tal, a coisa política existiu sempre e em toda parte tão pouco que, falando em termos históricos, apenas poucas grandes épocas a conheceram e realizaram. Esses poucos e grandes acasos felizes da História são, porém, decisivos; é só neles que se manifesta de cheio o sentido da política e, na verdade, tanto o bem quanto a desgraça da coisa política. Com isso, eles tornam-se determinantes, mas não a ponto de poder ser copiadas as formas de organização que lhes são inerentes, e sim porque certas ideias e conceitos que se tornaram plena realidade para um curto período de tempo, também co-determinem as épocas para as quais seja negada uma experiência plena com a coisa política.

(Adaptado de: ARENDT, Hannah. O que é Política? – fragmentos das obras póstumas compilados por Úrsula Ludz. Tradução de Reinaldo Guarany, 11.ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013, pp. 50-51)


O texto acima é classificado como parte de uma obra de

  • A Ciência Política.
  • B História Política.
  • C Análise Política.
  • D Filosofia Política.
  • E Sociologia Política.

A pesquisa social é uma forma de conhecimento que se caracteriza pela construção de evidência empírica elaborada a partir da teoria, aplicando regras de procedimento explícitas. Desta definição podemos inferir que em toda pesquisa estão presentes três elementos que se articulam entre si: marco teórico, objetivos e metodologia. Estas etapas se influenciam mutuamente, e na prática de pesquisa se pensam em conjunto.

(SAUTU, Ruth et. al. “La construcción del marco teórico en la investigación social”. In: ____. Manual de metodología: construcción del marco teórico, formulación de los objetivos y elección de la metodología. Colección Campus Virtual. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 34)


A partir dos elementos essenciais de uma pesquisa social, elencados acima, é correto afirmar:

  • A Os objetivos da pesquisa são formulados a partir dos dados recolhidos pelo pesquisador.
  • B A integração dos níveis micro e macrossociais numa pesquisa sociológica implica alterações na metodologia.
  • C A perspectiva teórica adotada é independente da metodologia a ser aplicada.
  • D A construção da evidência empírica pelo pesquisador dispensa os recursos metodológicos.
  • E Os custos da pesquisa estão relacionados apenas com os objetivos estabelecidos pelo pesquisador.