O ideário da emancipação tem uma longa história no pensamento filosófico e pedagógico, remontando ao iluminismo no século XVIII e a valorização que este confere ao exercício da razão. No que concerne à educação profissional o termo não é incomum, sendo, pois, mobilizado por diversos autores muito conhecidos no âmbito da educação técnica e profissional, tais como Lucília Machado, Marise Ramos e Gaudêncio Frigotto. Considerando o que foi pontuado e considerando as especificidades dos Institutos Federais, o ideário da emancipação nessas instituições visa
- A retomar a proposição iluminista de valorização da razão e da ilustração, cuja expressão maior é o desenvolvimento de uma proposta formativa na qual os estudantes possam transitar pelas obras dos grandes nomes da ciência e da cultura.
- B instituir processos formativos pautados no modelo clássico-tradicional baseado na relação hierárquica entre professor e aluno, no sentido que o assujeitamento do aluno no presente permitirá sua condição de sujeito no futuro.
- C abrir possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento para todos os alunos com base no tratamento estrito dos conteúdos de ensino, evitando que aspectos marcadamente externos à escola, (condição de classe, gênero etc.) se façam presentes no interior do processo pedagógico.
- D constituir um processo formativo que, ao conjugar técnica, ciência e cultura numa perspectiva crítica, promova a autonomia dos educandos e o fortalecimento de valores e disposições éticas orientadas para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
- E promover o acesso à cultura histórica e socialmente acumulada pela humanidade tendo em vista a tarefa precípua de preparação dos alunos e alunas para ingressar no ensino superior e, com isso, romper com sua condição de classe.