Questões de Definições e notas conceituais (Direito Processual Penal)

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Russel teve instaurada contra si medida cautelar de alienação antecipada de veículo automotor, de sua propriedade, em procedimento investigatório em que se apura sua responsabilidade criminal pela suposta prática dos delitos previstos nos Arts. 333, 317 e 288 do Código Penal e o Art. 1º da Lei nº 9.613/1998. Acolhendo as medidas requeridas pelo Parquet, o juízo criminal competente, ao argumento de que o bem estaria exposto às intempéries em irreversível processo de degradação, reconheceu a alienação antecipada como medida indispensável e urgente, asseverando que a referida decisão não acarretaria prejuízo ao investigado porquanto, em caso de arquivamento da inquisa, haveria a possibilidade de devolução do equivalente pecuniário apurado em leilão. O investigado argumenta que, conforme indica o Certificado de Registro de Veículo apresentado, o referido bem é de sua propriedade muito antes da ocorrência dos fatos investigados, não havendo que se falar em suposta proveniência ilícita dos valores para sua aquisição.


Sobre o cabimento da medida cautelar de alienação antecipada, à luz da orientação do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar que a venda antecipada do bem é:

  • A incabível, pois o proprietário tem direito à manutenção dos bens até o trânsito em julgado;
  • B cabível, com posterior depósito do valor arrecadado em conta do juízo criminal competente;
  • C cabível, com posterior depósito do valor arrecadado em conta do proprietário;
  • D incabível, devendo aguardar o julgamento definitivo sobre o incidente de restituição de coisa apreendida;
  • E incabível, pois o proprietário pode manifestar interesse em permanecer como fiel depositário.

Segundo orientação do Superior Tribunal de Justiça, a constrição de bens (medidas assecuratórias penais) pode alcançar:

  • A apenas os réus imputados em ação penal;
  • B apenas os réus imputados em ação penal e investigados;
  • C terceiros não investigados ou denunciados;
  • D réus, investigados, pessoas jurídicas e familiares não denunciados;
  • E apenas os réus imputados ou investigados e as pessoas jurídicas a eles ligadas.
Ricardo foi denunciado, perante a 1ª Vara Criminal de determinada cidade, pela prática de crime de associação para o tráfico com mais 04 outros indivíduos, destacando a denúncia o local, o período e a existência de outros indivíduos não identificados, integrantes da mesma associação. Foi condenado em primeira instância e foi mantida a prisão preventiva, apresentando a defesa recurso de apelação.
No dia seguinte da condenação, na cadeia, Ricardo vem a ser notificado em razão de denúncia diversa oferecida pelo Ministério Público, agora perante a 2ª Vara Criminal da mesma cidade, pela prática do mesmo crime de associação para o tráfico, em iguais período e local da primeira denúncia, mas, dessa vez, foram denunciados também os indivíduos não identificados mencionados no primeiro processo. Ricardo, então, entra em contato com seu advogado, informando da nova notificação.
Considerando a situação narrada, caberá ao advogado de Ricardo apresentar exceção de 
  • A litispendência.
  • B coisa julgada.
  • C incompetência.
  • D ilegitimidade.
Acerca das modalidades de exceção previstas no CPP, assinale a opção correta, considerando o entendimento dos tribunais superiores.
  • A A arguição de suspeição de jurado poderá ser apresentada a qualquer tempo, preferencialmente antes do início da seção de julgamento.
  • B As exceções, em regra, suspendem o andamento da ação penal e os prazos processuais.
  • C O juiz decidirá a respeito da arguição de suspeição de membro do MP, após ouvi-lo, sendo admitida a produção de provas.
  • D A arguição de suspeição de magistrado não exige poderes especiais do advogado.

De acordo com o CPP, em regra, a exceção cuja arguição precederá a qualquer outra é a exceção de

  • A litispendência.
  • B incompetência do juízo.
  • C ilegitimidade da parte.
  • D coisa julgada.
  • E suspeição.