Questões de Demandas políticas e sociais no mundo atual (História)

Limpar Busca

A globalização poderia ser melhor conceituada se os sociólogos, em vez de darem uma importância indevida à ideia de sociedade, no que ela significa um sistema limitado, a substituíssem por um ponto de partida que se concentrasse em analisar como a vida social é ordenada através do tempo e do espaço na problemática do distanciamento tempo-espaço. Assim, a estrutura conceitual do distanciamento tempo-espaço dirige nossa atenção às complexas relações entre envolvimentos locais e interação à distância. O nível de distanciamento tempo-espaço na era moderna é muito maior do que em qualquer outro período precedente, e as relações entre formas sociais e eventos locais e distantes se tornam correspondentemente ‘alongadas’. A globalização se refere essencialmente a este processo de alongamento, na medida em que as modalidades de conexão entre diferentes regiões ou contextos sociais se enredam através da superfície da Terra como um todo.

(GIDDENS, Anthony. 1991.)

Embora o termo globalização não possa ser considerado por alguns ainda como um conceito preciso, podemos afirmar que: 

  • A Transita pela História como um processo iniciado no período da terceira Revolução Industrial, e que ainda está lentamente se consolidando.
  • B Refere-se especificamente a um termo econômico, ou seja, relaciona-se às mudanças quantitativas a que se submete uma sociedade global.
  • C Está associado às mudanças significativas que vêm ocorrendo nas relações políticas, econômicas, sociais e culturais do mundo contemporâneo.
  • D Assume para si as características que marcaram o mundo após as duas grandes guerras mundiais e que se consolidaram de fato após a Guerra Fria.

O marxismo é uma teoria socioeconômica e política baseada nos escritos de Karl Marx e Friedrich Engels. Surgiu no século XIX e teve um impacto significativo na compreensão da história, da sociedade e da economia. Com base nisso, é correto afirmar que:

  • A o marxismo propõe um sistema em que os meios de produção seriam controlados coletivamente pela sociedade, visando a uma distribuição mais igualitária da riqueza e do poder;
  • B o conceito de mais-valia para a teoria marxista refere-se ao valor do trabalho produzido pelo trabalhador;
  • C segundo o marxismo, o motor da mudança na história é a estabilidade da luta de classes;
  • D para o marxismo, a sociedade é dividida entre a classe dominante (proletariado), que detém os meios de produção, e a classe trabalhadora (burguesia), que vende sua força de trabalho;
  • E Marx argumentou que as mudanças na economia, na tecnologia e nas relações de classe são os principais limitantes da história.
“Assim, o líder de um movimento que agregue as fakenews à construção de sua própria visão de mundo se destaca da manada dos comuns. Não é um burocrata pragmático e fatalista como os outros, mas um homem de ação, que constrói sua própria realidade para responder aos anseios de seus discípulos. Na Europa, como no resto do mundo, raiva política que capta os temores e as aspirações de uma massa crescente do eleitorado, enquanto os fatos dos que se as combatem inserem-se em um discurso que não é mais tido como crível. Na prática, para os adeptos dos populistas, a verdade dos fatos, tomados um a um, não conta. O que é verdadeiro é a mensagem no seu conjunto, que corresponde a seus sentimentos e suas sensações.” 
(EMPOLI, Giuliano Da. Os engenheiros do caos. São Paulo: Vestígio, 2022. p.24)  

Podemos dizer que o contexto político contemporâneo relatado pelo autor cria um ambiente propício para a deslegitimação do ensino de História, pois
  • A questiona o caráter ficcional da investigação histórica e do seu ensino.
  • B não há correspondência entre a produção acadêmica e os conteúdos de ensino básico.
  • C obriga a História se reaproximar das ciências da natureza em busca de seu status científico.
  • D reafirma o caráter científico da produção historiográfica e seu ensino.
  • E nega à História o caráter de saber ancorado em rigor metodológico.

O que aconteceu no ‘genocídio esquecido’ da Alemanha na Namíbia, reconhecido após mais de um século? Não vai ser fácil curar as feridas profundas e antigas deixadas pela Alemanha na Namíbia, após o que agora é reconhecido como um genocídio perpetrado por forças coloniais.
29 maio 2021 Autor: Tim Whewell*/BBC News, Namibia

Na sexta-feira (28), após mais de 100 anos, Berlim reconheceu oficialmente as atrocidades que cometeu durante a ocupação colonial da Namíbia e ofereceu ao país africano uma quantia em dinheiro como compensação.
Mas como se compensa a destruição de uma sociedade inteira? Que preço colocar?
A Alemanha concordou em pagar mais de 1 bilhão de dólares.
“À luz da responsabilidade histórica e moral da Alemanha, pediremos desculpas à Namíbia e aos descendentes das vítimas”, disse o ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas, na sexta-feira.
O governante alemão acrescentou que seu país, em um "gesto de reconhecimento do imenso sofrimento infligido às vítimas", apoiará o desenvolvimento da nação africana através de um programa que vai custar mais de 1,3 bilhões de dólares.

A quantia será paga em 30 anos e investida em infraestrutura, assistência médica e programas de treinamento que beneficiam comunidades afetadas. 
Mas alguns líderes namibianos até agora se recusaram a apoiar o acordo, informou o jornal local New Era.
Na Namíbia, descendentes de vítimas e colonos debateram ferozmente sobre o valor financeiro associado ao genocídio. 
Extraído: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57292909 

O caso noticiado exemplifica práticas cada vez mais recorrentes das relações entre nações europeias e suas ex-colônias africanas. O conceito que melhor interpreta este fenômeno contemporâneo é

  • A lugar de fala.
  • B globalização.
  • C reparação histórica.
  • D democracia racial.
  • E guerra híbrida.

A historiografia passou por grandes modificações metodológicas que permitiram maior conhecimento do cotidiano do passado, por meio da incorporação de novos tipos de fontes de pesquisa. Ainda assim, no início do século XX, questionava-se muito sobre uma historiografia baseada em instituições e nas elites, a qual dava muita relevância a fatos e a datas, de uma forma positivista, sem aprofundar grandes análises de estrutura e de conjuntura.
Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/.

O trecho acima fala do contexto social da França que levou a um movimento historiográfico, que revolucionou a escrita na História por colocar elementos do cotidiano como fontes históricas, tendo Lucien Febvre e Marc Bloch como idealizadores. Estamos falando de:

  • A Escola dos Annales.
  • B Positivismo.
  • C Marxismo.
  • D Historicismo.