Questões de Depósito, Mandato, Comissão, Agência e Distribuição (Direito Civil)

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De acordo com o Código Civil, o mandato

  • A presume-se oneroso sempre que as partes não estipularem retribuição.
  • B outorgado por instrumento público não pode ser substabelecido por instrumento particular, mas o contrário é permitido.
  • C não poderá ser aceito tacitamente, exceto para evitar ao mandante dano grave.
  • D pode ser verbal, exceto quando o ato deva ser celebrado por escrito.
  • E em termos gerais não confere poderes de administração, que dependem de previsão expressa.

A concessionária G é contratada para, mediante remuneração previamente pactuada e a conta da montadora X, promover as vendas de um veículo lançado no último verão, no âmbito da cidade de Macapá, com exclusividade. As vendas seriam conduzidas inteiramente pela concessionária, com quem ficariam os automóveis e, também, a quem se permitiria representar a montadora na conclusão dos negócios. 

Nesse caso, à luz do Código Civil, tem-se um contrato:

  • A de corretagem;
  • B de mandato;
  • C de distribuição;
  • D de agência;
  • E de venda consignada ou estimatório.

De acordo com o Código Civil brasileiro, quando o mandato contiver a cláusula de:

  • A irrevogabilidade e o mandante o revogar, pagará perdas e danos.
  • B revogabilidade e o mandante o revogar, pagará perdas e danos.
  • C irrevogabilidade e o mandatário o revogar, pagará perdas e danos.
  • D revogabilidade e o mandatário o revogar, pagará perdas e danos.

Jacqueline celebrou promessa de compra e venda de imóvel de sua propriedade em 2019. Logo, foi diagnosticada com um câncer terminal, razão pela qual outorgou mandato a Elisângela, sua melhor amiga, para todas as medidas tendentes à conclusão do negócio.
Em 03/04/2020, o adquirente integraliza o preço, depositando-o na conta de Jacqueline. Em 05/04/2020, Jacqueline falece, sem que tenha sido possível lavrar a escritura definitiva e registrá-la.
Nesse caso, é correto afirmar que:

  • A com a morte de Jacqueline, extinguiu-se automaticamente o mandato, razão pela qual Elisângela não poderá ultimar o negócio;
  • B o óbito do mandante não é causa de extinção do mandato com objeto definido, em que apenas a consecução deste escopo faz cessar a representação;
  • C com a morte de Jacqueline, extinguiu-se automática e inexoravelmente o mandato, razão pela qual Elisângela só poderá ultimar o negócio na condição de gestora de negócios;
  • D o óbito do mandante, via de regra, faz cessar o mandato, no entanto, é possível, à luz das peculiaridades do caso concreto, que Elisângela assine a escritura e ultime a transferência;
  • E a morte de Jacqueline fez cessar o mandato, no entanto, após integralizado o preço, o negócio já estava aperfeiçoado, bastando que o adquirente levasse o contrato e a prova da quitação ao Registro Geral de Imóveis para concluir a transferência.

A loja Obras de Artes Ltda. contrata G, crítico de arte, para escolher e adquirir peças para o seu mostruário de arte popular brasileira. No exercício do mandato, G antecipa despesas de transporte para aquisição das peças, bem como os valores das peças adquiridas. Após a prestação de contas, que são bem aceitas, Obras de Arte Ltda. solicita a entrega dos bens adquiridos, ao que G afirma que só assim procederá após o ressarcimento do valor das peças e dos gastos para o exercício do mandato.
Acerca da conduta de G, verifica-se que está

  • A incorreta, pois a retenção não se justifica para o reembolso dos valores das peças.
  • B incorreta, pois é ilícita a retenção para o reembolso das despesas de transporte.
  • C incorreta, pois não lhe cabe exercer autotutela.
  • D correta, pois as obras lhe pertencem.
  • E correta, pois o mandante deve primeiramente ressarcir as despesas do mandatário.