Questões de Descolonização Afro-asiática : novos Estados, nova arena internacional (História)

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Leia o trecho a seguir.

A descolonização foi um processo histórico tão rápido e tão complexo quanto a partilha no final do século XIX. Suas causas estão, em parte, fora da África, na mudança da correlação de forças políticas internacionais e, também, nas transformações estruturais das necessidades do capital, que agora tinha muito menos interesse na extração de riquezas que caracterizou o sistema colonial na África. Em parte, as negociações atingiram o estágio de uma nova aliança entre a emergente classe dominante nativa e os negócios do Ocidente. Foi esse movimento que transformou as pequenas associações nacionalistas do período anterior à guerra em agências políticas dinâmicas de luta contra o poder estatal.

FREUND, Bill. The making of contemporary Africa: the development of african society since 1800. Londres: MacMillan Press, 1998, pp.202/3.

Com base no trecho, avalie se as afirmativas a seguir descrevem corretamente ideologias que contribuíram para os movimentos independentistas no continente africano.

I. O Culturalismo ancestral refere-se ao surgimento de uma consciência africana internacional, que resultou na formação de estados nacionais no continente que rompiam com as fronteiras impostas pelos países europeus colonizadores.

II. O Pan-africanismo refere-se ao surgimento de uma consciência de que todas as pessoas de origem africana têm uma herança cultural comum, que resultou em um intenso intercâmbio cultural entre africanos e negros americanos, contribuindo para a difusão de ideias independentistas.

III. O Socialismo refere-se ao surgimento de uma consciência de libertação dos povos oprimidos, que resultou na adaptação do socialismo à realidade do continente africano, e contou com o apoio da União Soviética, principalmente nas áreas de ensino e pesquisa.


Está correto o que se afirma em

  • A I, apenas.
  • B I e II, apenas.
  • C I e III, apenas.
  • D II e III, apenas.
  • E I, II e III.

Analise o texto a seguir.

No meu caso pessoal, tive a oportunidade de fazer a campanha eleitoral, em 1982, em conjunto sobretudo com duas irmãs faveladas: Benedita da Silva e Jurema Batista. De um lado, a profunda consciência dos problemas e das necessidades concretas da comunidade; de outro, a consciência da discriminação racial e sexual enquanto articulação da exploração de classe. A troca de saberes/experiências foi extremamente proveitosa para ambos os lados, e o ponto de entendimento comum foi justamente a questão da violência policial contra a população negra. No final da campanha nossas falas estavam inteiramente afinadas, apesar das diferenças individuais. A despeito de toda uma inexperiência nesse terreno, vivenciamos situações de extrema riqueza política e pessoal.

GONZALEZ, Lélia. Por um Feminismo Afro-Latino-Americano: Ensaios, Intervenções e Diálogos. Rio Janeiro: Zahar, 2020, p. 95. [Adaptado].


O relato apresenta, na história brasileira, o início do fenômeno político da

  • A adoção de um viés classista pela militância de esquerda.
  • B aceitação de candidaturas de pessoas negras no Brasil.
  • C ampliação mais inclusiva do trabalho de marketing político.
  • D atuação mais unitária do movimento negro e dos partidos políticos.
  • E antagonização da militância entre a esquerda e os movimentos identitários.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


A juventude no Estado Novo. Internet:  <www.unicamp.br>.

A peça publicitária apresentada anteriormente, de 1940, faz parte de uma cartilha de propaganda do Estado Novo direcionada às crianças. A respeito das conexões entre propaganda, cultura e educação no Estado Novo, assinale a opção correta.
  • A A cartilha estabelecia abordagem interseccional para definir a ideia de raça brasileira.
  • B A cultura possuía papel irrelevante na manutenção da ditadura do Estado Novo.
  • C A propaganda do Estado Novo exaltava Getúlio Vargas a fim de legitimar a ditadura iniciada em 1937.
  • D A propaganda buscava exaltar as particularidades individuais do cidadão, rejeitando a ideia de identidade nacional.
  • E A criação da Secretaria de Patrimônio Artístico Nacional tinha como objetivo principal preservar a cultura imaterial mestiça.

Os europeus se apossaram de vários da Ásia e da África no século XIX submetendo seus povos. Na segunda metade do século XX, grande parte das colônias europeias naqueles continentes passaram por processo de independência. Entre os principais fatores da emancipação dos povos afro-asiáticos é CORRETO afirmar:

  • A A aliança entre os nativos afro-asiáticos e colonizadores como estratégia contra a dominação europeia.
  • B O enfraquecimento das potências europeias em virtude das perdas sofridas durante a Segunda Guerra Mundial, uma vez que várias possuíam colônias alvos de disputa imperialista.
  • C Ao descaso dos países recém-libertos que durante a Conferência de Bandung se comprometeram a intervir na guerra fria e puseram de lado as independências da África e da Ásia.
  • D A disputa entre os países recém-libertados e os europeus no domínio dos povos que ainda eram colônias.
  • E Movimentos como o Negritude e Pan-Africanismo que criticavam a união dos africanos e pela pouca popularidade desses movimentos políticos.

Durante a Conferência de Berlim, ocorrida entre os anos de 1884 e 1885, as potências imperialistas da Europa, somadas aos Estados Unidos e ao Império Otomano, realizaram a partilha da África, cujas consequências são perceptíveis até os dias atuais. A esse respeito, assinale a afirmativa incorreta.

  • A Portugal teve que abdicar de sua reivindicação do mapa cor de rosa, que unificaria as colônias de Angola e Moçambique.
  • B O rei Leopoldo II da Bélgica obteve o Estado Livre do Congo como sua propriedade particular.
  • C A Etiópia foi concedida à Itália e facilmente conquistada pelas tropas europeias na campanha militar que se seguiu à Conferência em 1885.
  • D As fronteiras criadas durante a Conferência ignoraram a diversidade étnica da África, o que até hoje redunda em conflitos no continente africano, de grande relevância geopolítica até a atualidade.