O epistemicídio, conceito desenvolvido por Boaventura de Sousa Santos, refere-se à destruição de saberes e conhecimentos não reconhecidos pela ciência ocidental hegemônica. No contexto das relações étnico-raciais, o epistemicídio se manifesta:
- A Na valorização e reconhecimento dos saberes tradicionais e ancestrais dos povos indígenas e afro-brasileiros, que são incorporados ao currículo escolar e às práticas pedagógicas, enriquecendo o conhecimento e promovendo o diálogo intercultural.
- B Na promoção da diversidade epistemológica e do diálogo entre diferentes formas de conhecimento, valorizando a pluralidade de saberes e experiências, o que contribui para a construção de uma sociedade mais justa e democrática.
- C No silenciamento e invisibilização das cosmovisões, filosofias e práticas culturais dos povos não-europeus, que são desqualificadas como "atrasadas" ou "primitivas", perpetuando a colonialidade do saber e a dominação cultural.
- D No reconhecimento da ciência ocidental como única forma válida de conhecimento, desconsiderando outras epistemologias e saberes tradicionais, o que impede o avanço científico e a busca por soluções para os problemas sociais e ambientais.