Questões de Ensino da Arte (Educação Artística)

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A leitura de imagem é elemento essencial para o exercício da arte-educação (BUORO, Anamelia Bueno. Olhos que pintam: A leitura da imagem e o ensino da arte. 2 ed. São Paulo: Educ; Fapesp; Cortez, 2003). Observe atentamente as 2 imagens a seguir, com respectivos créditos, e assinale a alternativa correta: 


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


IMAGEM 1 - Fonte: FARTHING, Stephen.

Tudo sobre Arte. Tradução de Paulo Polzonoff Jr. et alii.

Rio de Janeiro: Sextante, 2011. p.22.


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


IMAGEM 2 – Os Gêmeos (Otavio

e Gustavo Pandolfo ). 


  • A A reprodução imagética é um mecanismo de exteriorização de uma forma superior de arte, encontrável apenas em palácios e museus. 
  • B De acordo com a semiótica greimasiana (Algirdas Julien Greimas), a arte pode ser considerada como linguagem e a produção artística como texto estruturado a partir das relações sintáticas e semânticas.
  • C A imagem ocupa um espaço marginal no quotidiano humano e pouco explorado pela cultura popular, especialmente em olhares de passagem em áreas públicas. 
  • D Toda obra de arte urbana passa a ser vista demoradamente, com a mesma velocidade de olhar que é determinada pela imagem da publicidade exposta em outdoors. 

Com base nos textos de Ossona (1988) e Vieira (2007), que discutem a dança como uma forma de expressão pessoal e de educação do sensível, e considerando a LDB (Lei nº 9.394/96), é correto afirmar que o ensino da dança no Ensino Médio, como parte do componente curricular de Arte, deve:

  • A Priorizar o desenvolvimento e a apreciação de vivências com danças populares e danças circulares para promover a valorização da cultura afro-brasileira e indígena e de danças de outros povos.
  • B Contribuir para que os estudantes possam reconhecer seus sentimentos e expressar seus pensamentos sinestesicamente, através da criação de danças autorais.
  • C Priorizar a apreciação de diferentes modalidades de dança e o reconhecimento do repertório de passos para que as habilidades de execução do movimento possam ser desenvolvidas.
  • D Contribuir com o desenvolvimento da expressividade, fomentar a criatividade, ampliar o pensamento crítico e reconhecimento dos contextos culturais e sociais da produção em dança.

Observe a seguinte melodia: 


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Analisando a melodia acima, pode-se afirmar que: 

  • A Trata-se da melodia “O Cravo brigou com a Rosa” e se destaca pela entrada e pela finalização estarem em anacruse.
  • B Trata-se da melodia “Marcha Soldado” e destaca-se pela entrada tética.  
  • C Trata-se da melodia “Se Essa Rua Fosse Minha” e se destaca pela entrada acéfala. 
  • D Trata-se da melodia “Capelinha de Melão” e se destaca pela entrada em tética e pela finalização em anacruse.

Assinale a proposta que mais se adequa a um plano de aula cujo conteúdo programático se relacione às ideias do Teatro do Oprimido, de Augusto Boal.

  • A Encenação da peça Édipo Rei, de Sófocles, com ênfase no embate entre os desígnios dos deuses, as leis da cidade e a desmedida do herói.
  • B Encenação de uma cena de opressão em local público, no qual a situação poderia realmente ocorrer sem que os presentes saibam de que se trata de teatro.
  • C Encenação com improvisação a partir de um canovaccio, e uso de máscaras e de figurinos que identifiquem os personagens com seus gestos caricatos.
  • D Encenação de situações patéticas e absurdas que, inicialmente, têm tudo para serem sérias, mas que acabam de modo irreal e desafiam as expectativas do público.

    Leia o trecho da reportagem da revista Le Monde Diplomatique Brasil, intitulada “Exposições desafiam o espaço do museu com narrativas indígenas”, de Carolina Azevedo (2023):

    “Em 21 de maio de 2000, visitando a Exposição da ‘Mostra do Descobrimento’ no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, Dona Nivalda Amaral, anciã do povo Tupinambá de Olivença, teve sua atenção fisgada por um objeto. Era um manto, sobre o qual ela tinha ouvido parentes mais velhos falarem muitas vezes. Quando viu o objeto atrás do vidro, disse que seu coração disparou e alguém lhe sussurrou: ‘este é o nosso manto’.

    O manto Tupinambá vermelho que estava exposto pertencia ao acervo do Museu Nationalmuseet de Copenhague, e retornou para lá depois da exposição. Mais de vinte anos depois, em junho de 2023, a Dinamarca anunciou que iria entregar ao Brasil o objeto, que está em Copenhagen desde 1689. Renata Tupinambá, curadora de arte, explica que, tendo em vista o retorno, ‘é muito importante que as pessoas entendam que objetos não são apenas objetos dentro da cultura Tupinambá, eles ganham uma dimensão viva. Enquanto os museus tratam esses mantos antigos como um objeto, para nós, é o nosso ancestral vivo.’

    Com notícias como essa, a questão do repatriamento de artefatos indígenas e a reformulação do museu colonial vêm ganhando força”. (Azevedo, 2023)

Carolina Azevedo. Exposições desafiam o espaço do

museu com narrativas indígenas. Le Monde Diplomatique

Brasil. 20 out. 2023. Disponível em: https://diplomatique.

org.br/exposicoes-desafiam-o-espaco-do-museu-com

narrativas-indigenas/. Acesso em: 16 ago. 2024.


O referido manto Tupinambá foi recebido no Museu Nacional do Rio de Janeiro em julho de 2024 e está sendo preparado para futura exposição (Agência Brasil, 2024). O ensino da arte na contemporaneidade tem valorizado a experiência dos estudantes com objetos culturais e obras artísticas das mais diversas linguagens, como destacado na reportagem sobre a história das culturas indígenas no Brasil. Para a aprendizagem da arte na educação formal, pode-se dizer que as relações entre arte, cultura e experiência estética são:

  • A fundamentais, pois exposições, como a citada na reportagem, estimulam a formação discente do Ensino Médio e a especialização voltada para o mercado de trabalho cultural, favorecendo futura atuação profissional em museus e instituições do gênero.
  • B optativas, pois o foco do ensino da arte nas escolas é o desenvolvimento de técnicas artísticas nas diferentes linguagens, de acordo com os procedimentos seguidos pelos artistas ao longo da história da arte.
  • C imprescindíveis, pois possibilitam a reflexão crítica sobre as identidades multiculturais, tanto dos indivíduos quanto da sociedade brasileira, ampliando e aprofundando o conhecimento sobre as diversas versões da história.
  • D relativas, pois cercearia direito e a autonomia docente, considerando que o ensino da arte e da cultura indígena é apenas recomendada, conforme a Lei Federal nº 11.645, de 10 de março de 2008.