Questões de Erro de tipo acidental (Direito Penal)

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Luiz reside em um condomínio composto por vinte casas idênticas. Em uma determinada ocasião, após um cansativo dia de trabalho, Luiz, no período noturno, acabou por ingressar no domicílio do seu vizinho, sem a concordância deste, acreditando, fortemente, de que se tratava da sua casa, em razão da identidade entre as construções.
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, é correto afirmar que Luiz

  • A não responderá por qualquer crime, em razão do erro de proibição indireto.
  • B não responderá por qualquer crime, em razão do erro de proibição direto.
  • C não responderá por qualquer crime, em razão do erro de tipo.
  • D responderá pelo crime de violação de domicílio qualificado.
  • E responderá pelo crime de violação de domicílio simples.

Caio, torcedor fanático da Seleção Brasileira de Futebol, recebeu uma ligação, afirmando que foi sorteado para acompanhar a final de um campeonato entre o Brasil e a Argentina. Para tanto, ele deveria comparecer à sede da empresa que realizou o sorteio para retirar o ingresso. Assim sendo, Caio, agente público, saiu às pressas da repartição onde trabalha, levando consigo o telefone celular do órgão público, acreditando ser o seu aparelho de telefonia móvel, posto que ambos são idênticos.


Considerando as disposições do Código Penal e os entendimentos doutrinário e jurisprudencial dominantes, é correto afirmar que Caio:

  • A não responderá por qualquer crime, por força do erro de proibição indireto;
  • B não responderá por qualquer crime, por força do erro de proibição direto;
  • C não responderá por qualquer crime, por força do erro de tipo;
  • D responderá pelo crime de concussão;
  • E responderá pelo crime de peculato.

Considere as seguintes afirmações sobre erro de tipo e erro de proibição.

I - O erro de tipo essencial exclui sempre o dolo, independente de ser evitável, ou não, exsurgindo a modalidade culposa, se prevista em lei.

II - A invasão de um escritório de trabalho, fora dos casos autorizados, supondo o agente equivocadamente que as dependências do local de atividade profissional não estão abrangidas pela expressão “casa”, se estiver realmente em erro comete um “erro de proibição”, pois supôs não estar proibido de adentrar no local.

III - Para a teoria extremada da culpabilidade, todo e qualquer erro que recaia sobre uma causa de justificação é erro de proibição, e, sendo escusável, exclui a culpabilidade. Já para a teoria limitada da culpabilidade, os erros sobre os pressupostos fáticos de uma causa de justificação são tratados como um erro de tipo permissivo.

IV - No erro de proibição direto, o agente realiza uma conduta proibida, seja por desconhecer a norma proibitiva, seja por conhecê-la mal, seja por não compreender o seu verdadeiro âmbito de incidência.

Quais afirmações estão corretas?

  • A Apenas II.
  • B Apenas I e III.
  • C Apenas II e IV.
  • D Apenas I, III e IV.
  • E I, II, III e IV.
No que se refere ao erro e à aplicação da pena no direito penal assinale a opção correta.
  • A A condescendência do órgão público fiscalizatório diante do fato típico é suficiente para autorizar o reconhecimento do erro de proibição.
  • B O desconhecimento da lei, escusável ou inescusável, é circunstância que atenua a pena.
  • C O desconhecimento da lei, desde que escusável, autoriza o perdão judicial por crime, seja este doloso ou culposo.
  • D O erro de proibição inescusável é penalmente irrelevante.
  • E O erro sobre a ilicitude do fato, desde que escusável, afasta o dolo do agente.

Considere as seguintes situações:

I. um aluno, ao final da aula, inadvertidamente, coloca em sua pasta um livro de um colega, pensando sinceramente ser o seu;

II. uma pessoa pretende matar seu desafeto e, quando sai à sua procura, encontra-se com um sósia de seu inimigo e, por confundi-lo com a vítima visada, acaba matando a pessoa errada, ou seja, o sósia;

III. um policial à paisana finge-se embriagado e, para chamar a atenção de um ladrão, com quem conversa em um bar, diz que está com muito dinheiro na carteira. O ladrão decide roubá-lo na saída do bar; ao fazê-lo, contudo, é preso em flagrante, por outros policiais à paisana que acompanhavam os fatos;

IV. José se depara com um sósia de seu inimigo que leva a mão à cintura, como se fosse sacar algum objeto; José, ao ver essa atitude, pensa estar prestes a ser atingido por um revólver e, por esse motivo, saca sua arma, atirando contra a vítima, que nada possuía nas mãos ou na cintura. Tais ocorrências configuram, respectivamente:
  • A erro de proibição; erro de tipo acidental; delito putativo por obra de agente provocador; descriminante putativa.
  • B erro de tipo essencial; erro de tipo acidental; crime impossível; erro de tipo permissivo.
  • C erro de tipo acidental; erro de tipo essencial; descriminante putativa; erro de proibição.
  • D erro de tipo essencial; erro de proibição; delito de experiência; descriminante putativa.
  • E erro de tipo acidental; aberratio ictus; crime impossível; erro de tipo permissivo.