Questões de Estado de Natureza – Estado (Filosofia)

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Em uma reunião pedagógica, um grupo de professores discute diferentes teorias filosóficas sobre a relação entre o Estado e a liberdade individual. Um dos professores argumenta que, em certos contextos, a centralização do poder é necessária para garantir a ordem e evitar o caos. Outro professor contrapõe dizendo que a separação dos poderes é fundamental para proteger a liberdade e evitar o abuso de autoridade. Um terceiro professor menciona que, para garantir a verdadeira liberdade, é preciso que a sociedade atue de acordo com uma vontade coletiva, enquanto um quarto professor ressalta a importância de garantir os direitos naturais do indivíduo, com o Estado desempenhando um papel limitado. Com base nos pensamentos políticos de Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau, Kant, Hegel e Marx, assinale a afirmativa que reflete a filosofia de Montesquieu sobre o equilíbrio entre liberdade e poder estatal.

  • A Sustenta que o Estado deve centralizar o poder em um soberano absoluto para garantir a ordem e a segurança, pois, sem essa centralização, a sociedade estaria em constante risco de anarquia e caos.
  • B Afirma que a verdadeira liberdade só pode ser alcançada quando os indivíduos submetem suas vontades à vontade geral, que expressa o interesse comum, sendo o Estado um reflexo direto dessa vontade.
  • C Acredita que a liberdade é garantida pelo respeito aos direitos naturais dos indivíduos, como vida, liberdade e propriedade, e que o Estado deve existir apenas para proteger esses direitos, sem intervir além do necessário.
  • D Defende que a liberdade individual só pode ser preservada em um Estado com separação de poderes, onde Executivo, Legislativo e Judiciário atuam de forma independente, impedindo que o poder se concentre em uma única instituição, o que poderia levar ao despotismo.

O filósofo norte-americano John Rawls (1921-2002), ao refletir sobre o desafio de equilibrar liberdade e igualdade nas sociedades democráticas contemporâneas, formulou dois princípios: 1. Toda pessoa tem igual direito à máxima liberdade, compatível com uma liberdade semelhante para os outros. 2. As desigualdades de riqueza e poder são justas apenas se associadas à disponibilidade de posições e cargos para todos em igualdade de oportunidades, e se produzirem benefícios compensatórios para os membros menos favorecidos da sociedade.
A partir do texto, analise as afirmativas que descrevem ações para equilibrar liberdade e igualdade. I. Promover escola e saúde para todos é um meio de garantir a igualdade de acesso e de oportunidades. II. Implementar políticas de distribuição de renda e programas de cotas permite reparar desigualdades e promover a equidade. III. Atribuir ao Estado a defesa da livre iniciativa e da liberdade de mercado possibilita a correção natural das injustiças pelo mecanismo da oferta e procura.
Está correto o que se afirma em

  • A I, apenas.
  • B I e II, apenas.
  • C I e III, apenas.
  • D II e III, apenas.
  • E I, II e III.
O pensador Pierre Lévy (1956-) é um filósofo francês que nasceu na Tunísia. Dedica-se aos âmbitos da comunicação e da informática. Entre as suas obras principais, está As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática e Cibercultura. Já o pensador Jacques Rancière (1940-) é um filósofo que nasceu na Argélia. Com o decorrer do seu percurso intelectual, afastou-se do pensamento de Althusser e dedicou-se à reflexão acerca da relação entre dois âmbitos diferentes: a política e a estética. A partir dessas informações básicas e de seus conhecimentos sobre ambos os filósofos, assinale a alternativa correta.
  • A Segundo Rancière, na obra Ódio à democracia, a boa democracia deveria ser uma forma de vida social capaz de controlar o duplo excesso de atividade coletiva ou de retração individual inerente à vida democrática. Já na filosofia de Lévy, cabe ao Estado realizar intervenções políticas para que essa boa democracia, no caso da qual Rancière aborda, possa ser efetivamente construída. A comunicação, nesse contexto, consistiria em um campo de mediação entre o Estado e a sociedade. Para tanto, as mídias que viabilizam a comunicação seriam utilizadas de forma constante.
  • B Pierre Lévy é um notório pesquisador das tecnologias da inteligência e investiga as interações entre informação e sociedade. Esse pensador defende que a sociedade se encontra apta no estudo da área das inteligências artificiais, por isso haverá avanço no campo tecnológico. Não obstante, caso a sociedade faça investimentos em demasia na área das ciências humanas, pode-se afirmar que tais recursos deveriam ser voltados ao âmbito tecnológico, afinal o avanço tecnológico acarreta avanço cognitivo, humano e moral.
  • C Tanto Lévy quanto Rancière problematizam o cenário político, econômico e tecnológico da sociedade contemporânea. Aliás, ambos afirmam que o novo ódio à democracia pode ser resumido em uma tese simples: só existe uma democracia boa: a que reprime a catástrofe da civilização democrática.
  • D Rancière expõe críticas à sociedade pedagogizada, porque esse modelo de sociedade pressupõe uma inteligência inferior e uma inteligência superior, isto é, uma desigualdade já de início. Já Lévy acredita que a cibercultura coloca o ser humano frente a um vasto conhecimento, no qual é preciso escolher, selecionar e filtrar as informações para organizá-las em grupos e comunidades onde seja possível trocar ideias, compartilhar interesses e criar uma inteligência coletiva.

O brasileiro tem noção clara dos comportamentos éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro da corrupção, revela pesquisa. Se o país fosse resultado dos padrões morais que as pessoas dizem aprovar, pareceria mais com a Escandinávia do que com Bruzundanga (corrompida nação fictícia de Lima Barreto).
FRAGA, P. Ninguém é inocente. Folha de S. Paulo. 4 out. 2009 (adaptado).

O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir” efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade inerente ao humano, porque as normas morais são

  • A decorrentes da vontade divina e, por esse motivo, utópicas.
  • B parâmetros idealizados, cujo cumprimento é destituído de obrigação.
  • C amplas e vão além da capacidade de o indivíduo conseguir cumpri-las integralmente.
  • D criadas pelo homem, que concede a si mesmo a lei à qual deve se submeter.
  • E cumpridas por aqueles que se dedicam inteiramente

Um volume imenso de pesquisas tem sido produzido para tentar avaliar os efeitos dos programas de televisão. A maioria desses estudos diz respeito às crianças — o que é bastante compreensível pela quantidade de tempo que elas passam em frente ao aparelho e pelas possíveis implicações desse comportamento para a socialização. Dois dos tópicos mais pesquisados são o impacto da televisão no âmbito do crime e da violência e a natureza das notícias exibidas na televisão.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.

O texto indica que existe uma significativa produção científica sobre os impactos socioculturais da televisão na vida do ser humano. E as crianças, em particular, são as mais vulneráveis a essas influências, porque

  • A codificam informações transmitidas nos programas infantis por meio da observação.
  • B adquirem conhecimentos variados que incentivam o processo de interação social.
  • C interiorizam padrões de comportamento e papéis sociais com menor visão crítica.
  • D observam formas de convivência social baseadas na tolerância e no respeito.
  • E apreendem modelos de sociedade pautados na observância das leis.