Questões de Etnografia. Radcliffe-Brown e Lévi-Strauss - Estruturalismo. Linguagem e cultura. Etnolinguística (Antropologia)

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Raça não é raça
(...)
raça não é carreira
fechem o mercado George Floyd”.

Esses versos acima, trecho do poema “Raça não é Raça”, da poeta e tradutora Nina Rizzi (Revista Piauí, n.174, 2021) interroga o racismo e o conceito de raça, na medida em que estes

  • A ignoram situações de preconceito racial na mídia.
  • B estabelecem uma visão de hierarquia entre raças.
  • C se baseiam em diferenças externas e corporais entre os seres humanos.
  • D denunciam o racismo, a partir da experiência norte-americana.

Ao questionar a noção de “raça” a partir de parâmetros essencialmente biológicos, Anthony Giddens apresenta o conceito de etnicidade, a partir de uma leitura fundamentalmente social, referindo-se “às práticas e às visões culturais de determinada comunidade de pessoas e que as distingue das outras”. (GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005, p.206). Com isso, mostra que

  • A a cor continua sendo a marca social que fundamenta raça e etnicidade.
  • B diferentes características podem servir para distinguir um grupo étnico de outro.
  • C raça é a marca biológica, enquanto etnicidade é a marca da cultura.
  • D etnicidade representa a comunidade, ao invés do indivíduo.

“O que diferencia verdadeiramente o mundo humano do mundo animal é que, na humanidade, uma família não poderia existir sem existir a sociedade, isto é, uma pluralidade de famílias dispostas a reconhecer que existem outros laços para além dos consanguíneos e que o processo natural de descendência só pode levar-se a cabo através do processo social da afinidade".
(LÉVI-STRAUSS, Claude. As Estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes. 1982, p. 34).
Esta tese do antropólogo francês, elaborada em meados do século XX, abriu um novo caminho para os estudos das relações de parentesco na Antropologia Social. O seu pressuposto fundamental é

  • A a ideia de que o núcleo consanguíneo é a célula mater do conjunto social.
  • B o princípio de que a reciprocidade regula as relações entre os parentes.
  • C a complementaridade entre aliança e consanguinidade.
  • D a descoberta da universalidade do parentesco classificatório.
“Assim, embora de um ponto de vista teórico atores humanos codifiquem as coisas por meio de significações, de um ponto de vista metodológico são as coisas em movimento que elucidam seu contexto humano e social.”  (Appadurai, Arjun. Introdução: Mercadorias e a política de valor. In: A vida social das coisas: as mercadorias sob perspectiva cultural. Niterói: EdUFF, 2008, p.17) 
Neste trecho, o antropólogo Arjun Appadurai propõe o seguinte objeto etnográfico:
  • A a cultural material.
  • B a virada das mobilidades.
  • C as trocas simbólicas.
  • D as mercadorias.
  • E a vida social das coisas.

A teoria das práticas sociais de Pierre Bourdieu “tem por objeto não apenas o sistema das relações objetivas que o modo de conhecimento objetivista constrói, mas também as relações dialéticas entre estas estruturas objetivas e as disposições estruturadas pelas quais elas se atualizam e que tendem a reproduzi-las, vale dizer o duplo processo de interiorização da exterioridade e exteriorização da interioridade (…)” (Miceli, Sergio. Introdução: a força do sentido. In: Bourdieu, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Editora Perspectiva, 2011: XXXIX)
Com o conceito de habitus, Pierre Bourdieu resolve a dicotomia sociológica entre

  • A universalismo e particularismo.
  • B objetividade e subjetividade.
  • C teoria e empiria.
  • D estrutura e ação.
  • E mente e corpo.