A empresa ABC S.A. planeja uma reestruturação de capital para financiar um projeto inovador relacionado à emissão de carbono. Atualmente, a empresa tem um capital próprio de R$ 400 milhões e dívida de longo prazo de R$ 100 milhões, com um custo da dívida antes dos impostos de 6%. A taxa livre de risco é de 4%, o retorno esperado do mercado é de 10%, e o beta do ativo (asset beta) igual a 0,9. A alíquota de imposto de renda corporativo é de 25%. O lucro operacional líquido após os impostos (NOPAT) esperado para o próximo ano, sem o projeto, é de R$80 milhões, e o capital total investido na empresa é de R$500 milhões. O custo estimado do projeto é de R$ 150 milhões, e a empresa ABC S.A planeja financiar essa quantia integralmente por meio da emissão de dívida adicional a uma taxa de custo de dívida de 5%, graças à percepção positiva do mercado quanto à sua sustentabilidade.
Prevê-se que, com a adoção desse projeto, haja redução de custos de energia em R$ 10 milhões anuais (antes dos impostos), geração de R$ 5 milhões anuais em vendas de créditos de carbono (antes dos impostos), e a percepção de redução do risco operacional refletido em um beta do ativo igual a 0,8.
Com base somente nas informações fornecidas, após a adoção do projeto, é correto afirmar que:
- A o beta alavancado será de 1,25;
- B o custo médio ponderado de capital (WACC) será de 8%;
- C o valor econômico adicionado (EVA) é inferior a R$ 40 milhões;
- D a potencial percepção da empresa sobre a redução de seu risco operacional é equivocada, pois a alavancagem aumenta o beta da empresa;
- E a afirmação de que há criação de valor adicional não é possível, pois o incremento na eficiência operacional e a redução do custo de capital não superam o aumento da alavancagem financeira.