Questões de Farmácia Hospitalar e Comunitária (Farmácia)

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Uma equipe de farmacêuticos em um hospital está implementando um sistema de dispensação por dose unitária para melhorar a segurança e a eficiência na administração de medicamentos aos pacientes. Durante o processo, surgem dúvidas quanto à forma de unitarização e fracionamento para alguns medicamentos específicos, considerando as práticas de segurança, legislação vigente e exigências de conservação dos fármacos. Assinale a alternativa correta que representa a conduta mais adequada para o fracionamento e a unitarização de medicamentos sólidos e líquidos para a dispensação por dose unitária:

  • A No caso de medicamentos líquidos orais, o farmacêutico deve aspirar a dose unitária diretamente do frasco original para ser administrada ao paciente, evitando fracionamento que possa alterar a estabilidade do medicamento e garantir o uso no prazo de validade original.
  • B Para comprimidos revestidos que serão dispensados em doses fracionadas, o farmacêutico pode partir o comprimido diretamente na unidade de dose para reduzir custos e agilizar o processo, desde que o medicamento seja armazenado em um recipiente à prova de luz para evitar degradação.
  • C Comprimidos revestidos não devem ser fracionados em dose unitária, pois isso pode comprometer a eficácia do revestimento, a estabilidade do princípio ativo e a biodisponibilidade. Nestes casos, é indicado prescrever outra forma farmacêutica ou dose que permita a administração segura sem fracionamento.
  • D Em medicamentos sólidos, o farmacêutico pode realizar o fracionamento de comprimidos sem revestimento, desde que utilize técnicas de manipulação seguras, faça o reembalamento imediato em blisters unitários, e mantenha o medicamento em condições que preservem a estabilidade para garantir a segurança na administração.
  • E É permitido o fracionamento de qualquer forma farmacêutica sólida para dispensação por dose unitária desde que o farmacêutico realize a manipulação em ambiente controlado, registrando o lote, a validade e a concentração do princípio ativo para cada dose.

Sobre a Farmácia Hospitalar, assinale a alternativa correta:

  • A A Farmácia Hospitalar de acordo com a Resolução 208 do CFF é a “unidade hospitalar de assistência técnico administrativa, dirigida por profissional farmacêutico, integrada funcional e hierarquicamente às atividades hospitalares
  • B A CAF – Central de Abastecimento Farmacêutico tem como objetivo básico garantir a compra dos medicamentos, germicidas, correlatos e outros materiais, atendendo, assim, as demandas de toda aquela unidade hospitalar
  • C Os Centros de Informações sobre Medicamentos (CIM) devem estar situados obrigatoriamente na própria área da Farmácia, facilitando, assim, o acesso aos profissionais de saúde, e seguem padrões bem definidos.
  • D O sistema de dose coletiva é o que demanda de um maior número de informações sobre os produtos e doses fornecidos aos pacientes, dados farmacoterapêuticos são imprescindíveis, participação ativa do farmacêutico e a possibilidade de intercorrências elevado.

Em uma farmácia hospitalar, é necessário calcular adequadamente a quantidade de medicamentos em estoque para evitar falta ou excesso de produtos, assegurando um atendimento eficiente. Considerando a gestão de estoque e a demanda de medicamentos, assinale a alternativa que melhor descreve um cálculo necessário para a reposição do estoque:

  • A O estoque de segurança deve ser o dobro do consumo mensal para garantir que não faltem medicamentos, mesmo em caso de atrasos inesperados.
  • B O cálculo do estoque máximo é feito levando em consideração apenas a capacidade de armazenamento da farmácia, sem considerar a demanda dos medicamentos.
  • C A determinação do "ponto de pedido" é feita somando o estoque atual com o estoque de segurança, garantindo que a farmácia tenha sempre medicamentos suficientes.
  • D O "ponto de pedido" é calculado multiplicando o consumo médio diário pelo tempo de reposição, somando ao estoque de segurança, para evitar a falta de medicamentos durante o tempo necessário para reposição.
  • E O consumo médio diário não é um fator relevante para a gestão de estoque, pois as compras são feitas com base no histórico de compras anterior e no orçamento disponível.

A manipulação de fórmulas magistrais e oficinais envolve diversas etapas que asseguram a qualidade e segurança do produto final. Dentre as alternativas a seguir assinale aquela que representa um aspecto fundamental no processo de manipulação dessas fórmulas em farmácias magistrais:

  • A A manipulação de fórmulas magistrais não exige controle de qualidade, já que o produto é preparado para um paciente específico e não para uso comercial.
  • B As fórmulas magistrais podem ser preparadas sem a necessidade de um farmacêutico responsável, desde que as normas de boas práticas sejam seguidas.
  • C A escolha do excipiente é irrelevante para a estabilidade do produto final, desde que o princípio ativo esteja presente na dose correta.
  • D As fórmulas oficinais são sempre preparadas em grande escala e são destinadas exclusivamente ao uso hospitalar, ao contrário das magistrais, que são destinadas ao uso doméstico.
  • E A preparação de fórmulas magistrais deve seguir estritamente as prescrições médicas individualizadas, enquanto as fórmulas oficinais seguem normas pré-estabelecidas, geralmente descritas em compêndios oficiais.

O “cuidado centrado no paciente”, de acordo com a Resolução n.º 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), é definida como:

“Relação humanizada que envolve o respeito às crenças, expectativas, experiências, atitudes e preocupações do paciente ou cuidadores quanto às suas condições de saúde e ao uso de medicamentos, na qual farmacêutico e paciente compartilham a tomada de decisão e a responsabilidade pelos resultados em saúde alcançados”.


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O farmacêutico clínico é um profissional que deve estar inserido no cuidado ao paciente, participando ativamente da terapia medicamentosa, da promoção e/ou recuperação da saúde, exercendo suas atividades com autonomia para a tomada de decisões baseadas nos princípios éticos da profissão.


Fonte: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente. Comissão Assessora de Farmácia Clínica. Farmácia Clínica. / CRFSP: CRFSP, 2019. 2.ª edição. 56 p. Disponível em: https://www.crfsp.org.br/images/190919_cartilha_fc_GM_s04.pdf. Acesso em: 26 set. 2024. Imagem disponível em: http://gg.gg/1c8ze4. Acesso em: 26 set. 2024. Adaptado por ALVARENGA, Felipe Queiroz.


Para o desenvolvimento da farmácia clínica, o farmacêutico deve possuir conhecimento amplo e integrado em diversas áreas, tais como:

I- prevenção de erros de medicação resultantes de discrepâncias da prescrição, como duplicidades ou omissões de medicamentos, principalmente quando o paciente transita pelos diferentes níveis de atenção ou por distintos serviços de saúde, evitando danos desnecessários.

II- gerenciamento da farmacoterapia, identificando possíveis fatores de risco e eventuais problemas relacionados ao uso dos medicamentos, assim como avalia o alcance das metas terapêuticas

III- disponibilização de medicamentos para o paciente, em atendimento a uma prescrição emitida por um profissional da saúde devidamente habilitado, centrada nas necessidades do paciente, incluindo a orientação necessária para o uso racional dos medicamentos.


Os conhecimentos necessários ao farmacêutico descritos em I, II e III referem-se, respectivamente, ao(à):

  • A Acompanhamento Farmacoterapêutico, Dispensação e Farmacovigilância.
  • B Conciliação Medicamentosa, Análise da Farmacoterapia e Anamnese Farmacêutica.
  • C Conciliação medicamentosa, Acompanhamento Farmacoterapêutico e Dispensação.
  • D Dispensação, Conciliação Medicamentosa e Anamnese Farmacêutica.
  • E Farmacovigilância, Dispensação e Acompanhamento Farmacoterapêutico.