Questões de Farmacologia e Anestesiologia (Medicina)

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Caso clínico: O médico está de plantão no pronto-socorro e três pacientes com sinais de infecção grave são admitidos, em curto intervalo de tempo. Sabendo que o manejo adequado e o tempo para início de antibióticos são cruciais na sepse, analise cada uma das situações a seguir quanto à conduta e ao tempo para administração de antibióticos:

1. Paciente A: Homem de 65 anos com tosse, expectoração purulenta, dispneia, febre, taquicardia (FC 120 bpm), taquipneia (FR 26 irpm), PA 85/50 mmHg após reposição volêmica adequada. Lactato sérico: 5 mmol/L, SpO2 88% ar ambiente, Glasgow 15.
2. Paciente B: Mulher de 72 anos com polaciúria, algúria, dor lombar direita, febre, confusão mental e creatinina elevada (2,2 mg/dL), PA 110/70 (PAM 83), FC 135 bpm, perfusão periférica preservada.
3. Paciente C: Jovem de 25 anos, sem comorbidades, com dor abdominal em fossa ilíaca direita, descompressão dolorosa, febre 39 ºC, FC 140 bpm, PA 100/60, SpO2 98% ar ambiente, FR 24 irpm, Glasgow 15, diurese preservada, boa perfusão periférica.

De acordo com as diretrizes do Surviving Sepsis Campaign (2021), qual das alternativas a seguir descreve corretamente as definições e a conduta quanto ao tempo para início de antibióticos para os pacientes descritos?
  • A Paciente A: Choque séptico – antibiótico dentro de 1 hora; Paciente B: Sepse provável – antibiótico dentro de 1 hora; Paciente C: Sepse possível – antibiótico dentro de 3 horas.
  • B Paciente A: Choque séptico – antibiótico dentro de 1 hora; Paciente B: Sepse possível – antibiótico dentro de 1 horas; Paciente C: Sepse provável – antibiótico dentro de 3 horas.
  • C Paciente A: Sepse provável – antibiótico dentro de 1 hora; Paciente B: Choque séptico – antibiótico dentro de 1 hora; Paciente C: Sepse possível – antibiótico dentro de 1 horas.
  • D Paciente A: Choque séptico – antibiótico dentro de 1 hora; Paciente B: Sepse provável – antibiótico dentro de 1 hora; Paciente C: Sepse possível – antibiótico dentro de 1 hora.
  • E Paciente A: Sepse possível – antibiótico dentro de 1 hora; Paciente B: Sepse provável – antibiótico dentro de 3 horas; Paciente C: Choque séptico – antibiótico dentro de 1 hora.

Senhor Antônio, 64 anos, com histórico de insuficiência cardíaca crônica, é admitido no pronto-socorro com queixa de dispneia intensa há três dias, mesmo em repouso. Recentemente, foi diagnosticado com erisipela bolhosa, e iniciou tratamento com antibiótico, mas a dispneia vem piorando desde então. Durante o exame físico, o Senhor Antônio está consciente e orientado, com pressão arterial de 115x65 mmHg, frequência cardíaca de 110 bpm, saturação de oxigênio de 90% e frequência respiratória de 31 irpm. A ausculta pulmonar revela estertores crepitantes bilaterais, indicativos de congestão pulmonar, e há edema significativo nos membros inferiores. O paciente faz uso regular de Enalapril 20mg/dia, Carvedilol 6,25mg 2x/dia, Espironolactona 25mg/dia e Furosemida 40mg/dia.
Diante desse quadro de descompensação aguda da insuficiência cardíaca, qual é a melhor conduta?

  • A Manter carvedilol e enalapril; administrar furosemida endovenosa, além de vasodilatador venoso contínuo. 
  • B Manter carvedilol e enalapril; administrar furosemida endovenosa, além de dobutamina contínua.
  • C Reduzir a dose de carvedilol à metade; suspender enalapril; iniciar vasodilatador venoso, além de dobutamina contínua.
  • D Suspender carvedilol e enalapril; administrar furosemida endovenosa, além de dobutamina contínua.
  • E Suspender carvedilol e enalapril; administrar furosemida e vasodilatador endovenosos.

Carla, uma mulher de 46 anos, enfrenta os desafios da Doença de Crohn há algum tempo. As dores abdominais e os episódios frequentes de diarreia têm impactado a sua qualidade de vida e, apesar dos esforços para controlar a doença, ela se mantém ativa. Agora, uma nova esperança surge: a possibilidade de iniciar a terapia com anti-TNF, um tratamento promissor para casos como o dela.
Antes de iniciar a terapia, o médico, atencioso e responsável, realiza uma avaliação completa de Carla. Ela nega febre, sudorese noturna e sintomas respiratórios, mas relata dores abdominais difusas e diarreia crônica (cerca de 6 vezes ao dia) nos últimos 40 dias. O exame físico revela ruídos hidroaéreos aumentados e dor abdominal difusa à palpação, sem sinais de irritação peritoneal. A radiografia de tórax não apresenta alterações, mas o teste IGRA (que detecta a infecção latente por tuberculose) é positivo.
Diante desse cenário, qual o tratamento mais adequado para Carla, antes de iniciar a terapia com anti-TNF?

  • A Isoniazida, dose diária por 4 meses.
  • B Pirazinamida + etambutol, dose diária por 4 meses.
  • C Rifampicina, dose diária por 6 meses.
  • D Rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol, dose diária por 6 meses.
  • E Rifapentina + isoniazida, dose semanal por 12 semanas.

Joana, uma menina de 5 anos, é trazida à consulta por sua mãe, preocupada com o estado de saúde da filha. A criança apresenta febre persistente há 4 dias, acompanhada de tosse seca e coriza. No terceiro dia de febre, surgiram manchas avermelhadas que começaram na face e se espalharam progressivamente pelo corpo. No exame físico, observa-se a criança com aparência cansada, erupções maculopapulares difusas e pequenas manchas brancas na mucosa bucal, perto dos dentes molares. Além disso, há presença de conjuntivite sem secreção purulenta.
Com base no quadro clínico apresentado, qual é o tratamento mais adequado para Joana?

  • A Aciclovir oral por 7 dias.
  • B Amoxicilina associada ao ácido clavulânico por 7 dias.
  • C Azitromicina oral por 5 dias.
  • D Palmitato de retinol 200.000 UI/dia por dois dias e terceira dose após quatro semanas.
  • E Paracetamol para controle da febre e hidratação oral intensiva.

Ana, de 42 anos, chega à consulta com relato de tristeza profunda há dois meses, acompanhada de desânimo, choro fácil, perda de prazer em atividades antes prazerosas, falta de apetite e emagrecimento de 5 kg no período. Além disso, a paciente menciona grande dificuldade para sair da cama, faltas frequentes ao trabalho e isolamento social. Durante a consulta, Ana diz que se sente um "peso para a família" e revela uma falta de energia que a impede até de cuidar da própria higiene pessoal. Ela possui antecedentes de hipertensão arterial e dislipidemia. No exame físico, a sua pressão arterial está elevada (170x110 mmHg), mas o restante do exame é normal.
Diante desse quadro, qual seria a conduta mais adequada para Ana?

  • A Iniciar amitriptilina 25 mg/dia, recomendar psicoterapia, psicoeducação e não questionar sobre ideação suicida.
  • B Iniciar venlafaxina 75 mg/dia, recomendar psicoterapia, psicoeducação e questionar sobre ideação suicida.
  • C Iniciar sertralina 50 mg/dia, recomendar psicoterapia, psicoeducação e questionar sobre ideação suicida.
  • D Iniciar risperidona 1 mg/dia, recomendar psicoterapia, psicoeducação e questionar sobre ideação suicida.
  • E Encaminhar para internação psiquiátrica, considerando a gravidade do quadro depressivo e o risco de suicídio.