“É estranha a abstração que se faz do papel do Estado na própria criação do mercado. [...] Este ‘mercado livre’, abstrato, em que o Estado não interfere, tomado de empréstimo da ideologia do liberalismo econômico, certamente não é um mercado capitalista, pois precisamente o papel do Estado no capitalismo é ‘institucionalizar’ as regras do jogo”.
OLIVEIRA, Francisco de. Crítica da razão dualista. São Paulo: Boitempo, 2003, p. 37.
O pensador brasileiro Francisco de Oliveira, no texto anterior, expressa uma concepção, segundo a qual o Estado
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A é uma instituição burocrática, acima dos interesses econômicos de classe.
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B tem uma função econômica no mercado, em favor da acumulação de capital.
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C antecede o mercado, de modo que cria sozinho as relações econômicas.
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D é passivo diante do mercado capitalista, tendo apenas a função normativa.