Questões de Geriatria (Medicina)

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A respeito da incontinência urinária em idosos, analise as seguintes assertivas:

I. A obstrução vesical é a causa de incontinência mais comum em idosos.
II. A incontinência transitória é precipitada por fatores potencialmente remediáveis, tais como depressão, deficiência de estrogênio, imobilidade e infecção urinária.
III. A incontinência de estresse é a segunda causa mais comum de incontinência em mulheres, sendo comum em multíparas que sofreram relaxamento do assoalho pélvico.

Quais estão corretas?

  • A Apenas I.
  • B Apenas III.
  • C Apenas I e II.
  • D Apenas II e III.
  • E I, II e III.

Sra. Aparecida, 76 anos, professora aposentada, com histórico de hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2, é trazida à consulta por seus familiares com queixas de alterações comportamentais. Há cerca de um ano, a família percebeu que a Sra. Aparecida vem apresentando dificuldade para se lembrar de compromissos e de eventos recentes, além de estar mais irritada e resistente aos cuidados. Recentemente, começou a esquecer-se de que já se alimentou, pedindo refeições repetidamente. O exame neuropsicológico confirmou o diagnóstico de Doença de Alzheimer em estágio moderado (CDR 2). Qual a melhor abordagem terapêutica para a Sra. Aparecida, nesse momento?

  • A Aumentar a dose da metformina para controlar melhor o diabetes.
  • B Associar rivastigmina à donepezila para potencializar o efeito colinérgico.
  • C Encaminhar para internação em uma instituição de longa permanência para idosos.
  • D Prescrever sertralina para tratar a irritabilidade e a resistência aos cuidados.
  • E Iniciar memantina e orientar a família sobre a doença e o manejo dos sintomas.

Maria, aposentada de 67 anos, procura o consultório médico com queixas de cansaço e perda de peso nos últimos meses. Ela mantém acompanhamento regular com o oncologista devido a um câncer de mama diagnosticado há 10 anos, tratado com sucesso com cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Maria está preocupada com a possibilidade de recorrência do câncer, mas nega outros sintomas além do cansaço e da perda de peso. Ao exame físico, nota-se palidez cutaneomucosa (+++/4+), mas nenhuma outra alteração significativa. Os exames laboratoriais mostram:

• Hemoglobina: 8,2 g/dL
• VCM: 104 fL
• Leucócitos: 3.400/mm³ (neutrófilos: 1.200/mm³, linfócitos: 800/mm³)
• Plaquetas: 68.000/mm³ • Neutrófilos hipogranulares e hipossegmentados
• Marcadores tumorais (CA 15.3, CA 19.9 e CA 125): negativos

Diante desse quadro, qual a hipótese diagnóstica mais provável para a astenia e perda de peso de Maria?

  • A Anemia de doença crônica relacionada ao câncer de mama.
  • B Deficiência de ácido fólico.
  • C Hiperesplenismo secundário à metástase hepática.
  • D Síndrome mielodisplásica.
  • E Síndrome mielodisplásica.

Sr. João, 70 anos, com câncer de pâncreas avançado e metástases hepáticas, está internado na enfermaria de cuidados paliativos. Ele relata dor abdominal intensa e persistente, com piora nos últimos dias, apesar do uso regular de dipirona e codeína. A equipe médica avalia a dor do Sr. João como 9 em uma escala de 0 a 10, e seu estado geral é classificado como ECOG 2 (capaz de realizar atividades leves, mas passa a maior parte do dia sentado ou deitado). Qual a melhor estratégia para o controle da dor do Sr. João, nesse momento?

  • A Encaminhar o paciente para avaliação com um especialista em dor, para realização de bloqueio nervoso.
  • B Manter a dipirona e a codeína, associar um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) e iniciar um laxante.
  • C Manter a dipirona, trocar a codeína por morfina (manutenção + resgate), e iniciar laxante e pregabalina.
  • D Suspender a dipirona e a codeína e iniciar um esquema de analgesia com tramadol e gabapentina.
  • E Trocar a dipirona por paracetamol, aumentar a dose da codeína e associar um corticoide.

Paciente Juscelino Vargas, 90 anos, foi trazido à Urgência do Pronto Atendimento por seu neto, com queixa de sonolência. O acompanhante não soube relatar o período e forma de início, pois não mora com o avô. Refere que o senhor Juscelino mora sozinho por teimosia. No entenato, sempre foi independente e saía de casa todos os dias para tomar uma cervejinha no Bar do Nelson. Na última semana, uma vizinha do Senhor Juscelino informou aos familiares que ele não saía de casa há 4 dias. Ao chegar na casa do idoso, encontraram o senhor Juscelino deitado em sua cama, com falas desconexas e sem reconhecer os familiares. O neto relatou que permaneceram tentando cuidar do idoso em casa, porém ele não colaborava, rejeitava alimentos e apresentava piora da sonolência, passando mais tempo dormindo do que acordado. O neto negou comorbidades e relata que o paciente não faz uso de nenhuma medicação contínua. Ao exame físico geral e sinais vitais, não foram encontradas alterações. Qual a conduta a ser adotada nesse caso?

  • A Acionaria o Serviço Social e a Delegacia do Idoso, visto que o senhor Juscelino se encontra claramente em situação de negligência. Após a resolução da situação social, indicaria investigação de Doença de Alzheimer por via ambulatorial, visto que a patologia é comum nessa faixa etária.
  • B Iniciaria hidratação venosa ainda na urgência, pois o senhor Juscelino possivelmente encontra-se em Delirium por desidratação, já que rejeitava alimentos. Realizaria também medicação para controle dos sintomas neurológicos, com benzodiazepínico. E por fim, encaminharia o paciente ao serviço de Neurologia para investigar síndromes demenciais e tratar da forma adequada.
  • C Internaria o senhor Juscelino, solicitando exames laboratoriais, como hemograma, função renal, eletrólitos, além de tomografia de crânio imediatamente, a fim de investigar delirium e suas causas, e buscar outros diagnósticos, como Acidente Vascular Cerebral ou demais síndromes neurológicas possíveis, pela história clínica do paciente.
  • D Internaria o senhor Juscelino para conforto da família. No entanto, pela idade, o paciente é um possível candidatos aos Cuidados Paliativos.