Questões de Ginecologia e Obstetrícia (Medicina)

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Mulher, 34 anos, apresenta quadro de dor pélvica e dispareunia há três semanas, associado a corrimento vaginal há quatorze dias. Relata inserção de DIU de cobre há um mês, não havendo menstruado desde então. O exame físico revela temperatura corporal de 36,2°C, dor à palpação de abdome inferior, secreção purulenta em colo uterino e dor anexial à esquerda. Segundo o Ministério da Saúde, assinale a afirmativa INCORRETA.

  • A Recomenda-se testagem para HIV, sífilis e hepatites B e C.
  • B O exame de imagem preferencial para investigação é a ultrassonografia pélvica.
  • C É sugerida a realização de exame de urina, dosagem do VHS sérico e teste de gravidez.
  • D A remoção imediata do DIU é mandatória, devendo a paciente manter métodos de barreira ou hormonais.

Sobre o diagnóstico de endometriose por meio da ultrassonografia, assinale a alternativa CORRETA.

  • A A ultrassonografia é um método inadequado para a avaliação de endometriose profunda.
  • B A endometriose vesical é mais frequente, na parede anterior da bexiga, e apresenta cisto de úraco como diagnóstico diferencial.
  • C O endometrioma ovariano é caracterizado usualmente como formação cística multilocular com debris ecogênicos e septações internas, associada à vascularização periférica exuberante ao Doppler.
  • D O envolvimento do trato gastrointestinal ocorre principalmente através do retossigmoide e apêndice cecal.
  • E O envolvimento do trato gastrointestinal ocorre principalmente através do íleo proximal e apêndice cecal.

O médico ultrassonografista realizou exame ecográfico obstétrico em uma gestante de 36 semanas e 5 dias, e deparou-se com a seguinte imagem:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas Hipoplasia ou agenesia do vérmis cerebelar e dilatação do quarto ventrículo, com formação cística na fossa posterior.
Fonte: CHARLES, H. Rodeck; WHITTLE, Martin J. Medicina fetal fundamentos e prática clínica. 1. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2005. p. 619-621.

Essa imagem permite afirmar que o feto apresenta

  • A hidranencefalia.
  • B malformação de Chiari II.
  • C malformação de Dandy Walker.
  • D malformação de Chiari I.
  • E porencefalia.

Paciente G2P1AO, parto cesariana há 4 anos por apresentação pélvica, chega à maternidade em trabalho de parto, em período expulsivo, com parto acontecendo na sala de admissão, recém-nascido vivo com choro forte. Feito clampeamento de cordão com 3 minutos, apresentou dequitação placentária rapidamente. Foi, então, levada para a sala de parto, para revisão do canal rapidamente, já que o sangramento vaginal estava muito aumentado, vermelho intenso. Na sala de parto, a paciente estava consciente, mas continuava com muito sangramento, PA de 85/60 mmHg e FC de 100 bpm. O anestesista colocou oxigênio por catéter e foram instalados dois acessos venosos de grosso calibre com soro fisiológico. Ele solicitou exames e reserva de sangue, enquanto o obstetra fazia o exame local para descobrir a causa do sangramento.
Diante desse caso clínico, pode-se afirmar que

  • A o ácido tranexâmico é a primeira droga que se deve utilizar, sendo contraindicado em pacientes hipertensas.
  • B a causa mais provável é atonia uterina, que é diagnosticada com útero acima da cicatriz umbilical, mesmo que contraído e colo uterino aberto ao toque vaginal.
  • C a cesariana prévia há menos de 5 anos é considerada um fator de alto risco.
  • D a paciente é candidata à transfusão sanguínea, pois apresenta o índice de choque maior que 0,9.
  • E o balão para hemorragia pós-parto, também conhecido como balão de Bakri, pode ser utilizado em caso de não resposta às medicações, já que o balão seria contraindicado se o parto fosse cesariano.

Paula, uma jovem de 26 anos, chega ao pronto-socorro com visível desconforto. Há dez dias, ela vem percebendo um corrimento vaginal de odor desagradável e, nos últimos sete dias, o quadro piorou com o surgimento de uma dor persistente no baixo ventre. Ela informa que utiliza um dispositivo intrauterino (DIU) de cobre há cerca de um ano. Embora negue febre, vômitos ou diarreia, o corrimento e a dor estão afetando significativamente a sua qualidade de vida e rotina. Durante o exame físico, o médico detecta um corrimento vaginal esverdeado e fétido. Paula apresenta dor à palpação abdominal no baixo ventre e dor significativa à mobilização do colo uterino, além de sensibilidade à palpação dos anexos uterinos. Com base nesse cenário clínico, qual a abordagem terapêutica mais adequada para garantir o tratamento eficaz e seguro para Paula?

  • A Internação hospitalar com administração de clindamicina e gentamicina, mantendo o DIU.
  • B Internação hospitalar com administração de penicilina cristalina e ceftriaxona, retirando o DIU.
  • C Tratamento ambulatorial com azitromicina, ceftriaxona e metronidazol, retirando o DIU.
  • D Tratamento ambulatorial com doxiciclina, ceftriaxona e metronidazol, mantendo o DIU.
  • E Tratamento ambulatorial com ciprofloxacino e metronidazol, retirando o DIU.