Questões de História da Educação Brasileira (Pedagogia)

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Analisando a categoria trabalho como princípio educativo, Frigotto, Ciavatta e Ramos (2005) observam alguns traços históricos característicos da constituição do trabalho no Brasil, além de reflexões sobre a ontologia do trabalho. Sobre o tema, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.

I. O Brasil foi a última sociedade no continente a abolir a escravidão, cujas marcas são ainda profundamente visíveis na sociedade. A mentalidade empresarial e das elites dominantes têm a marca cultural da relação escravocrata.
II. Uma das visões ainda existentes é a moralizante do trabalho, trazida pela perspectiva de diferentes religiões: trabalho como castigo, sofrimento e/ou remissão do pecado.
III. Outra concepção traz o trabalho como forma de disciplinar e frear as paixões, os desejos ou os vícios da “carne”.
IV. A partir do entendimento dos teóricos, o que buscam é a tentativa de ampliar a dimensão educativa do trabalho à sua função instrumental didático-pedagógica, do aprender fazendo.
V. Os seres humanos transformam a natureza em meios de vida mediante a ação vital do emprego remunerado. Se essa é uma condição imperativa, socializar o princípio do trabalho como produtor de valores de uso é crucial e “educativo” para manter e reproduzir a vida.

  • A Todas as assertivas estão corretas.
  • B Todas as assertivas estão incorretas.
  • C Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
  • D Apenas as assertivas I, IV e V estão corretas.
  • E Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas.

Analise as afirmativas a seguir sobre a história da educação e da pedagogia, destacando os principais movimentos, teorias e pensadores, e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F).

I- O movimento da Escola Nova, que ganhou destaque no início do século XX, defendia uma educação centrada no aluno e no desenvolvimento de suas potencialidades, enfatizando a experiência prática.
II- A pedagogia tradicional, amplamente utilizada até o século XIX, valorizava métodos expositivos e a memorização, tendo como um de seus principais pensadores o filósofo John Dewey.
III- A teoria construtivista, influenciada por pensadores como Jean Piaget e Lev Vygotsky, defende que o conhecimento é construído ativamente pelo aluno em interação com o meio social.
IV- A educação freiriana, proposta por Paulo Freire, enfatiza a conscientização e o diálogo como métodos fundamentais para a formação crítica dos educandos.
V- A pedagogia crítica busca apenas a inclusão social dos alunos, sem considerar a transformação das relações de poder na educação.

Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, considerando as afirmativas de cima para baixo.

  • A F, V, F, V, F.
  • B V, F, V, F, V.
  • C V, F, F, V, F.
  • D V, F, V, F, F.
  • E V, F, V, V, F.

Leia o texto a seguir.

Embora os textos oficiais do período recomendassem que também as creches, além dos jardins-de-infância, contassem com material apropriado para a educação das crianças, o atendimento em creches e parques infantis continuou a ser realizado de forma assistencialista. O surgimento, na década de 40, de psicólogos para trabalhar em parques infantis então existentes em algumas cidades reforçou o enfoque de higiene mental, de influência norte-americana, que foi usado como justificativa para o trabalho nessa nova modalidade de atendimento pré-escolar e punha ênfase na possibilidade de as crianças matriculadas apresentarem desajustes de personalidade e outros problemas de desenvolvimento. Essas perspectivas apontavam as vantagens das creches e parques infantis como agências promotoras da segurança e da saúde sem, contudo, aprofundar-se na análise crítica dos fatores econômicos, políticos e sociais presentes nas condições de vida da população mais pobre.
OLIVEIRA, Z. R. de. Educação infantil: fundamentos e métodos. (Coleção Docência em Formação). Ed. 3. São Paulo: Cortez, 2007.

De acordo com o texto, qual a perspectiva de educação que norteou a educação infantil nos anos 1940/1950 no Brasil?

  • A Emancipatória.
  • B Democrática.
  • C Assistencialista.
  • D Participativa.

A teoria pedagógica histórico-crítica defende que, se o povo tiver acesso ao saber erudito, o saber erudito deixará de ser sinal distintivo das elites, quer dizer, ele poderá tornar-se popular. Uma das repercussões dessa concepção para o trabalho escolar pode ser sintetizada como

  • A a defesa intransigente do empiricismo como ponto de partida e chegada do ato educativo.
  • B a defesa intransigente da socialização das formas mais desenvolvidas do conhecimento científico, filosófico e artístico no ensino destinado aos filhos e às filhas das classes populares.
  • C o rechaço a todo saber produzido pelos dominadores. Sob o ponto de vista desta teoria impor o conhecimento dos dominadores, significa perpetrar uma prática etnocêntrica sobre os(as) discentes das classes subalternas.
  • D o rechaço a todo saber produzido pelos dominados. Ou seja, para esta teoria pedagógica, a escola deverá preterir o saber produzido no âmbito do senso comum, categorizado como conhecimento pseudoconcreto e, por isto, dispensável no ato de reproduzir a humanidade em cada indivíduo singular.

No Brasil, a contar de 1922, começaram a aparecer as reformas estaduais de ensino, prenúncio das reformas nacionais que surgiram a partir de 1930. Era o movimento renovador, que iria ter na Associação Brasileira de Educação (ABE) seu órgão representativo e seu centro divulgador. Era também o começo da luta ideológica que iria culminar na publicação do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nacional, em 1932, e nas lutas travadas mais tarde em torno do projeto de lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O Manifesto, que representa efetivamente a ideologia dos renovadores:

I. É a afirmação de uma tomada de consciência e compromisso. Mas, justamente por refletir as incoerências do período, exibe também suas inconsistências. Enquanto apresenta uma concepção avançada de educação e suas relações com o desenvolvimento, denunciando uma visão globalizante desse último, permanece, todavia, no terreno do romantismo, quando cogita as causas dos problemas educacionais.
II. Ao colocar os problemas educacionais como decorrência da falta de filosofia de vida por parte dos educadores, demonstra que a compreensão da realidade educacional, por parte dos pioneiros, estava muito próxima da concepção liberal e idealista dos educadores românticos do século XIX.
III. Aponta a necessidade da aplicação dos métodos científicos aos problemas educacionais, mas prefere abordar o assunto de maneira que preconize preferentemente a ação isolada do educador, o que denuncia também certa incoerência com o próprio conceito de educação e desenvolvimento contido na introdução.
IV. Reconhece a necessidade de se transferir do terreno administrativo para os planos político-sociais a solução dos problemas escolares, em uma avançada concepção, para a época, do nível que devem ser tratados esses problemas.

Está correto o que se afirma em

  • A I, II, III e IV.
  • B I e II, apenas.
  • C II e III, apenas.
  • D III e IV, apenas.