Questões de História e Geografia do Estado do Mato Grosso (História e Geografia de Estados e Municípios)

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Considere o gráfico a seguir:



Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas




BERNARDES, J. A. Formas mutantes de reprodução do capital e do uso do território no cerrado mato-grossense. In: KAHIL, S. P. (org.) et all. O tamanho do Brasil: território de quem? São Paulo: Max Limonad, 2021. Disponível em: http://nuclamb.geografia.ufrj. br/wp-content/uploads/2021/12/O_Tamanho_Do_Brasil_.pdf#page=169. Acesso em: 29 nov. 2023. Adaptado.



O processo indicado no gráfico acima é consequência da(o)


  • A perda da produtividade do solo, ocasionada pelo processo de lixiviação.
  • B variação da produtividade do solo, ocasionado pelas mudanças climáticas.
  • C estagnação de produtividade do solo, ocasionada pelo abuso de agrotóxicos.
  • D ganho de produtividade do solo, ocasionado pelo investimento capital intensivo.
  • E estabilidade na produtividade do solo, ocasionada pela promoção da reforma agrária.

Afonso d’Escragnolle Taunay escreveu, entre os anos de 1924 e 1950, uma longuíssima obra sobre as chamadas “Bandeiras Paulistas”. Em seu último de 11 tomos, Taunay dedicou-se às “monções cuiabanas do século XVIII”. Nele, se lê:


Como consequência imediata da descoberta do ouro cuiabano, operou-se a transformação da principal rota sertanista, já quase sesqui-secular da penetração ocidental, para a devassa das terras e a preá do índio, em via comercial e militar. [...] E, com efeito: em parte alguma do globo as condições geográficas, demográficas, comerciais, coexistiram e associaram-se tão típicas, tão originais, quanto as que caracterizaram essa via anfíbia de milhares de quilômetros de imensos percursos fluviais e pequenas jornadas terrestres: a estrada das monções entre os pontos terminais de Araraitaguaba e Cuyabá, separados por três mil e quinhentos quilômetros da mais áspera navegação com a mínima solução de continuidade constituída por alguns quilômetros do varadouro de Camapuan. [...Avançava-se] em desrespeito ao ajuste interibérico de 1494 definitivamente perempto em 1750 graças ao influxo das bandeiras sobre a resistência pequena [...] castelhana [...] ao Sul e no Centro do Brasil atual e quase nula e, por assim dizer, inexistente na Amazônia.

TAUNAY, A. de E.: História Geral das Bandeiras Paulistas. Tomo undécimo e último. São Paulo: Edição do Museu Paulista, 1950. p. 11. Adaptado.


O texto acima refere-se à(ao)

  • A iniciativa paulista de avançar no território colonial luso desde a capitania de São Vicente, em direção oeste, buscando novos locais para estabelecimento de roças para o cultivo de café, culminando com a formação de pequenas vilas com vocação para rentáveis entrepostos comerciais.
  • B estabelecimento da colonização portuguesa nas costas da América do Sul, à extração de pau-brasil, à guerra contra as invasões francesas e ao estabelecimento da capital do Brasil em Salvador, na Bahia.
  • C economia agroexportadora da monocultura de cana-de-açúcar, à ocupação de grandes áreas de latifúndio ao plantio, ao estabelecimento dos engenhos de açúcar na região Nordeste do Brasil e à utilização da mão de obra negra escravizada.
  • D descoberta do ouro em Minas Gerais, ao grande afluxo migratório decorrente dessa descoberta rumo aos sertões do Brasil, estabelecendo-se em Vila Rica de Ouro Preto e Mariana, formando uma população miscigenada, liberta e assalariada.
  • E relação entre o influxo das bandeiras, à interiorização da colonização portuguesa, ao avanço luso sobre os limites espanhóis estabelecidos no Tratado de Tordesilhas de 1494 e à assinatura do tratado de Madrid, em 1750.

Em agosto de 1940, Getúlio Vargas fez um discurso:


Após a reforma de 10 de novembro de 1937, incluímos essa cruzada no programa do Estado Novo, dizendo que o verdadeiro sentido de brasilidade é o rumo ao Oeste. [...] O Brasil, politicamente, é uma unidade. Todos falam a mesma língua, todos têm a mesma tradição histórica e todos seriam capazes de se sacrificar pela defesa do seu território. [...] Mas se politicamente o Brasil é uma unidade, não o é economicamente. Sob esse aspecto, assemelha-se a um arquipélago formado por algumas ilhas, entremeadas de espaços vazios. As ilhas já atingiram um alto grau de desenvolvimento econômico e industrial e as suas fronteiras políticas coincidem com as fronteiras econômicas. Continuam, entretanto, os vastos espaços despovoados, que não atingiram o necessário clima renovador, pela falta de densidade da população e pela ausência de toda uma série de medidas elementares, cuja execução figura no programa do Governo e nos propósitos da administração [...]. Desse modo, o programa de “Rumo ao Oeste” é o reatamento da campanha dos construtores da nacionalidade, dos bandeirantes e dos sertanistas, com a integração dos modernos processos de cultura. Precisamos promover essa arrancada, sob todos os aspectos e com todos os métodos, a fim de suprimirmos os vácuos demográficos do nosso território e fazermos com que as fronteiras econômicas coincidam com as fronteiras políticas. [...] Não ambicionamos um palmo de território que não seja nosso, mas temos um expansionismo, que é o de crescermos dentro das nossas próprias fronteiras. 

Discurso Cruzada rumo ao Oeste, em Goiânia, 8 de agosto de 1940. In: A Nova Política do Brasil VIII: ferro, carvão, Petróleo 7 de agosto de 1940 a 9 de julho de 1941. Rio de Janeiro, José Olympio. vol. 8. p. 30-31. Disponível em: http://www.biblioteca. presidencia.gov.br/publicacoes-oficiais/catalogo/getulio-vargas/ vargas-a-nova-politica-do-brasil-vol-viii/view. Acesso em: 14 jan. 2024.


Segundo o texto, a Marcha para o Oeste foi um(a)

  • A programa que, durante o Estado Novo (1937-1945), uniu o discurso nacionalista ao projeto de ocupação, desenvolvimento e integração das áreas mais interiores do Brasil.
  • B política de governo que, durante o período democrático, promoveu investimentos na Bahia e em Minas Gerais, para financiamento da agricultura familiar.
  • C iniciativa de integração nacional que financiou, por exemplo, a construção da rodovia Presidente Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo.
  • D ação imperialista, que, aproveitando o contexto da Segunda Guerra Mundial, visava expandir os limites do Estado brasileiro e adentrar os territórios da Bolívia e do Paraguai.
  • E empreendimento desenvolvimentista, viabilizado na conjuntura antidemocrática, ainda que desenvolvimentista e nacionalista, da ditadura civil-militar de 1964-1988.

Em Mato Grosso, as cidades podem ser divididas em dois grupos principais: o primeiro grupo é composto pelas cidades da Depressão Cuiabana, do Pantanal, e de Vila Bela da Santíssima Trindade e da região de Diamantino, com paisagem mais heterogênea e cuja população apresenta uma cultura mais perceptivelmente regional; o segundo grupo, composto pelas cidades presentes em eixos como Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Sapezal, Campo Verde e Primavera do Leste, apresentando paisagem mais homogênea, com simetria não só no traçado e na morfologia urbana, mas também no perfil sociocultural de seus habitantes.
A diferença entre esses dois grupos é que as cidades do primeiro grupo

  • A são majoritariamente indígenas, e as do segundo são de colonização lusa.
  • B são de povoamento mais antigo, e as do segundo são de ocupação recente.
  • C são tradicionais centros industriais, e as do segundo são núcleos mineradores.
  • D estão mais próximas da fronteira boliviana, e as do segundo são mais afastadas.
  • E ocupam áreas do bioma amazônico, e as do segundo ocupam áreas do cerrado.

Mato Grosso é um dos estados com maior abundância de água doce no país. O estado carrega títulos de “berço das águas” e “caixa d’água do Brasil”, por conta dos seus inúmeros rios, aquíferos e nascentes, e por comportar, em seu território, três das doze regiões hidrográficas existentes no Brasil: Amazônica, Paraguai e Tocantins-Araguaia.

NASCIMENTO, R. L. X. [et al.]. Caderno de caracterização: estado do Mato Grosso. Brasília, DF: Codevasf, 2023. Adaptado.

A formação do relevo que constitui o divisor de águas das bacias dos rios Araguaia, Paraná e Alto Paraguai é

  • A a Depressão Cuiabana
  • B a Chapada dos Parecis
  • C a Planície do Rio Araguaia
  • D as Serras Residuais do Alto Paraguai
  • E o Planalto dos Guimarães