Questões de Imperialismo e Colonialismo do século XIX (História)

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No século XIX, ocorreu uma corrida imperialista em direção da África. Ingleses, franceses, italianos, alemães e belgas repartiram o continente entre si e assenhoraram-se de imensas riquezas.

Assinale a alternativa que identifica corretamente uma das causas desse processo.

  • A A busca de uma rota alternativa para controlar o comércio com o Oriente (comércio de especiarias).
  • B A crise populacional na Europa que, com a diminuição dos nascimentos e aumento dos óbitos, produziu uma grande falta de mão de obra barata.
  • C O declínio do capitalismo europeu e a tentativa de buscar, nos novos países do continente africano, os capitais anteriormente aplicados no tráfico de escravos.
  • D A procura de matérias primas, mercados consumidores e áreas de influência.
  • E A tentativa de submeter os países recém-independentes do continente africano, numa reação ao processo de descolonização afro-asiática.

Evocando o rio Congo (Zaire) como “uma linha de partida”, o geógrafo Gilles Sautter sublinhou notavelmente o papel do majestoso rio da África Central: “o Congo não é apenas, por seus canais e suas grandes ilhas, um mundo original justaposto às áreas [vizinhas]. Ele representa também, para essas últimas, um fator de coordenação e de integração regional. Sua influência é ao mesmo tempo direta, como fonte reguladora de água, e indireta, como grande via navegável, oferecida às iniciativas humanas.”

(Sauter, R, 2010. 1208, p.)


A atual República Democrática do Congo foi uma colônia belga entre 1885 e 1960. Nesse período:

  • A Apesar do sistema de colonização exploratório e segregacional, os congoleses eram procurados para o trabalho em toda a Europa.
  • B A população congolesa era composta por europeus que buscavam liberdade religiosa e por colonos belgas de outras partes do mundo.
  • C A metrópole sempre incentivou a imigração de belgas à colônia e a ida de congoleses à Europa, para suprir a necessidade de mão de obra.
  • D Apesar da conhecida violência presente no dia a dia do regime colonizatório belga, a região continuou como um polo atrator de emigrantes.

O discurso médico higienista, ocorrido entre o fim do Século XIX e o início do Século XX, propunha medidas para “limpar” as ruas das cidades, num projeto que visava segregar e afastar a população pobre dos grandes centros urbanos.
Entre essas medidas, estava:

  • A A noção de que era preciso mandar todos os moradores de rua para o interior dos estados ou para outros países; não existia mais na cidade espaço para “pedintes” e “esfarrapados”;
  • B Um dos principais focos de combate às epidemias eram as habitações coletivas da cidade, conhecidas como cortiços. Porém, esse combate não se restringia apenas ao viés médico, pois assumia muitas vezes um caráter social e de vigilância moral aos mais pobres;
  • C Já que havia sistema de esgoto, a preocupação dos sanitaristas estava em como ocorreria o escoamento desses esgotos, para não causar danos ambientais;
  • D Mesmo com a vigilância às habitações coletivas, a polícia agia de forma tenra e educada com os moradores, pois se preocupavam com crianças e idosos que ali residiam;
  • E O propósito de higienização era apenas manter a cidade saudável e sem epidemias, não havendo reformas urbanas nem negligências contra a população.

Eric Hobsbawm afirmou que entre fins do século XIX e inícios do século XX, “a maior parte do mundo, à exceção da Europa e das Américas, foi formalmente dividida em territórios sob governo direto ou sob dominação política indireta de um ou outro Estado de um pequeno grupo: principalmente Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, EUA e Japão”.

HOBSBAWM, Eric. A Era dos Impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014. p. 94-95.

No fragmento acima, o autor se refere ao:

  • A liberalismo e fisiocratismo
  • B mercantilismo e escravismo
  • C absolutismo e monarquismo
  • D imperialismo e neocolonialismo

Leia o texto a seguir.

Foi recomendada devassa na corte por ministro de maior graduação e que os ouvidores do Rio de Janeiro, Manoel da Costa Mimoso, de São Paulo, Francisco Galvão da Fonseca, de Paranaguá, e o nomeado para a Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá, José de Burgos Vila Lobos, procedessem às devassas nas suas comarcas e descobrissem os culpados. Mas o procurador da Fazenda do reino fez uma ressalva. Se fossem culpados alguns paulistas poderosos assistentes no governo de São Paulo, deveriam os ouvidores manter a notícia em segredo, informando unicamente o governador da dita capitania, para que ele decidisse se prenderia os delinquentes e os remeteria ao reino.

JESUS, Nauk Maria de. As versões do ouro em chumbo: a elite imperial e o descaminho de ouro na fronteira oeste da América portuguesa. (1722-1728). In: FRAGOSO, J. Gouvêa, M F. Nas tramas das redes: política e negócios no Império português, nos séculos XVI-XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010, p. 531. [Adaptado].


Por qual motivo foi solicitado o segredo mencionado no texto?

  • A Pela proteção do alto clero que residia no país.
  • B Pela proximidade dos paulistas com os portugueses.
  • C Pela manutenção de um mito de idoneidade existente no estado.
  • D Pelo monopólio do aparato burocrático que a região possuía.
  • E Pelo receio de alguma sublevação no estado de São Paulo.