Questões de Jornalismo Investigativo (Jornalismo)

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Com base na afirmação a seguir assinale a alternativa cujos itens correspondem às premissas do Jornalismo Investigativo.

Diz-se que notícia é quando o homem morde o cachorro. Jornalismo investigativo é indagar o que o cãozinho tem a dizer sobre isso”.
Rubens Valente, colunista da Agência Pública

I. Exposição de assuntos ocultos e de importância pública
II. Requer o uso de fontes e documentos secretos e abertos
III. Não deve ser confundido com o que poderia ser chamado de “jornalismo de vazamento” (furos obtidos por vazamento de informação)
IV. Parte sempre do rastreio e registro meticuloso das informações
V. Baseia-se na percepção crítica do jornalista sem precisar de dados comprobatórios

  • A Apenas II, III e V.
  • B Apenas II e IV.
  • C Apenas I, II, III e IV.
  • D Apenas I, II, III e V.
  • E Todos.

“Os sertões”, de Euclides da Cunha, “Gomorra”, de Roberto Saviano, “Todos os homens do presidente”, de Bob Woodward e Carl Bernstein e “Notícia de um sequestro”, de Gabriel García Márquez são considerados livros-reportagem.

Tais obras são caracterizadas por apresentar elementos do jornalismo

  • A cidadão, baseado na premissa de que a coleta de informações pode ser feita por cidadãos sem formação jornalística.
  • B colaborativo, em que a análise das informações é realizada por um grupo de colaboradores e assistentes do escritor.
  • C de dados, prática de aprofundar uma pesquisa a partir de números e usá-los para contar histórias.
  • D investigativo, em que as circunstâncias dos fatos são mais complexas, e a pesquisa tem maior tempo de duração.
  • E de advocacia, em que se defende um ponto de vista específico, com o objetivo de influenciar a opinião pública.

Leia o trecho abaixo do artigo de Sylvia Moretzsonh.
Eduardo Faustini, o famoso “repórter sem rosto” da TV Globo, que se notabilizou por assumir diversos personagens para realizar denúncias através de câmera oculta – e que, portanto, não “filma” apenas com o olhar –, desenvolve exatamente esse raciocínio na entrevista a Millos Kaiser (2011) para a revista Trip. Considera-se um sacerdote e diz que gosta de “jogar luz em uma zona que está escura”, mas seu propósito está longe de qualquer projeto iluminista. Pelo contrário: embora afirme admirar os profissionais que trabalham mostrando a cara e investigando documentos, ele prefere “resolver a questão numa filmagem”, porque “no dia seguinte, a casa do cara já caiu”.
É sua forma de compensar “a Justiça lenta, ineficiente” – embora ele mesmo não se considere um justiceiro. Mas, ao mesmo tempo, tampouco acha necessário subordinar-se à lei: “A relevância de um fato é sempre mais importante que a infração que estou cometendo. (…) O interesse público é o meu foco. Pra mim, ele é mais importante que qualquer lei ou regra de etiqueta”. Também considera o segredo de justiça um absurdo, porque “não protege a dona Maria ou o seu João, protege apenas o milionário corrupto.”
O “repórter inflitrado” e a câmera oculta: repensando problemas éticos e epistemológicos para a prática do jornalismo - Sylvia Debossan Moretzsohn -
Professora de Jornalismo no Departamento de Comunicação Social e no Programa de Pós-Graduação em Justiça Administrativa da UFF. Jornalista, mestre em Comunicação e doutora em Serviço Social. Pesquisadora de temas que relacionam mídia, ética, senso comum, cotidiano e rotinas de produção no jornalismo. Colaboradora do Observatório da Imprensa.
Assinale a alternativa correta com base no texto acima e em seus conhecimentos.

  • A O emprego da câmera oculta torna-se importante, afinal os fins justificam os meios.
  • B O repórter, ao decidir sozinho pela técnica da câmera oculta, para obter rapidez na denúncia da ilegalidade, está agindo no lugar da Justiça, e, em alguns casos, é essa a função do jornalista.
  • C A câmera oculta infringe à ética jornalística, porque o jornalista precisa se identificar como tal e revelar ao entrevistado que ele está participando de material jornalístico.
  • D O emprego da câmera oculta deve ser incentivado por vários motivos para além da questão ética: a lei maior do jornalista é a opinião pública.
  • E A decisão do emprego da câmera oculta pertence à exclusividade do repórter: o risco é apenas dele.

Analise as afirmativas abaixo acerca do jornalismo investigativo.
1. No Brasil, uma das ferramentas disponíveis ao jornalista investigativo é a Lei de Acesso à Informação (LAI).
2. A premissa para ser jornalismo investigativo é ter investigação e aprofundamento. Sem isso, não poderá ter esta classificação.
3. Os casos que envolvem vazamentos de documentos e registros confidenciais, mesmo que não empreguem investigação do jornalista, devem ser considerados jornalismo investigativo.
4. Produz reportagens aprofundadas relacionadas a empresas privadas ou a agentes públicos. Se diferencia do jornalismo convencional na medida que exige mais profundidade na apuração.
5. Um exemplo histórico de jornalismo investigativo é o caso Watergate, no qual dois jornalistas do Washington Post fizeram uma série de investigações a respeito das ações do presidente Nixon e de seu comitê de campanha para reeleição.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

  • A São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 5.
  • B São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 4 e 5.
  • C São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.
  • D São corretas apenas as afirmativas 2, 3, 4 e 5.
  • E São corretas as afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5.

Ao elaborar reportagens investigativas, o profissional, muitas vezes, se vê às voltas com recursos polêmicos de apuração, como informações reveladas em off pelas fontes. Isso significa que, por alguma razão, a fonte não pode ou não quer se identificar. É algo que não chega a ser raro em reportagens que se definem por, justamente, querer revelar aquilo que alguém pretende esconder, mesmo sendo de interesse público.
Considerando esse contexto e a deontologia que rege a profissão de jornalista, avalie as afirmações a seguir.
I. O jornalista, quando recebe uma informação em off, só deve publicá-la depois de verificar sua veracidade por meio de consultas a outras fontes ou documentos.
II. O que permite a publicação de informações obtidas em off em reportagens com uma única fonte é o fato de elas tratarem de denúncia grave e de incontestável interesse público.
III. A fonte de uma informação revelada em off pode ser utilizada como a única em uma reportagem, desde que o leitor fique ciente de que se trata de fonte que não quis ou não pôde identificar-se.

É correto o que se afirma em

  • A I, apenas.
  • B III, apenas.
  • C I e II, apenas.
  • D II e III, apenas.
  • E I, II e III.