Questões de Maquiavel e O Príncipe (Filosofia)

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Em sua célebre obra “O Príncipe”, Nicolau Maquiavel estuda a política na Antiguidade e revoluciona a Teoria do Estado e da Conspiração, criando as bases da Ciência Política. Nesta obra, o autor elabora uma teoria realista e sistemática que

  • A cria a base para o desenvolvimento do conceito de Ética por Platão.
  • B inspirou a elaboração e promulgação da Constituição austríaca de Weimar.
  • C separa a ética individual da ética do Estado (fundada na noção do bem comum).
  • D comprova a tese de que somente aquele que julga não saber, afirmando sua própria ignorância, é o que busca o verdadeiro conhecimento.
  • E entende essencial a integração entre a moral comum e a moral política, inexistindo distinção entre a ética almejada pelos indivíduos que compõem a sociedade e aquela esperada dos órgãos de Estado, que exercem a função pública.

[...] surge daí uma questão: é melhor ser amado que temido ou o inverso? A resposta é que seria de desejar ser ambas as coisas, mas, como é difícil combiná-las, é muito mais seguro ser temido do que amado, quando se tem de desistir de uma das duas.
(Maquiavel. O Príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 2001)
Valendo-se disso, é correto afirmar que

  • A no íntimo de cada um há uma propensão para oprimir.
  • B não é possível a alguém querer ser amado e querer ser temido.
  • C o amor deve sempre prevalecer diante de nossos maiores temores.
  • D amor e temor são considerados como dois lados da mesma moeda.
  • E alguém que é temido, nunca será alguém que é amado.
Maquiavel considera que é muito útil “poder acusar perante o povo, perante um magistrado ou mesmo perante um conselho, os cidadãos que praticarem algum ato contra o estado livre”. Pois, com isso, escreve ele, “se institui um lugar para o desafogo daqueles humores que crescem nas cidades contra qualquer cidadão. Quando estes humores não têm onde se desafogar ordinariamente, buscam modos extraordinários”.
(MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a Primeira década de Tito Livio. In: MARÇAL, J. (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 437.)
Nessa passagem, Maquiavel elogia a instituição romana da acusação pública porque ela:
  • A reconhece os direitos dos cidadãos de maneira equitativa.
  • B confere soberania ao povo, reconhecendo-o como a fonte das leis.
  • C oferece um lugar institucional para a manifestação de conflitos.
  • D garante a todos os indivíduos a plena liberdade de expressão.
  • E impõe obediência às leis.

Analise as afirmativas abaixo:
1. A filosofia moderna é marcada, de modo especial, por processos exacerbados de mensuração e experimentação em detrimento da reflexão e da abstração.
2. O debate filosófico no início da Idade Moderna é marcado pela discussão entre racionalistas, como Descartes, e empiristas, como Bacon.
3. A filosofia moderna representa um modelo de ruptura ou de uma guinada em relação aos modelos e padrões filosóficos da Idade Média.
4. Entre os representantes da filosofia moderna destacaram-se pensadores como Spinoza, Leibniz, Hobbs, Locke, Newton e Hume.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

  • A São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
  • B São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
  • C São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4
  • D São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
  • E São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.
Há em toda república dois humores diversos, quais sejam, aquele do povo e aquele dos grandes, (…) todas as leis que são feitas em favor da liberdade nascem desta desunião.

(MAQUIAVEL. Discursos sobre a Primeira década de Tito Livio. Seleção de textos, tradução e notas Carlo Gabriel Kzsam Pancera. In: MARÇAL, J. (org.) Antologia de textos filosóficos, SEED, 2009, p. 432.)

De acordo com a passagem acima e com a obra de que foi extraída, é correto afirmar que, segundo Maquiavel: 
  • A as leis nascem do conflito e levam à sua superação, produzindo harmonia social.
  • B as leis não passam de um instrumento de dominação do povo pelos grandes.
  • C para que haja liberdade, as leis devem ser feitas pelo povo, que é soberano.
  • D o conflito entre os grandes e o povo é o motor da vida política, o que produz e aperfeiçoa as leis.
  • E cabe aos grandes fazer as leis, mas sem retirar a liberdade do povo.