Caso clínico: Um médico está de plantão na UTI e acaba de ser admitido o seguinte paciente no BOX 2 proveniente do pronto-socorro: homem de 67 anos, 65kg (peso real), hipertenso, diabético, cirrótico de etiologia etanólica, internado com quadro de sepse de foco abdominal devido à peritonite bacteriana espontânea, sendo prescrito ceftriaxone IV. O quadro evoluiu nas últimas horas para choque circulatório com necessidade de noradrenalina para estabilização hemodinâmica, além de insuficiência respiratória aguda. O paciente foi intubado ainda na sala de emergência e solicitada a sua transferência à UTI para suporte intensivo. Ele é admitido em estado grave, sedado com propofol e fentanil na bomba de infusão contínua, em RASS -4, pupilas isocóricas e fotorreagentes, PA 70/40 mmHg (PAM 50mmHg), FC 126 bpm, em uso de noradrenalina a 0,4 mcg/kg/min (já em acesso venoso central em veia subclávia direita), intubado na ventilação mecânica em modo VCV com Vt 450ml, FiO2 0,80, PEEP 5, SatO2 92%, diurese em sonda vesical de demora oligúrico (50ml/6h), afebril. Exames apresentam leucocitose com desvio à esquerda, PCR elevado e aumento de escórias renais, hiponatremia moderada, K sérico normal, lactato aumentado. Do ponto de vista hemodinâmico, a próxima conduta recomendada, baseado nas diretrizes mais atuais do Surviving Sepsis Campaign (2021), seria
- A associar adrenalina (epinefrina) na dose de 2 a 10 mcg/kg/min.
- B associar vasopressina (titular a dose entre 0,01 e 0,04 UI/min) e hidrocortisona 50 mg IV 6/6h.
- C associar dobutamina e manter a dose da noradrenalina em curso.
- D manter a dose da noradrenalina em curso e associar hidrocortisona 50mg IV 6/6h.
- E aumentar a dose da noradrenalina para 0,80 mcg/kg/min e associar vasopressina 0,01 a 0,06 UI/min.