Questões de Modernismo: Tendências contemporâneas (Literatura)

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Quem é o indígena que se tornou membro da Academia Brasileira de Letras (ABL)?

  • A Davi Kopenawa
  • B Ailton Krenak
  • C Daniel Munduruku
  • D Kaká Werá
  • E Márcia Wayna Kambeba
“Vou-me Embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei...”

Este é um poema de:
  • A Manuel Bandeira
  • B Alberto da Cunha Melo
  • C João Cabral de Melo Neto
  • D Carlos Pena Filho
  • E Ariano Suassuna
Leia o seguinte trecho, do romance de Bernardo Carvalho:
Leusipo perguntou o que eu tinha ido fazer na aldeia. Preferi achar que o tom era amistoso e, no meu paternalismo ingênuo, comecei a lhe explicar o que era um romance. Ele não estava interessado. Queria saber o que eu tinha ido fazer na aldeia. Os velhos estavam preocupados, queriam saber por que eu vinha remexer no passado, e ele não gostava quando os velhos ficavam preocupados. Eu tentava convencê-lo de que não havia motivo para preocupação. Tudo o que eu queria saber já era conhecido. E ele me perguntava: “Então, por que você quer saber, se já sabe?”. Tentei lhe explicar que pretendia escrever um livro e mais uma vez o que era um romance, o que era um livro de ficção (e mostrava o que tinha nas mãos), que seria tudo historinha, sem nenhuma consequência na realidade. Ele seguia incrédulo. Fazia-se desentendido, mas na verdade só queria me intimidar. Eu estava entre irritado e amedrontado. Tinha vontade de mandar o índio à puta que o pariu, mas não podia me indispor com a aldeia. Se é que havia alguma coisa a descobrir (e Leusipo a me intimidar punha ainda mais lenha nessa minha fantasia), era preciso ser diplomático.
CARVALHO, Bernardo. Nove noites. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 85.
Com base no fragmento acima transcrito e na leitura integral de Nove noites, assinale a alternativa correta. 
  • A O fragmento é parte da narração do jornalista que, obcecado em buscar a verdade sobre a morte de Buell Quain, acaba incursionando sobre o próprio passado, defrontando-se com sua relação com o próprio pai.
  • B O fragmento é parte da narração do antropólogo Buell Quain, personagem real que, em 1939, foi assassinado em condições misteriosas, quando fazia pesquisa de campo junto aos índios krahô, no Tocantins.
  • C O romance se constrói em torno da investigação, conduzida pela antropóloga Ruth Benedict, acerca da morte do norte-americano Buell Quain, revelando fatos e informações até então desconhecidos e desvendando enfim as causas do seu falecimento.
  • D O fragmento é parte de uma das cartas do engenheiro Manoel Perna, que participa ativamente na investigação acerca dos últimos momentos que antecederam a morte do seu amigo Buell Quain.
  • E Apesar do conflito narrado no fragmento, a convivência entre índios e brancos é apresentada no romance de modo predominantemente positivo, enfatizando a riqueza das trocas entre diferentes culturas.
A respeito de O livro das semelhanças, de Ana Martins Marques, considere as seguintes afirmativas:
1. A obra possui caráter explicitamente confessional, o que se materializa na forma dos poemas, que simulam registros de um diário pessoal.
2. O livro está dividido em quatro partes, “Livro”, “Cartografias”, “Visitas ao lugar-comum” e “O livro das semelhanças”, sendo a última a mais longa delas.
3. A seção intitulada “Livro” possui um aspecto metaliterário, organizando-se conforme a estrutura de um livro de poemas.
4. Os poemas desta obra se caracterizam pelo emprego de métrica e de esquemas de rimas regulares.
Assinale a alternativa correta.
  • A Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
  • B Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
  • C Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
  • D Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
  • E As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

No conto “Dina”, de Luís Bernardo Honwana, o capataz, ao descobrir que Maria é filha de Madala, desespera-se e oferece ao ancião a tarde de folga para que ele possa conversar com a moça. Tal passagem sugere que:

  • A o capataz se arrependeu de ter violentado Maria, pois nutria por Madala grande estima e consideração.
  • B apesar de todas as violências cometidas pelo capataz contra os negros, estuprar uma mulher na presença do pai dela extrapola toda e qualquer ética possível entre homens.
  • C Madala recebia do capataz um tratamento privilegiado, principalmente em relação ao tempo de descanso, e, por isso, era menosprezado por seus iguais.
  • D o capataz teve receio de alguma tentativa de retaliação por parte de Madala e seus companheiros, o que o fez reavaliar as suas atitudes violentas.
  • E por ter se apaixonado pela moça, o capataz quis agradar ao seu velho pai, por quem nutria grande afeto, respeito e consideração.