Leia os discursos a seguir.
Discurso I
Colocastes a Espanha em minhas mãos. Minha mão será firme, meu pulso não vacilará e eu procurarei alçar a Espanha ao posto que lhe corresponde conforme sua História e que ocupou em épocas passadas. Se invocamos as grandezas da Espanha imperial é porque elas nos movem com seus ideais, seus empenhos de salvação e fundação. Não queremos uma Espanha velha e difamada. Queremos um Estado onde a pura tradição e substância daquele passado espanhol ideal se enquadre nas formas novas, vigorosas e heroicas que os jovens de hoje e de amanhã trazem nesta alvorada imperial do nosso povo. A Espanha se organiza dentro de um amplo conceito totalitário, mediante àquelas instituições nacionais que asseguram sua totalidade, sua unidade e sua continuidade. A implantação dos princípios mais severos de autoridade que este Movimento implica não possui justificativa de caráter militar, mas na necessidade de um funcionamento regular das energias complexas da Pátria. Eu quero que minha política tenha o profundo caráter popular que sempre teve o profundo caráter popular que sempre teve na História da política da Grande Espanha. Nossa obra – minha e do meu governo – estará orientada com uma grande preocupação pelas classes populares, bem como pela tristeza da classe média.
Discurso proferido por Francisco Franco. Amanhece na Espanha. 1936.
Discurso II
As fundas pegadas e traços que ficaram de nós na terra e nas almas, por muita parte onde não é hoje nosso o domínio político, e tem maravilhado os observadores desde as costas de Marrocos à Etiópia e do mar Vermelho aos estreitos e ao mar da China, vêm exatamente de que a nossa obra não é a do caminheiro que olha e passa, do explorador que busca à pressa as riquezas fáceis e levantou a tenda e seguiu, mas a do que, levando em seu coração a imagem da Pátria, se ocupa amorosamente em gravá-la fundo onde adrega de levar a vida, ao mesmo tempo que lhe desabrocha espontâneo da alma o sentido da missão civilizadora. Não é a terra que se explora: é Portugal que revive.
SALAZAR, António de O. Discursos. Coimbra Ed, vol. III, p. 153. 1959.
A respeito dos discursos reproduzidos, assinale a afirmativa correta.
- A Os dois discursos rompem com a história colonial da época moderna, direcionando os argumentos para projeções futuras que visam posicionar as nações como potencias econômicas em escala global.
- B Os dois discursos enaltecem os passados coloniais, tratando-os como signos de prestígio e como um modelo para orientar as políticas dos governos vigentes.
- C Os dois discursos remetem à exploração mercantilista, própria do passado de seus países, para reafirmar suas histórias de glória.
- D Os dois discursos criticam os vínculos coloniais, empregando argumentos que inferiorizam outras regiões do globo como periferias coloniais em relação às metrópoles europeias peninsulares.
- E Os dois discursos usam elementos da história nacional para destacar um passado em comum que, ao longo dos séculos, permanece inalterado e estático, sem sofrer modificações significativas.