Questões de Pensamentos políticos: Liberalismo (Filosofia)

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Durante uma aula sobre teorias filosóficas, o professor apresenta a seguinte situação para discussão: em uma sociedade fictícia, as classes trabalhadoras lutam contra as elites dominantes para conquistar melhores condições de vida. No entanto, essa luta não é apenas econômica, mas também envolve questões culturais, sociais e políticas, que são influenciadas pelos modos de produção dessa sociedade. Em outro momento da discussão, o professor propõe uma reflexão sobre a experiência subjetiva dos indivíduos e como o mundo se apresenta a eles, sugerindo que a consciência do ser humano é formada a partir da sua relação direta com o mundo, sem mediações externas. Com base na situação apresentada, qual das afirmativas a seguir associa corretamente as correntes filosóficas com os exemplos fornecidos pelo professor?

  • A A primeira parte da discussão reflete o materialismo histórico e dialético de Karl Marx, enquanto a segunda parte está alinhada ao existencialismo de Jean-Paul Sartre, que valoriza a liberdade individual acima de todas as determinações históricas.
  • B A primeira parte da discussão se relaciona à fenomenologia de Heidegger, que explora a existência e a angústia humana, enquanto a segunda parte reflete o materialismo dialético de Engels, que defende a interpretação econômica da história.
  • C A primeira parte da discussão está relacionada à fenomenologia de Edmund Husserl, que foca na experiência direta do sujeito, enquanto a segunda parte reflete o materialismo histórico de Karl Marx, com ênfase nas transformações sociais e econômicas.
  • D A primeira parte da discussão está de acordo com o materialismo histórico e dialético de Karl Marx, que enfatiza a luta de classes e as condições materiais da produção, enquanto a segunda parte está alinhada à fenomenologia de Edmund Husserl, que valoriza a experiência subjetiva do ser.

O utilitarismo é uma corrente filosófica que se desenvolve na Europa entre pensadores de corte liberal e cujos principais expoentes são:

  • A Jeremy Bentham e David Ricardo.
  • B Adam Smith e David Hume.
  • C John Locke e John Stuart Mill.
  • D David Hume e David Ricardo.
  • E Jeremy Bentham e John Stuart Mill. 

Na obra “Necropolítica”, após examinar o funcionamento do necropoder no contexto da ocupação colonial contemporânea, o pensador Achille Mbembe discorre sobre as características das guerras da época da globalização. Considerando essas características, segundo o autor, tais guerras visam forçar

  • A os aliados à adesão, independentemente de acordos anteriores, efeitos primários e “danos colaterais” das ações militares.
  • B o inimigo à submissão, dependendo de consequências imediatas, efeitos primários e “danos colaterais” das flutuações do mercado.
  • C o inimigo à submissão, independentemente de consequências imediatas, efeitos secundários e “danos colaterais” das ações militares.
  • D o inimigo à adesão, dependendo de consequências imediatas, efeitos secundários e “danos materiais” das flutuações do mercado.
  • E os aliados à submissão, independentemente de acordos anteriores, efeitos imediatos e “danos materiais” das flutuações do mercado.

Leia atentamente o seguinte trecho da obra de Maquiavel (1469-1527) acerca da liberdade republicana.
“Direi que quem condena os conflitos entre os nobres e a plebe [povo] parece criticar as coisas que foram a primeira causa da liberdade de Roma e leva mais em consideração as confusões entre as pessoas e o falatório sobre tais conflitos do que os bons efeitos que eles geravam; e não consideram que em toda república há dois humores (estados de espírito, temperamentos) diferentes, o do povo, e o dos grandes, dos nobres, e que todas as leis que se fazem em favor da liberdade nascem do conflito deles, como facilmente se pode ver que ocorreu em Roma.” 
MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio. São Paulo: Martins Fontes, 2007. (Texto adaptado).
Com base no trecho anterior, é correto afirmar que, para Maquiavel, 

  • A os conflitos entre os nobres e o povo são prejudiciais à liberdade da República Romana.
  • B os conflitos sociais entre o povo e os nobres são a causa da liberdade republicana.
  • C a liberdade é fruto de uma concessão feita pelo príncipe tirano ao povo e aos nobres.
  • D a questão da liberdade é fruto de uma dinâmica harmoniosa entre os nobres e o povo.

A fusão das telecomunicações, da informática, da imprensa, da edição, da televisão, do cinema e dos jogos eletrônicos em uma indústria unificada da multimídia é o aspecto da revolução digital que os jornalistas mais enfatizam. Mas não é o único, nem talvez o mais importante. Escolhas políticas e culturais fundamentais abrem-se diante dos governos, dos grandes atores econômicos, dos cidadãos. Não se trata apenas de raciocinar em termos de impacto (qual o impacto das “infovias” na vida política, econômica ou cultural?), mas também em termos de projeto (com que objetivo queremos desenvolver as redes digitais de comunicação interativa?). (LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva. Por uma antropologia do ciberespaço. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2003. p. 13. Adaptado.)
As preocupações sociológicas e filosóficas com as questões relacionadas à expansão e dominação que as mídias impunham, já era uma das pautas dos filósofos da Escola de Frankfurt, cujas reflexões ainda orientam estudos até hoje. Foi nessa escola filosófica que surgiu o termo “indústria cultural”, dentre outros. São ideias de seus representantes:

  • A Jürgen Habermas faz parte da segunda geração da Escola de Frankfurt e seus trabalhos analisam as relações entre política, comunicação, linguagem e discursos.
  • B Max Horkheimer é o mais famoso deles; seus estudos se dedicam a apontar as relações entre capitalismo e sexualidade, bem como as questões envolvendo pureza racial e exclusão social.
  • C Herbert Marcuse foi defensor da educação como forma de emancipação do sujeito, que, para ele, deve se isolar totalmente dos meios de comunicação de massa para ir em busca de si mesmo.
  • D Theodor W. Adorno, com suas reflexões que utilizam bases do pensamento marxista aliadas a elementos da psicanálise, analisa as relações sociais e a família como elementos que impedem a formação da pessoa.