Em 1831, foi aprovada uma medida para validar um tratado entre Brasil e Inglaterra pelo fim do tráfico negreiro. Contudo, traficantes e proprietários ignoraram a lei. Os ingleses ignoraram as reações brasileiras e reforçaram a fiscalização. A tabela a seguir mostra o número de escravos que viveram ao Brasil no período.
Fonte: Banco de dados do Tráfico Transatlântico de Escravos. Disponível em: https://app.estuda.com/questoes/?id=243414. Acesso em: 10 out. 2024.
Analisando o texto e os dados quantitativos apresentados, a extrapolação possível de se realizar é:
- A A abolição provocou o colapso da produção agrícola, como temia muitos fazendeiros. Os ex-escravos receberam um tipo de indenização ou auxílio para recomeçar. Assim, muitos foram trabalhar nas periferias das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
- B A campanha abolicionista tornou-se mais intensa entre os fazendeiros e comerciantes de escravos e clubes, que se voltaram contra a escravidão, fazendo propaganda e levando fundos para a compra de cartas de alforria. Todavia, intelectuais e jornalistas desaprovam.
- C A grande influência dos fazendeiros na Câmara, no Senado e nos governos decidiu os rumos da abolição. Ela seria lenta e gradual e sem riscos para os privilégios dos grupos dominantes, como a lei dos Sexagenários, que libertava os escravos com mais de sessenta anos.
- D Os cafeicultores e outros fazendeiros tiveram que recorrer ao tráfico intercontinental ou interprovincial, com a proibição do tráfico internacional. As lavouras empobrecidas do Paraguai e do Nordeste do país ampliaram a venda de escravos para as lavouras do centro-sul.
- E O tráfico tendo sido proibido, os capitais, antes aplicados na compra de escravos, foram deslocados para outras atividades. Ocorreu, assim, um incremento da mineração, do comércio e da navegação. Com isso, o movimento de abolição perdeu força no contexto internacional.