A Primeira Grande Guerra deu início à “era da catástrofe”, e a ela se segue um tipo de colapso verdadeiramente mundial, sentido em todos os lugares em que homens e mulheres se envolviam ou faziam uso de transações impessoais de mercado. Na verdade, mesmo os orgulhosos EUA, longe de um porto seguro das convulsões de continentes menos afortunados, se tornaram o epicentro deste que foi o maior terremoto global medido pela escala Richter dos historiadores econômicos – a Grande Depressão do entre guerras. Em suma: entre elas, a economia mundial capitalista pareceu desmoronar. Ninguém sabia exatamente como se poderia recuperá-la.
(Hobsbawm, 1995, 91.)
No processo de tentativa emergencial de recuperação da economia norte-americana, uma grande contradição emerge e se solidifica com a operacionalização do New Deal. Trata-se de:
- A Repatriação do capital, usualmente baseada nas transações externas que, a partir de então, passam a ser gestadas apenas no próprio país.
- B Princípio de isonomia salarial entre brancos e negros, em uma época em que o preconceito étnico ainda ditava as normas sociais dos EUA.
- C Intervenção do Estado na economia, considerada uma grande ruptura no país que, desde seus primórdios, preconizava o liberalismo econômico.
- D Abertura cada vez maior do mercado interno estadunidense para a mão de obra feminina, contrariando as premissas impostas pela sociedade da época.