Questões de Pneumologia (Medicina)

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A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição respiratória crônica e progressiva, muito comum, que afeta cerca de 10% da população mundial. É definida pela limitação persistente do fluxo de ar associado a alterações das vias aéreas. Tem como principal fator de risco o tabagismo, embora poluentes também possam ser relevantes em casos de exposição frequente. Além disso, fatores genéticos estão relacionados e diretamente ligados à forma de apresentação clínica. Sobre a doença em questão, marque a alternativa correta:

  • A A DPOC deve ser tratada com broncodilatadores e corticoides sistêmicos, desde o diagnóstico, a fim de evitar a evolução do quadro. Além disso, ressalta-se que a mudança dos hábitos de vida como cessação do tabagismo, atividade física e imunizações são parte importante do tratamento.
  • B A exacerbação da DPOC é definida como a piora do quadro de dispneia e/ou tosse secretiva em menos de 14 dias. Pode ser de causa infecciosa ou não, sendo os vírus respiratórios a principal causa de infecção. Se bacteriana, os principais agentes são Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e Moraxella Catarrhalis.
  • C Classicamente, o paciente DPOC exacerbado evolui com choque séptico e necessidade de ventilação mecânica. Por isso, deve-se iniciar antibioticoterapia empírica imediata, visto que o risco de deterioração do quadro do paciente é grande e a mortalidade é alta.
  • D Na atualização de 2024 do GOLD, fora recomendada realização de espirometria anual em pacientes portadores de DPOC, para o reestadiamento contínuo e manejo adequado do paciente, a fim de evitar uso indiscriminado de corticoides e broncodilatadores.

A tosse é um dos principais sintomas do paciente com tuberculose pulmonar, devendo o tempo do sintoma ser considerado a depender da população.De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, deve-se investigar tuberculose, EXCETO:

  • A Indígenas com qualquer tempo de tosse.
  • B Paciente portador de diabetes mellitus com duas semanas ou mais de tosse.
  • C Indivíduos que vivem em instituição de longa permanência, ainda que assintomáticos.
  • D População geral que procura atendimento em serviço de saúde com duas semanas ou mais de tosse.

Quais critérios são usados para classificar o controle da asma de um paciente em acompanhamento ambulatorial, segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma?

  • A O pico de fluxo expiratório maior que 70% e a presença de sintomas durante as atividades físicas.
  • B O número de sintomas mensais e a frequência do uso de corticosteroide sistêmico.
  • C O número de sintomas semanais e a frequência do uso de broncodilatador de resgate semanal.
  • D A frequência de procura a serviço de pronto atendimento e a quantidade de corticosteroide inalatório usado.
  • E A quantidade de faltas escolares e a necessidade de corticosteroides inalatórios associado a broncodilatador.
Caso clínico: Paciente Joana, 48 anos de idade, tabagista, etilista, em tratamento de câncer de pulmão metastático, evoluiu nos últimos dias com quadro sugestivo de pneumonia bacteriana, sendo tentado tratamento antibiótico oral pela equipe de oncologia em nível ambulatorial. Porém, paciente não obteve resposta clínica desejada, evoluindo com piora dos sintomas respiratórios, sonolência, oligúria e febre persistente nas últimas 12 horas, sendo então levada ao prontosocorro pela equipe do SAMU. Na admissão na sala vermelha, paciente apresentava-se sonolenta, mas responsiva e orientada, glasgow 14 perdendo ponto apenas na abertura ocular, pupilas isofotorreativas, estável hemodinamicamente com pressão arterial de 130/80 mmHg, taquicardia regular (FC 125 bpm), taquidispneica (FR 36 irpm) e com esforço respiratório importante, saturando 82% em ar ambiente, febril (temperatura axilar de 38,5 graus Celsius). Foi prontamente monitorizada, iniciada oxigenoterapia por máscara de alto fluxo não reinalante a 10 l/min com melhora da saturação periférica de oxigênio para 99%, mas mantendo esforço respiratório, realizada reposição volêmica, aberto pacote de sepse, coletadas culturas gerais e iniciada antibioticoterapia venosa de amplo espectro de forma precoce. Os exames evidenciaram leucocitose com desvio à esquerda, PCR elevado, aumento de escórias renais (ureia: 128 e creatinina: 3,2 mg/dL), potássio sérico: 5,2 mEq/dL, sódio: 144 mEq/dL, lactato: 4 mmOl/L e gasometria arterial com pH 7,13 pCO2 45 pO2 143 HCO3 16 BE -14,2. Diante do quadro clínico descrito, assinale a alternativa CORRETA com relação ao manejo respiratório dessa paciente.
  • A A paciente apresenta disfunção renal e consequente acidose metabólica compensada, já que o PCO2 esperado é 42, o qual, associado ao quadro clínico descrito, sugere fadiga respiratória, sendo indicada a realização de ventilação não invasiva.
  • B A paciente apresenta disfunção renal e consequente acidose respiratória compensada, já que o HCO3 esperado é 13, o qual, associado ao quadro descrito, sugere fadiga respiratória, sendo iniciadas a intubação orotraqueal e a ventilação invasiva.
  • C A paciente apresenta disfunção renal e consequente acidose metabólica não compensada, já que o PCO2 esperado é 22, configurando um distúrbio misto que sugere fadiga respiratória, sendo indicada a realização de ventilação não invasiva.
  • D A paciente apresenta disfunção renal e consequente acidose metabólica não compensada, já que o PCO2 esperado é 32, configurando um distúrbio misto que sugere fadiga respiratória, sendo indicadas a realização de intubação orotraqueal e a ventilação invasiva.
  • E A paciente apresenta disfunção renal e consequente acidose respiratória compensada, já que o HCO3 esperado é 30, o qual, associado ao quadro descrito, sugere fadiga respiratória, sendo iniciada a intubação orotraqueal e a ventilação invasiva.

Quais critérios são usados para classificar o controle da asma de um paciente em acompanhamento ambulatorial, segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma?

  • A O pico de fluxo expiratório maior que 70% e a presença de sintomas durante as atividades físicas.
  • B O número de sintomas mensais e a frequência do uso de corticosteroide sistêmico.
  • C O número de sintomas semanais e a frequência do uso de broncodilatador de resgate semanal.
  • D A frequência de procura a serviço de pronto atendimento e a quantidade de corticosteroide inalatório usado.
  • E A quantidade de faltas escolares e a necessidade de corticosteroides inalatórios associado a broncodilatador.