Questões de Processos de Produção, Circulação e Acumulação da Arte (Museologia)

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A musealização, enquanto processo de atribuição de valor e significado a objetos e práticas culturais, envolve uma série de etapas e procedimentos que:

  • A Priorizam a conservação e restauração de objetos, visando a sua preservação física e a manutenção da sua integridade material.
  • B Enfatizam a pesquisa e a documentação do acervo, buscando contextualizar os objetos e as práticas culturais em seus contextos históricos e sociais.
  • C Privilegiam a comunicação e a educação, visando a difusão do conhecimento sobre o acervo e a promoção da participação do público.
  • D Integram diferentes áreas do conhecimento, como história, antropologia, sociologia e arte, para uma compreensão mais ampla e complexa do patrimônio cultural.

O relatório representa um desafio para as capitais europeias com um volume de obras das antigas colônias semelhante ao da França, onde haveria pelo menos 90000 objetos procedentes da África subsaariana; 70000 deles são mantidos no Museu do Quai Branly, em Paris. Londres, Berlim, Bruxelas e Viena deram, nos últimos anos, sinais de abertura. Por exemplo, o Museu Britânico lidera o grupo de diálogo da cidade de Benin, que encabeça a criação de um centro etnográfico na antiga Edo, situada ao sul da atual Nigéria, com empréstimos que cederia ao grande museu londrino. Na Alemanha, o Ministério da Cultura anunciou há alguns meses novas subvenções para pesquisar a origem das obras que serão expostas no novo Humboldt Forum, em pleno debate público sobre a questão. Na Bélgica, o antigo Museu Real da África Central, que possui 180.000 objetos originários do continente, reabriu no início do mês rebatizado como Museu África e com um percurso repensado, que pretende refletir uma simetria entre europeus e africanos, segundo seus responsáveis.
O debate apontado pelo Relatório Sarr-Savoy (2018), a partir do levantamento de peças não ocidentais nos museus europeus e suas condições de aquisição, colocou na pauta

  • A a possibilidade de restituição de peças de continentes colonizados que foram roubadas ou espoliadas pelas metrópoles.
  • B os estudos voltados para a preservação desses objetos de outras culturas, com materialidades específicas.
  • C o cuidado no fornecimento de informação para os visitantes desses museus, que necessitam precisão nos dados apresentados sobre a procedência dos objetos.
  • D a importância de, nas curadorias, mediações educacionais e conteúdos publicados, informar as origens territoriais de cada objeto de outro continente que não o europeu.
  • E a necessidade de desenvolver sistemas de categorização mais eficientes e detalhados a partir de uma coleção que não se alinha à história ocidental.