Questões de Psiquiatria Clínica (Psiquiatria)

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Com relação ao diagnóstico em psiquiatria, pode-se afirmar:

  • A A propedêutica armada (exames complementares, principalmente tomografia) é fundamental para a realização de diagnóstico em psiquiatria.
  • B A psiquiatria é uma área de conhecimento médico, e o diagnóstico psiquiátrico fica restrito a seu campo de ação.
  • C O exame psicopatológico e a anamnese são as armas terapêuticas mais importantes para a sua formulação.
  • D O agrupamento nosológico das doenças pelo DSM-5 é muito preciso e, portanto, pode-se prescindir da psicopatologia para a realização do diagnóstico.
  • E O diagnóstico psiquiátrico deve ser tratado por um psiquiatra, devendo o médico sempre encaminhar o paciente para tratamento por esse especialista.

EAJ, sexo masculino, 54 anos procura o serviço médico com a seguinte queixa: zumbido e insônia há 6 anos, acha que pode estar relacionado a sua função de motorista de caminhão, exercida há 15 anos. Relata piora dos sintomas após ter sido vítima de assalto à mão armada há 1 ano. Desde então não consegue trabalhar e apresenta lembranças intrusivas do episódio, prejudicando seu dia a dia e causando insônia. Audiometria: Perda auditiva condutiva bilateral de grau leve. A hipótese diagnóstica relacionada é:

  • A Persa auditiva induzida pelo ruído.
  • B Síndrome depressiva.
  • C Transtorno do pânico.
  • D Transtorno de estresse pós-traumático.
  • E Transtorno esquizoide de personalidade.

Paciente de 18 anos, sexo masculino, veio para consulta médica afirmando “[...] sou o representante de Deus na Terra e minha missão é salvar a humanidade [...]”. Relata ter a capacidade de ouvir o pensamento das outras pessoas e consegue fazer milagres, como fazer um cego enxergar ou fazer um aleijado voltar a andar. Tem certeza de que sua missão está sendo atrapalhada por outros que desejam que o mundo acabe. Ao exame, encontra-se vigil, orientado auto e alopsiquicamente, com humor ansioso e memória preservada. Nega humor deprimido ou exaltado. A mãe, que o acompanha, relata que ele começou a apresentar o quadro atual gradativamente há 7 meses e acabou largando o emprego e a faculdade nesse tempo. Relata que seu filho não usa drogas ilícitas. O paciente, em nenhum momento, admite a possibilidade de estar enganado sobre suas ideias.
Sobre esse caso, assinale a alternativa CORRETA quanto ao diagnóstico mais provável e a melhor conduta terapêutica.

  • A Esquizofrenia hebefrênica ou desorganizada; medicação tranquilizante, como diazepam e musicoterapia.
  • B Esquizofrenia paranoide; medicamento com antipsicótico como haloperidol.
  • C Estado confusional agudo; medicação inicialmente com um tranquilizante, como o diazepam, e realização de nova anamnese.
  • D Quadro demencial com sintomas psicóticos secundários, medicação com um agente anticolinesterásico, como rivastigmina.
  • E Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco com sintomas psicóticos; medicação com um estabilizador de humor, como o carbonato de lítio.

A síndrome de Ekbom, cunhada em homenagem ao neurologista sueco Karl-Axel Ekbom (1907-1977), diz respeito a uma alteração psicopatológica do pensamento, descrita como um:

  • A Delírio de infestação, em que o paciente acredita que seu corpo está infestado por pequenos organismos, podendo ocorrer alucinações táteis nesse contexto.
  • B Delírio de reforma ou salvacionista, em que o indivíduo se sente destinado a salvar, revolucionar ou redimir o mundo/sociedade, sendo, às vezes, é difícil diferenciar o delírio de crenças religiosas existentes.
  • C Delírio de negação de órgãos, em que o indivíduo experimenta alterações corporais, descrevendo que seus órgãos estão destruídos/pararam de funcionar, sem função vital.
  • D Delírio cenestopático, com sensação difusa que seu corpo, sobretudo seus órgãos internos, não estão bem, sensações estas mais penosas que dolorosas e que não estão ligadas a temática de nenhuma doença específica.
  • E Delírio de invenção, em que o indivíduo, mesmo completamente leigo em ciência ou na área em questão, revela, por exemplo, ter descoberto a cura de uma doença grave (Ex: AIDS).

Você está atendendo no CAPS quando escuta do lado de fora um princípio de confusão, para logo depois a enfermeira da unidade entrar correndo, com o seguinte relato:
“Dr, chegou uma paciente de 18 anos, com sua genitora, dizendo que está sem ar, tonta, se tremendo toda, repetindo que está morrendo e a gente mediu a frequência cardíaca dela e está em 130bpm”
Em contato com a genitora da paciente, você fica sabendo que os sintomas se iniciaram há pouco tempo (menos de 15 minutos) logo após a paciente ter ficado sabendo que seu namorado havia sofrido um acidente de moto. A paciente nunca tinha sentido nada parecido, não tinha histórico de problemas cardíacos e, após monitorização cardíaca com auxílio de material da UBSF lotada ao lado do CAPS, você percebe que não há sinais de infarto/risco cardiovascular a não ser uma taquicardia sinusal. O diagnóstico CORRETO e o manejo do quadro naquele momento é:

  • A Ataque de pânico, Haldol 5mg + Fenergam 25mg via oral.
  • B Ataque de pânico, Fuoxetina 20mg em dose única.
  • C Ataque de pânico, Clonazepam 0,25mg , repetindo dosagem se necessário, além de monitorar sinais vitais.
  • D Síndrome do pânico, Clonazepam 0,25mg Sublingual, repetindo se necessário.
  • E Síndrome do pânico, apenas respiração abdominal e acolhimento da paciente.