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O advento do capitalismo transformou significativamente a sociedade, muitas vezes reduzindo atividades vitais a meros meios de subsistência e alterando a abordagem à saúde e ao bem-estar, exemplificado pelo aumento de casos de burnout relacionados ao trabalho, que os psicólogos devem tratar considerando tanto os sintomas individuais quanto os fatores socioeconômicos subjacentes.
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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS 2001), 450 milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais. Ainda nesse contexto, o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) afeta cerca de 1,6% da população. Podemos afirmar que o TAB é um transtorno do humor de longa duração, episódico, potencialmente grave e que, algumas vezes, pode cursar com sintomas psicóticos. A especificidade da doença está associada com elevada morbidade em termos de curso, prejuízo funcional e custo. É uma condição médica contínua, com episódios recorrentes que trazem grande impacto na vida do paciente, reduzindo seu funcionamento e sua qualidade de vida.
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A saúde do Trabalhador é definida como um conjunto abrangente de atividades direcionadas à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores. Essas atividades são implementadas por meio de vigilância epidemiológica, que envolve o monitoramento contínuo e a análise de dados sobre a saúde dos trabalhadores para identificar, prevenir e controlar doenças e condições relacionadas ao trabalho. Além disso, inclui a vigilância sanitária, que se refere à inspeção e regulamentação das condições de trabalho para assegurar que os ambientes sejam seguros e saudáveis. Essa abordagem integrada visa a prevenir acidentes, doenças ocupacionais e promover um ambiente de trabalho que favoreça o bem-estar e a saúde dos trabalhadores.
Sobre trabalho, bem-estar e burnout, segundo Vasquez e Hutz (2023), as estratégias que englobam os comportamentos dos profissionais realizados para modificar as características e o ambiente social do seu trabalho são chamadas de:
Leia o texto a seguir.
“O trabalho é aquilo que implica, do ponto de vista humano, o fato de trabalhar: gestos, saber-fazer, um engajamento do corpo, a mobilização da inteligência, a capacidade de refletir, de interpretar e de reagir às situações; é o poder de sentir, de pensar e de inventar, etc. Em outros termos, para o clínico, o trabalho não é em primeira instância a relação salarial ou o emprego; é o «trabalhar», isto é, um certo modo de engajamento da personalidade para responder a uma tarefa delimitada por pressões (materiais e sociais)”.
Dejours (2004)