Questões de Semiologia Psiquiátrica e Critérios de Normalidade (Psicologia)

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Há vários critérios de normalidade e anormalidade em psicopatologia e a adoção de um ou outro depende, entre outras coisas, de opções filosóficas, ideológicas e pragmáticas do profissional. Analise os itens a seguir em relação a alguns critérios de normalidade.
Fonte: DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
I- Normalidade como bem-estar. II- Normalidade estatística. III- Normalidade psiquiátrica. IV- Normalidade querelante. V- Normalidade como liberdade. VI- Normalidade como processo.

Estão CORRETOS os itens

  • A I, II, apenas.
  • B I, II, V, VI, apenas.
  • C II, IV, V e VI, apenas.
  • D III, IV e VI, apenas.
  • E III, IV, V e VI, apenas.

Em confluência com os diversificados conceitos, através do paradoxo proposto por Lantéri-Laura (1998 citado por Sallet, & Gattaz, 2002) ao considerar a Psicopatologia como um fenômeno subjetivo que tramita entre a psicologia do patológico e a patologia do psicológico – verifica-se também, a relevância da Semiologia e das suas técnicas observacionais. Nesse aspecto, Dalgalarrondo (2000 citado por Deminco, 2018) elucida a diferença entre Semiologia e Semiotécnica.


I. Semiotécnica é a ciência dos signos, estando presente em todas as atividades humanas que incluam a interação e a comunicação entre dois interlocutores pelo uso de um sistema de signos (falas, gestos, atitudes, comportamentos não verbais etc.). Dedica-se ao estudo dos sintomas e sinais das doenças, permitindo ao profissional da saúde identificar alterações físicas e mentais, ordenar os fenômenos observados, formular diagnósticos e estabelecer métodos de tratamento.


II. Semiologia é a ciência dos signos, estando presente em todas as atividades humanas que incluam a interação e a comunicação entre dois interlocutores pelo uso de um sistema de signos (falas, gestos, atitudes, comportamentos não verbais etc.). Dedica-se ao estudo dos sintomas e sinais das doenças, permitindo ao profissional da saúde identificar alterações físicas e mentais, ordenar os fenômenos observados, formular diagnósticos e estabelecer métodos de tratamento.


III. A Semiotécnica, por sua vez, refere-se a técnicas e procedimentos específicos da observação, coleta e descrição de sinais e sintomas. Sendo assim, é de essencial importância para a prática da Semiotécnica em Psicopatologia, a observação minuciosa, atenta e perspicaz do comportamento do paciente, do conteúdo de seu discurso e da sua maneira de falar, da sua mímica, da postura, do vestuário, da forma como reage e do seu estilo de relacionamento com o entrevistador, com outros pacientes e com seus familiares.


IV. A Semiologia, por sua vez, refere-se a técnicas e procedimentos específicos da observação, coleta e descrição de sinais e sintomas. Sendo assim, é de essencial importância para a prática da Semiologia em Psicopatologia, a observação minuciosa, atenta e perspicaz do comportamento do paciente, do conteúdo de seu discurso e da sua maneira de falar, da sua mímica, da postura, do vestuário, da forma como reage e do seu estilo de relacionamento com o entrevistador, com outros pacientes e com seus familiares.


Avaliando as assertivas acima, conforme Deminco (2018), é certo afirmar que:

  • A Somente I e II estão corretas.
  • B Somente II e III estão corretas.
  • C Somente I, II e III estão corretas.
  • D Somente I, III e IV estão corretas.

A Psicopatologia deve considerar o ser humano globalmente atentando sempre para os padrões de normalidade em que o indivíduo a ser questionado está inserido, não se deixando guiar apenas pelos sintomas. Considerar um sintoma isolado é fazer com que o objetivo principal de entendê-lo seja esquecido.
A esse respeito, assinale a alternativa correta.

  • A A Psicopatologia é apenas um ramo descritivo dos transtornos psiquiátricos que auxilia o profissional de Saúde na análise dos sintomas em cada indivíduo, contribuindo para o tratamento da patologia.
  • B A Psicopatologia está ligada às disciplinas de Psicologia e Psiquiatria. Dentro da Psicologia, liga-se à Psicologia Social e à Psicometria.
  • C A anamnese é uma entrevista conduzida pelo profissional de Saúde com seu paciente. É a via pela qual a Psicologia e a Psiquiatria visam elucidar, investigar e analisar as vivências, sensações e impressões do indivíduo. Dessa forma, constrói-se a história clínica do paciente.
  • D A Psicopatologia refere-se tanto ao estudo dos estados mentais patológicos quanto à manifestação de comportamentos e experiências que podem indicar um estado mental ou psicológico anormal.

. A técnica e a habilidade em realizar entrevistas são atributos fundamentais e insubstituíveis do profissional da saúde em geral e da saúde mental em particular. O entrevistador, ao entrar em contato com cada novo paciente, deve preparar seu espírito para encarar o desafio de conhecer essa nova pessoa, formular um diagnóstico e entender, quando possível, algo do que realmente se passa em seu mundo interior e nas suas relações interpessoais, segundo Paulo Dalgalarrondo (2019), quais as três regras “de ouro” da entrevista em saúde mental?

  • A I. Pacientes organizados mentalmente devem ser entrevistados de forma mais estruturada; II. Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado psicótico ou paranoide, devem ser entrevistados de forma mais aberta, permitindo que falem e se expressem de maneira mais fluente e espontânea; III. Nos primeiros contatos com pacientes muito tímidos, ansiosos ou paranoides, deve-se fazer primeiro perguntas neutras (nome, onde mora, profissão, estado civil, nome de familiares etc.), para apenas então, gradativamente, começar a formular perguntas “mais quentes” (às vezes, constrangedoras para o indivíduo).
  • B I. Pacientes organizados mentalmente, deve-se fazer primeiro perguntas neutras (nome, onde mora, profissão, estado civil, nome de familiares etc.), para apenas então, gradativamente, começar a formular perguntas “mais quentes” (às vezes, constrangedoras para o indivíduo); II. Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado psicótico ou paranoide, devem ser entrevistados de forma mais estruturada; III. Nos primeiros contatos com pacientes muito tímidos, ansiosos ou paranoides devem ser entrevistados de forma mais aberta, permitindo que falem e se expressem de maneira mais fluente e espontânea.
  • C I. Pacientes organizados mentalmente devem ser entrevistados de forma mais aberta, permitindo que falem e se expressem de maneira mais fluente e espontânea; II. Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado psicótico ou paranoide, deve-se fazer primeiro perguntas neutras (nome, onde mora, profissão, estado civil, nome de familiares etc.), para apenas então, gradativamente, começar a formular perguntas “mais quentes” (às vezes, constrangedoras para o indivíduo); III. Nos primeiros contatos com pacientes muito tímidos, ansiosos ou paranoides, devem ser entrevistados de forma mais estruturada.
  • D I. Pacientes organizados mentalmente deve-se fazer primeiro perguntas neutras (nome, onde mora, profissão, estado civil, nome de familiares etc.), para apenas então, gradativamente, começar a formular perguntas “mais quentes” (às vezes, constrangedoras para o indivíduo). II. Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado psicótico ou paranoide, devem ser entrevistados de forma mais estruturada; III. Nos primeiros contatos com pacientes muito tímidos, ansiosos ou paranoides, devem ser entrevistados de forma mais aberta, permitindo que falem e se expressem de maneira mais fluente e espontânea.
  • E I. Pacientes organizados mentalmente devem ser entrevistados de forma mais aberta, permitindo que falem e se expressem de maneira mais fluente e espontânea; II. Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado psicótico ou paranoide, devem ser entrevistados de forma mais estruturada; III. Nos primeiros contatos com pacientes muito tímidos, ansiosos ou paranoides, deve-se fazer primeiro perguntas neutras (nome, onde mora, profissão, estado civil, nome de familiares, etc.), para apenas então, gradativamente, começar a formular perguntas “mais quentes” (às vezes, constrangedoras para o indivíduo).
Julgue o item subsequente.

Um diagnóstico de transtorno mental visa a identificar prognósticos e planejar tratamentos, mas não determina a necessidade de tratamento. Essa é uma decisão que leva em conta a severidade dos sintomas, sofrimento do paciente, incapacidades relacionadas, e riscos e benefícios dos tratamentos. Alguns pacientes podem necessitar de tratamento mesmo sem preencher todos os critérios diagnósticos, e a falta de um diagnóstico completo não deve negar acesso a cuidados adequados. 
  • Certo
  • Errado