Na contemporaneidade é fundamental assinalar algumas novas configurações e expressões que a “questão social” assume nos contraditórios tempos presentes, condensando “múltiplas desigualdades mediadas por disparidades nas relações de gênero, características étnico-raciais, mobilidades espaciais, formações regionais e disputas ambientais, colocando em causa amplos segmentos da sociedade civil no acesso aos bens da civilização. Dispondo de uma dimensão estrutural – enraizada na produção social contraposta a apropriação privada do trabalho –, a “questão social” atinge visceralmente a vida dos sujeitos
- A numa luta aberta e surda pela cidadania, no embate pelo respeito aos direitos civis, sociais e políticos e aos direitos humanos;
- B num movimento consensual do capital com a classe trabalhadora no que se refere aos direitos civis e humanos;
- C com a ascensão global ao poder de forças conservadoras por toda parte, que mantem, todavia, a prestação de serviços socioassistenciais em sua integralidade;
- D evidenciando um processo de refuncionalização do conservadorismo na sociedade burguesa, resguardando os direitos civis e sociais;
- E se redefinindo, permanente e substantivamente, mantendo uma perspectiva de igualdade no que se refere a distribuição da riqueza socialmente produzida.