Questões de Serviço Social na Saúde (Serviço Social)

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O Serviço Social integra as equipes multiprofissionais dos serviços substitutivos de saúde mental. Em conformidade com essa perspectiva, avaliar se as afirmativas são certas (C) ou erradas (E) e assinalar a sequência correspondente.

( ) A inserção da profissão do Serviço Social na área da saúde mental deu-se de forma gradativa e paralela ao movimento de Reforma Psiquiátrica.

( ) A discussão teórica, ainda insuficiente, sobre a intervenção do Serviço Social na área não é, contraditoriamente, um indicador de dificuldade para a operacionalização da prática profissional.

( ) O profissional de Serviço Social realiza atividades diversas nos CAPS. A atividade que parece gerar menor divergência é o acompanhamento de usuários na qualidade de Técnica de Referência (TR).

( ) A prática profissional sofre com tensionamentos constantes que dificultam o agir sobre o direcionamento dos ideais presentes no projeto ético-político profissional, pois esbarra em condicionantes político-institucionais que limitam as escolhas dos profissionais.

  • A C - C - E - E.
  • B E - E - C - C.
  • C C - E - E - C.
  • D E - C - C - E.

Os assistentes sociais na saúde atuam em quatro grandes eixos: atendimento direto aos usuários; mobilização, participação e controle social; investigação, planejamento e gestão; assessoria, qualificação e formação profissional. Considerando que o reconhecimento da questão social como objeto de intervenção profissional demanda uma atuação profissional em uma perspectiva totalizante, baseada na identificação dos determinantes sociais, econômicos e culturais das desigualdades sociais, as ações que devem predominar, no eixo do atendimento direto aos usuários, são

  • A as ações clínicas, as ações de voluntariado e as ações de controle de natalidade.
  • B as ações terapêuticas, as ações de mobilização da família para agilizar a alta dos pacientes e as ações de acompanhamento dos usuários a exames.
  • C as ações socioassistenciais, as ações de articulação interdisciplinar e as ações socioeducativas.
  • D as ações para arrecadar doações para as famílias, as ações de denúncia de violação aos direitos do paciente e as ações de pesagem e medicação de crianças e gestantes. 
  • E as ações funcionalistas e pragmáticas, ações para comunicar a alta ou o óbito dos pacientes e as ações de emissão de comparecimento às consultas médicas.

As comunidades quilombolas são coletivos caracterizados por aspectos como: uso comum dos recursos naturais, vínculos ampliados de parentesco nas comunidades, capacidade organizativa para luta pela demarcação e titulação coletiva dos territórios. Apesar da grandiosa contribuição na formação sócio-histórica, cultural e econômica do Brasil, as comunidades quilombolas são segmentos sociais vulneráveis com desvantagem em várias esferas da vida e maior dificuldade de acesso a direitos sociais, inclusive à política de saúde.


A garantia de atenção à saúde de qualidade para as populações quilombolas com ações de promoção, prevenção, recuperação e tratamento exige, entre outras estratégias, o fortalecimento do SUS; a mudança nas práticas institucionais; a formação continuada dos profissionais de saúde, a implementação de políticas específicas e programas para efetivar a equidade no acesso e utilização dos serviços, possibilitando não só a garantia universal do direito à saúde como também 

  • A o fortalecimento do atendimento a este segmento, prioritariamente no nível de atenção terciária.
  • B a ampliação do atendimento a essas comunidades privilegiando as ações no nível de atenção secundária como porta de entrada.
  • C a prevalência da Atenção Primária em Saúde, responsável pela prestação de serviço especializado e de ações de alta complexidade, sendo a porta de entrada do SUS. 
  • D  o reconhecimento do racismo como um determinante dos processos de saúde e doença e seus efeitos negativos na saúde das populações. 
  • E  a articulação dos diferentes fluxos assistenciais com vistas a garantia do acesso e manutenção do vínculo nas ações levadas a termo nos níveis de atenção secundária e terciária. 

A reforma psiquiátrica brasileira promoveu uma ruptura com o modelo hospitalocêntrico em saúde mental, resultando em avanços que redirecionaram a assistência destinada às pessoas em sofrimento psíquico. Entretanto, a política de saúde mental tem sofrido desmontes e retrocessos resultantes da diminuição de investimentos públicos no setor, configurando o que os estudiosos identificam como contrarreforma psiquiátrica.

O retorno de práticas manicomiais avança com a aprovação de medidas que expressam um maior comprometimento do Estado com o financiamento das comunidades terapêuticas, duplicando as vagas para o acolhimento das pessoas em situação de dependência química, contrariando a lógica da desinstitucionalização.

Neste contexto, o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) elaborou um documento, baseado em dados e informações obtidas em visitas de fiscalização realizadas pelos Conselhos Regionais de Serviço Social, sobre a inserção de assistentes sociais em comunidades terapêuticas. Esse documento identifica no trabalho realizado por assistentes sociais nesse espaço

  • A a inserção de assistentes sociais nas equipes multidisciplinares é frágil, mas o número de profissionais é suficiente para atender as demandas dos usuários dos serviços.
  • B as práticas realizadas nas comunidades terapêuticas contextualizam as determinações econômicas e sociais e consideram as contradições sociais oriundas de relações sociais capitalistas.
  • C as práticas realizadas nas comunidades terapêuticas refletem os parcos conhecimentos dos assistentes sociais sobre as patologias dos usuários.
  • D as práticas realizadas nas comunidades terapêuticas refletem uma tendência de assistentes sociais ocuparem espaços profissionais que deveriam ser ocupados por psicólogos.
  • E as práticas realizadas nas comunidades terapêuticas refletem uma tendência que confronta com os princípios fundamentais do Código de Ética da/o Assistente Social.  

As exigências do cotidiano profissional de assistentes sociais, na área da saúde, muitas vezes, impõem uma atuação emergencial e acrítica, descolada dos processos de luta pela ampliação dos direitos sociais que dificultam a efetivação dos princípios fundamentais do Código de Ética Profissional. O assistente social que atua nos serviços de saúde, para superar essa atuação acrítica, alinhando-se ao projeto ético político profissional deve

  • A aprofundar o conhecimento das leis, visando a provocar mudanças nas pessoas.
  • B compreender os modos e condições de vida dos usuários dos serviços e suas culturas.
  • C olhar para as pessoas mais vulneráveis.
  • D olhar para as crianças e pessoas idosas, pois são credoras de especial proteção.
  • E aprofundar a compreensão do binômio saúde/doença para se tornar um profissional mais eficiente.