Questões de Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (Medicina)

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Caso clínico: Paciente Joana, 48 anos de idade, tabagista, etilista, em tratamento de câncer de pulmão metastático, evoluiu nos últimos dias com quadro sugestivo de pneumonia bacteriana, sendo tentado tratamento antibiótico oral pela equipe de oncologia em nível ambulatorial. Porém, paciente não obteve resposta clínica desejada, evoluindo com piora dos sintomas respiratórios, sonolência, oligúria e febre persistente nas últimas 12 horas, sendo então levada ao prontosocorro pela equipe do SAMU. Na admissão na sala vermelha, paciente apresentava-se sonolenta, mas responsiva e orientada, glasgow 14 perdendo ponto apenas na abertura ocular, pupilas isofotorreativas, estável hemodinamicamente com pressão arterial de 130/80 mmHg, taquicardia regular (FC 125 bpm), taquidispneica (FR 36 irpm) e com esforço respiratório importante, saturando 82% em ar ambiente, febril (temperatura axilar de 38,5 graus Celsius). Foi prontamente monitorizada, iniciada oxigenoterapia por máscara de alto fluxo não reinalante a 10 l/min com melhora da saturação periférica de oxigênio para 99%, mas mantendo esforço respiratório, realizada reposição volêmica, aberto pacote de sepse, coletadas culturas gerais e iniciada antibioticoterapia venosa de amplo espectro de forma precoce. Os exames evidenciaram leucocitose com desvio à esquerda, PCR elevado, aumento de escórias renais (ureia: 128 e creatinina: 3,2 mg/dL), potássio sérico: 5,2 mEq/dL, sódio: 144 mEq/dL, lactato: 4 mmOl/L e gasometria arterial com pH 7,13 pCO2 45 pO2 143 HCO3 16 BE -14,2. Diante do quadro clínico descrito, assinale a alternativa CORRETA com relação ao manejo respiratório dessa paciente.
  • A A paciente apresenta disfunção renal e consequente acidose metabólica compensada, já que o PCO2 esperado é 42, o qual, associado ao quadro clínico descrito, sugere fadiga respiratória, sendo indicada a realização de ventilação não invasiva.
  • B A paciente apresenta disfunção renal e consequente acidose respiratória compensada, já que o HCO3 esperado é 13, o qual, associado ao quadro descrito, sugere fadiga respiratória, sendo iniciadas a intubação orotraqueal e a ventilação invasiva.
  • C A paciente apresenta disfunção renal e consequente acidose metabólica não compensada, já que o PCO2 esperado é 22, configurando um distúrbio misto que sugere fadiga respiratória, sendo indicada a realização de ventilação não invasiva.
  • D A paciente apresenta disfunção renal e consequente acidose metabólica não compensada, já que o PCO2 esperado é 32, configurando um distúrbio misto que sugere fadiga respiratória, sendo indicadas a realização de intubação orotraqueal e a ventilação invasiva.
  • E A paciente apresenta disfunção renal e consequente acidose respiratória compensada, já que o HCO3 esperado é 30, o qual, associado ao quadro descrito, sugere fadiga respiratória, sendo iniciada a intubação orotraqueal e a ventilação invasiva.

Leia o caso a seguir.


Uma mulher de 55 anos, com história de doença pulmonar obstrutiva crônica, foi à emergência com aumento da dispneia e tosse há uma semana. Frequência respiratória de 35 rpm e saturação de oxigênio de 90% em ar ambiente. No exame físico, a paciente está sentada e inclinada para frente. Ela parece desconfortável e utiliza musculatura acessória para respirar. Na ausculta, apresenta chiado bilateral. Gasometria arterial da paciente: pH: 7,25, pCO2: 78 mmHg e pO2: 58 mmHg. (Valores referenciais: pH: 7,35 a 7,45, pCO2: 35 a 45 mmHg, pO2: 80 a 100 mmHg).


O mecanismo que explica os valores da gasometria arterial é:

  • A diminuição do fluxo sanguíneo pulmonar.
  • B estimulação do centro respiratório.
  • C aumento do volume corrente pulmonar.
  • D aumento do volume morto alveolar.

Mulher, 30 anos, atendida em Pronto-Socorro com febre elevada, congestão nasal com secreção mucopurulenta e tosse produtiva e esporádica. Ao exame físico do aparelho respiratório apresentava FR = 54irpm, Saturação de 02 = 95%, murmúrio vesicular diminuído e crepitações grosseiras em base do hemitórax direito; paciente normocorada, acianótica, hidratada e aceitando medicamentos por via oral. Foi realizada radiografia de tórax com imagem de condensação em lobo inferior do pulmão direito. Considerando o diagnóstico de pneumonia adquirida na comunidade (PAC), qual agente etiológico mais provável e qual o tratamento (antibiótico primeira e segunda escolhas) estariam mais indicados?

  • A Streptococcus pneumoniae; Amoxicilina ou Azitromicina.
  • B Staphylococcus aureus; Amoxicilina ou Azitromicina.
  • C Streptococcus pneumoniae; Cefalexina ou Ceftriaxona.
  • D Staphylococcus aureus; Cefalexina ou Ceftriaxona.
  • E Streptococcus pneumoniae; Azitromicina ou Claritromicina.

Assinale a opção que apresenta o tratamento correto para o paciente DPOC internado com exacerbação do quadro clínico.

  • A A suspensão obrigatória de agentes de agonistas beta de ação prolongada (LABAs) e/ ou agentes muscarínicos de ação prolongada (LAMAs).
  • B Um teste inicial de ventilação não invasiva (VNI) apenas nos pacientes com PaCO2 <45 mmHg ou pH >7,35.
  • C O uso preferencial de dispositivos inalatórios, por serem comprovadamente superiores à nebulização.
  • D A administração de oxigênio suplementar, visando à saturação de O2 de 88 a 92% com PaO2 de aproximadamente 60 a 70 mmHg.
  • E O uso de corticoide sob a forma de dexametasona em altas doses por 1 mês.

Mulher, 48 anos, apresenta dor torácica ventilatório dependente e eletrocardiograma com supradesnivelamento do segmento ST côncavo e difuso, poupando aVR e V1, sendo diagnosticada com pericardite. Ecocardiograma inicial mostrou cavidades cardíacas com dimensões normais, fração de ejeção preservada e derrame pericárdico mínimo. Iniciado tratamento e realizado acompanhamento com eletrocardiograma diário, que evolui com normalização do segmento ST e achatamento das ondas T. Posteriormente, o eletrocardiograma mostra inversão difusa da onda T. Este último achado indica

  • A evolução habitual da pericardite.
  • B tamponamento cardíaco.
  • C acometimento miocárdico concomitante – miocardite.
  • D isquemia miocárdica.
  • E maior risco de evolução para pericardite constritiva.