Questões de Surgimento e Institucionalização do Serviço Social (Serviço Social)

Limpar Busca

O Serviço Social no Brasil passou por transformações significativas ao longo de sua trajetória. Nos anos 1930, surge com uma visão conservadora, alinhada ao pensamento da Igreja Católica. Contudo, nas décadas de 1960 e 1970, ocorre uma mudança importante com a incorporação de influências do materialismo histórico e dialético, levando a uma abordagem crítica da realidade social. Um dos principais marcos dessa renovação crítica no Serviço Social brasileiro foi:

  • A a criação do Código de Ética Profissional do Assistente Social.
  • B a implementação das políticas neoliberais na década de 1990.
  • C a fundação do Serviço Social nas escolas públicas.
  • D o Movimento de Reconceituação do Serviço Social.
  • E a consolidação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A institucionalização do Serviço Social no Brasil teve origem na década de 1930, em um momento em que o país passava por uma industrialização e uma urbanização aceleradas. A profissão que inicialmente apresentava um caráter assistencialista, voltado para a caridade deu-se sob a principal influência da(o):

  • A Da doutrina social da Igreja Católica.
  • B Da intervenção do Estado, com foco na promoção de políticas públicas universais.
  • C Da teoria crítica marxista.
  • D Da iniciativa de profissionais da área de saúde, que buscavam integrar serviços sociais à assistência médica.

O núcleo central do debate brasileiro contemporâneo sobre os Fundamentos do Serviço Social brasileiro se estrutura a partir de um determinado modo de entender a profissão, à luz da Teoria Social Crítica, no âmbito das relações sociais constitutivas da ordem capitalista, consideradas as particularidades de sua condição periférica e que supõe, dentre outras proposições, uma abordagem da história

  • A tendo como eixo estruturante a narrativa que expressa interesses antagônicos, observando-se uma inclinação no sentido do consenso entre as classes. 
  • B a partir do conservadorismo que estruturou a gênese da profissão, cujos enunciados ratificaram a proposta crítica emanada no processo de intenção de ruptura profissional. 
  • C a partir das classes sociais e de suas lutas, das diversas manifestações da “questão social” e as suas estratégias de enfrentamento, no âmbito privilegiado da intervenção profissional. 
  • D que considere a profissão como uma construção histórica e contextualizada, situando-se nos processos de reprodução social da sociedade capitalista, cujo objetivo precípuo é cooperar com a coesão social.
  • E que elenca fortes marcas de fundamentos doutrinários, positivistas, conservadores, superados absolutamente do âmbito da profissão desde a apresentação do projeto ético-político.

Parte-se do pressuposto de que o exercício profissional do assistente social, recebendo as determinações históricas, estruturais e conjunturais da sociedade burguesa e respondendo a elas, consiste em uma totalidade de diversas dimensões que se autoimplicam, se autoexplicam e se determinam entre si. NÃO reflete a fundamentação teórica e ética que orienta a prática do Serviço Social contemporâneo:

  • A Descrever o trabalho como o mecanismo através do qual o ser humano transcende a condição de mero ser natural, engendrando capacidades teleológicas e autoconscientes que são cruciais para a constituição do indivíduo enquanto um agente de liberdade e autodeterminação.
  • B Incluir nos princípios basilares do Código de Ética a promoção e a consolidação ampliada da cidadania, a defesa intransigente dos direitos humanos em sua totalidade, a garantia do pluralismo como valor primordial e o compromisso com um constante e rigoroso aprimoramento intelectual e profissional.
  • C Apresentar a ética como um pressuposto político-ideológico essencial que orienta o enfrentamento dialético das contradições inerentes à prática profissional do Serviço Social, fundamentando-se em uma visão crítica e teoricamente robusta das implicações ético-políticas que permeiam o agir profissional.
  • D Associar o projeto profissional do Serviço Social a um projeto societal abrangente que busca o desenvolvimento integral dos trabalhadores, fomentando a criação e a internalização de novos paradigmas valorativos, com vistas à erradicação sistemática dos processos de exploração, opressão e alienação que permeiam a estrutura social vigente.

Ao longo da história constituiu-se um amplo acervo teórico e crítico à política social do governo de Fernando Henrique Cardoso. Estudos, como os de Behring, confirmam certa predominância e frequente apologia ao voluntariado, remetendo-a “ao mundo da solidariedade, da realização do ‘bem comum’ pelos indivíduos, por meu de um trabalho voluntário não remunerado e desconsiderando o aparato democrático-participativo das políticas sociais instituído por meio dos Conselhos e Conferências”. Já no serviço público predominavam as práticas pautadas na admissão do funcionalismo, não necessariamente por concurso público, e a demissão ficaria a critério dos dirigentes de plantão, o que deixava (e deixa) o funcionalismo atuante na ponta à mercê da ocasião, quebrando, nos médio e longo prazos, a continuidade e a memória administrativa nas instituições agora autônomas [...]” (BEHRING, 2021, p. 171). Pode-se afirmar, portanto, que, à luz dessa tendência teórica, que faz a crítica à política social hegemônica dos governos neoliberais, o voluntariado e as práticas de admissão do funcionalismo no Brasil são, respectivamente, ações de

  • A emancipação e adaptação.
  • B desprofissionalização e clientelismo.
  • C escravidão e empreendedorismo.
  • D benemerência e fascismo.