Questões de Sustentabilidade (Economia)

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De acordo com a Resolução CVM nº 193, de 23 de outubro de 2023, é correto afirmar que:

  • A a periodicidade de reporte do relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade deve ser, no mínimo, igual à das demonstrações financeiras de encerramento de exercício social;
  • B o relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, com base no padrão do ISSB, deve ser apresentado de forma agregada às demais informações da entidade e das demonstrações financeiras;
  • C o relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade deve ser objeto de asseguração razoável por auditor independente registrado na CVM, em conformidade com as normas emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC, até o final do exercício social de 2025;
  • D a elaboração e divulgação de relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade pelas companhias abertas, fundos de investimento e companhias securitizadoras, com base no padrão internacional emitido pelo ISSB, serão obrigatórias a partir dos exercícios sociais iniciados em, ou após, 1º de janeiro de 2026, e facultativas até essa data;
  • E as entidades devem arquivar o relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade por meio de sistema eletrônico disponível na página da CVM na rede mundial de computadores, a partir do segundo exercício social de adoção obrigatória, em até 6 (seis) meses contados do encerramento do exercício social ou na mesma data de envio das demonstrações financeiras, o que ocorrer primeiro.

As iniciativas corporativas relacionadas às práticas sustentáveis refletem principalmente:

  • A a necessidade de simplificar processos operacionais por meio da redução de recursos;
  • B o desejo de limitar a transparência corporativa a questões financeiras tradicionais;
  • C o reconhecimento de que há melhoria na reputação corporativa perante os stakeholders e servem como diferencial competitivo;
  • D a tendência de evitar o alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU para focar em metas de curto prazo;
  • E uma preferência por concentrar investimentos em tecnologias de baixo carbono, sem considerar outras dimensões ESG.

A materialidade financeira em sustentabilidade é corretamente definida como:

  • A o impacto quantificável das práticas sustentáveis na margem de lucro líquido da empresa e no preço das ações;
  • B o efeito de práticas de sustentabilidade (ESG) na redução de custos operacionais e na eficiência energética;
  • C uma métrica que correlaciona diretamente investimentos em sustentabilidade com o aumento do preço das ações e de seus múltiplos de mercado;
  • D os impactos significativos, reais ou potenciais, das organizações nas pessoas ou no ambiente, tanto no nível das operações como no da cadeia de valor;
  • E a relevância de informações de sustentabilidade (ESG) na avaliação de risco e potencial de investimento por parte dos stakeholders, influenciando assim o valor de mercado da empresa.

No mercado financeiro de um país preocupado com a prática de greenwashing, um investidor avalia a possibilidade de alocação de recursos entre duas empresas, A e B. A empresa A é reconhecida por sua transparência e adoção de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) validadas por auditores independentes e em conformidade com as normas do International Sustainability Standards Board (ISSB) nº 1 e 2. Já sobre a empresa B pesa recente controvérsia relacionada a possíveis propagandas enganosas sobre suas práticas ambientais. Considerando o risco reputacional e a assimetria informacional que podem afetar a empresa B, para o investidor que objetiva minimizar riscos associados ao greenwashing e que potencialmente deseja fomentar a redução do custo de capital por meio da promoção de práticas ESG, a estratégia mais aconselhável é:

  • A alocar a maior parte do capital na empresa B, apostando na possibilidade de uma melhora significativa nas suas práticas ESG, desconsiderando os riscos de curto prazo na reputação e as dúvidas sobre a veracidade de suas propagandas;
  • B relevar as questões de ESG no processo de decisão de investimento e focar apenas nos fundamentos financeiros das empresas, pois os riscos de reputação e os potenciais impactos negativos no valor são marginais a longo prazo;
  • C diversificar igualmente o investimento entre as duas empresas, desconsiderando as diferenças significativas em seus históricos ESG, pois a empresa A obteve assurance e não há evidência de greenwashing por parte da empresa B;
  • D investir somente em fundos de índice que replicam o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e o IDVERSA, sem analisar a composição e as práticas específicas dos fundos ou das empresas incluídas, pois todos os fundos ESG são equivalentes em termos de risco e retorno;
  • E direcionar investimentos exclusivamente para a empresa A, considerando seu histórico comprovado de práticas ESG e a conformidade com as normas do ISSB, o que representa uma escolha de menor risco, alinhada aos princípios de sustentabilidade do investidor.

O IFRS S1 (Requerimentos Gerais para Divulgação de Informação Financeira Relacionada à Sustentabilidade) requer que a entidade divulgue informações sobre riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade, de forma que sejam úteis aos principais usuários (investidores, atuais e em potencial) de relatórios financeiros para fins gerais ao tomarem suas decisões relacionadas à alocação de recursos na entidade.

De acordo com o conteúdo principal presente no IFRS S1, para atingir os objetivos dos requisitos de divulgação relacionados à gestão de riscos, a entidade deverá divulgar:

  • A a maneira como a entidade monitora os riscos relacionados à sustentabilidade;
  • B a análise de tendências ou mudanças no desempenho em relação à meta da entidade;
  • C o órgão de governança responsável pela supervisão de riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade;
  • D os efeitos dos riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade na estratégia e na tomada de decisão da entidade;
  • E informações quantitativas sobre os efeitos financeiros atuais e previstos de riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade na cadeia de valor da entidade.