Questões de Teorias do Jornalismo (Comunicação Social)

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O debate em torno da Comunicação como um saber interdisciplinar está intrinsecamente presente nas teorias elaboradas para pensar o campo ao longo dos últimos dois séculos.
À luz da Filosofia, da Sociologia e da Antropologia, afirma-se, por exemplo, que “o laço intersubjetivo inerente à coesão comunitária até as relações sociais regidas pela mídia” faz da comunicação a

  • A ecologia de saberes
  • B sociedade do espetáculo
  • C indústria cultural
  • D aldeia global
  • E ciência do comum

Referência no campo, o semioticista italiano Andrea Semprimi entende que as marcas, contemporaneamente, têm complexos níveis de significado e significação, sendo que três dimensões caracterizam sua atuação como objeto semiótico enunciador de significados relevantes (natureza semiótica), evidenciando ainda a necessidade de manter uma unidade no discurso dos diversos sujeitos que definem a marca em dois aspectos principais na sua relação com o consumidor e no contrato da comunicação (natureza relacional) e, por último, a importância de as marcas pós-modernas serem mutáveis e adaptáveis ao ambiente no qual se situam (natureza evolutiva).
No tocante a riscos, aquele que pode ser atribuído à natureza evolutiva de uma marca pós-moderna é:

  • A Pressões externas por meio das redes sociais digitais podem levar a marca a perder sua identidade como agente comunicacional, irrompendo um contrato de comunicação pensado no lançamento da marca.
  • B Mutações incessantes podem enjoar o público da marca que corre o risco de buscar um corrente inferior que lembre a marca original, acarretando um fortalecimento inesperado de um player de menor importância.
  • C Pressões concorrenciais podem levar a marca a mudar para enfrentar tal stakeholder, acarretando nova estratégia de preço que pode repercutir na matéria- prima do produto que carrega a marca.
  • D Pressões externas por adaptações podem exigir processo evolutivo incessante, acarretando um desperdício de verba empresarial e um esvaziamento do projeto de marca, que perde originalidade e/ou possibilidade de distinção em relação aos concorrentes.
  • E Grupos de pessoas ou organizações que podem ter algum tipo de interesse pelas ações de uma determinada empresa para se voltar contra a marca por questões de gênero, provocando novo nicho de mercado nem sempre acolhedor.

O sucesso do exercício da cidadania, na sociedade em rede, depende da interligação em rede entre as diversas mídias, mas também do domínio individual das habilidades necessárias, para interagir com as ferramentas de mediação, seja das que fornecem acesso à informação, seja das que nos permitem organizar, participar e influenciar os acontecimentos e as escolhas. (...) As tecnologias de comunicação e informação, na sociedade em rede, não se substituem umas às outras, pelo contrário, criam ligações entre si. A televisão comunica-se com a internet, com os SMS ou com os telefones. Como também a internet oferece conectividade com todos os meios de comunicação de massa, telefones, e milhares de endereços e páginas pessoais e institucionais na web. Essa rede de tecnologia não é o mero produto de uma mera convergência tecnológica, mas sim de uma forma de organização social criada por quem delas faz uso. A sugestão de que se escreve e se ouve música pela internet, mas escuta-se a vida pelo rádio e vê-se o mundo pela televisão (Castells, 2001) é um dos exemplos dessa nossa relação pessoal em rede com a mídia. E é da seleção e articulação dessas diferentes mídias, em função dos nossos projetos, que a autonomia é gerada e a cidadania exercida na era da informação.” 
CARDOSO. Gustavo. A Mídia na Sociedade em Rede. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007, p.32/33.
Acerca do assunto podem ser feitas as seguintes afirmações:
I As aulas em streaming ou gravadas e exibidas de forma remota durante a pandemia Covid-19 nas escolas públicas não atenderam a todos os alunos da rede porque nem todos tinham acesso à internet e/ou a dispositivos para acompanhar o que era ensinado.
II A veiculação e propagação de conteúdos negacionistas durante a pandemia Covid-19 atrapalhou o controle da doença no Brasil. Fake News disseminadas pelo WhatsApp são até alvo de investigação criminal em função de seu efeito catastrófico.
III O acesso a mídias tradicionais e eletrônicas atualmente existentes não é suficiente para o efetivo exercício da cidadania. É necessário garantir um amplo grau de liberdade e independência ao setor de mídia em relação ao poder político e econômico, a fim de fortalecer o setor de modo a garantir a democracia, a checagem de fatos e o acesso do público a informações a respeito de seus direitos e deveres em sociedade.
Sobre elas podemos dizer que as afirmações estão:

  • A corretas e uma não explica a outra.
  • B incorretas.
  • C corretas e uma explica a outra.
  • D corretas, e a III explica a II.
  • E corretas, e a I explica a II.

Fluidez é a qualidade de líquidos e gases. (…) Os líquidos, diferentemente dos sólidos, não mantêm sua forma com facilidade. (…) Os fluidos se movem facilmente. Eles fluem, escorrem, esvaem-se... No contexto, a cultura é um bem a ser consumido.
BAUMAN, Zygmunt, Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2001. ___________A cultura no mundo líquido moderno, Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2013.
Características marcantes da modernidade líquida, a substituição da ideia de coletividade pelo individualismo e a transformação do cidadão em consumidor marcam a produção cultural contemporânea. Dos itens abaixo, aquele que exemplifica a influência dessas características na produção estético-cultural é:

  • A nas canções com 3 minutos de duração em média.
  • B na moda customizada.
  • C nos flyers nos metrôs.
  • D nos displays promocionais.
  • E em storytellings.

“Os drones podem ser agora tão minúsculos quanto um beija-flor, porém, o néctar que procuram é cada vez mais composto de imagens de alta resolução das pessoas que encontra em seu caminho. De qualquer forma, contudo, por que se preocupariam? Afinal, o anonimato já está em processo de auto-erosão no Facebook e em outras mídias sociais. O privado é público, é algo a ser celebrado e consumido tanto por incontáveis “amigos” quanto por “usuários” casuais.”
BAUMAN, Zygmunt – Vigilância Líquida, Rio de Janeiro: Zahar, 2013, p. 15


A partir do pensamento acima pode-se afirmar que a vigilância líquida marca o momento contemporâneo:

  • A em que dados pessoais são coletados e comercializados por meio de redes sociais digitais, de compras na internet e cadastros virtuais, entre outras ferramentas.
  • B em câmeras de vigilância no trânsito para aplicação de multas.
  • C dos presídios em que guardas se revezam para vigiar presos por meio de câmeras.
  • D em que até mesmo reportagens jornalísticas são feitas com ajuda de drones.
  • E em câmeras de segurança em prédio residenciais e comerciais com ajuda de drones.