Questões de Teorias e Práticas para o Ensino de Literatura (Pedagogia)

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Considerando as visões históricas da Educação Iinfantil no Brasil, qual pensamento, dentre os ideários clássicos do século XIX, dava ênfase a ideias de progresso e perfectibilidade humanos, além de defender o conhecimento racional como caminho para superação de preconceitos e ideologias tradicionais e de preconizar que, por meio do conhecimento, seria possível à criança atingir a perfeição?

  • A O neopositivismo.
  • B O iluminismo.
  • C O marxismo.
  • D O taylorismo.
“O importante não é necessariamente quanto sabe de literatura, mas sim quanto sua formação descansa numa base filosófica, teórico-conceitual, psicológica, para fundamentar a prática pedagógica. Trata-se de sustentar uma formação que mostre a pertinência da educação literária, fazendo explícito o valor da literatura, sua relação com outras ciências do conhecimento, e compreendendo que dele depende materializar as atividades de recepção e interpretação das obras. É tarefa sua conseguir que os alunos desentranhem a valoração estética dos textos e vivam o prazer da leitura”.

FONTE: ANDRÉ, Rhina Landos Martínez. A formação do professor de literatura. Revista Polifonia, nº18, pp. 27-39

Levando em conta o texto anterior, uma atitude que NÃO demonstra a formação adequada do professor de literatura é: 
  • A O ensino da literatura e sua pertinência na formação do indivíduo como um cidadão capaz de interpretar textos e obras diversas.
  • B O ensino da literatura não só como forma de compreensão e interpretação de obras literárias diversas, mas também como fruição e percepção da valoração estética a eles atribuída.
  • C O ensino estanque de escolas literárias, como se os tradicionais estilos de época não guardassem relações e conflitos entre si.
  • D O ensino de literatura não como foco na quantidade de obras lidas em sala de aula, mas que demonstre sua relação com outras ciências e áreas do conhecimento.

No contexto da literatura infanto-juvenil, qual é o principal objetivo da utilização de elementos fantásticos e mágicos nas narrativas?

  • A O uso de elementos fantásticos e mágicos serve para estimular a imaginação e o pensamento crítico dos jovens leitores, além de tornar a leitura mais envolvente.
  • B A presença de elementos mágicos e fantásticos visa unicamente facilitar a venda dos livros, já que crianças e jovens só leem histórias que contêm magia.
  • C Elementos fantásticos e mágicos são usados para compensar a falta de qualidade literária em obras infanto-juvenis.
  • D Elementos fantásticos e mágicos são utilizados porque autores infanto-juvenis geralmente não têm conhecimento suficiente para escrever sobre assuntos realistas.

Julgue o item que se segue. 


O romance “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, apresenta como narrador-personagem o próprio Dom Casmurro, o que permite uma abordagem subjetiva da história.

  • Certo
  • Errado

Em razão da “especificidade do texto literário”, nos PCNs*, conclui-se que, “enraizando-se na imaginação e construindo novas hipóteses e metáforas explicativas, o texto literário é outra forma/fonte de produção/apreensão de conhecimento”. Nesse documento, afirma-se ser “possível afastar uma série de equívocos que costumam estar presentes na escola em relação aos textos literários”, entre eles:

  • A “romper os limites fonológicos, lexicais, sintáticos e semânticos traçados pela língua: esta se torna matéria-prima (mais que instrumento de comunicação e expressão) de outro plano semiótico – na exploração da sonoridade e do ritmo, na criação e recomposição das palavras, na reinvenção e na descoberta de estruturas sintáticas singulares, na abertura intencional a múltiplas leituras pela ambiguidade, pela indeterminação e pelo jogo de imagens e figuras”.
  • B “pensar sobre a literatura a partir dessa relativa autonomia ante outros modos de apreensão e interpretação do real corresponde a dizer que se está diante de um inusitado tipo de diálogo, regido por jogos de aproximação e afastamento, em que as invenções da linguagem, a instauração de pontos de vista particulares, a expressão da subjetividade podem estar misturadas a citações do cotidiano, a referências indiciais e, mesmo, a procedimentos racionalizantes”.
  • C “tomá-los como pretexto para o tratamento de questões outras (valores morais, tópicos gramaticais) que não aquelas que contribuem para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os sentidos, a extensão e a profundidade das construções literárias”.
  • D “tornar-se fonte virtual de sentidos, mesmo o espaço gráfico e signos não verbais, como em algumas manifestações da poesia contemporânea”.