Questões de Trabalho e Serviço Social: perfil, demanda, prática e competências profissionais (Serviço Social)

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O Documento de Araxá é um marco na história do Serviço Social no Brasil, resultante do I Seminário de Teorização do Serviço Social, realizado em 1967, na cidade de Araxá, Minas Gerais. O documento teve como objetivo sistematizar e refletir sobre a prática profissional dos assistentes sociais. Sobre este documento, assinale a alternativa CORRETA.

  • A O Documento de Araxá foi o primeiro documento produzido no movimento de reconceituação do Serviço Social no Brasil, especificamente na tendência intenção de ruptura.
  • B O Documento de Araxá foi o segundo documento produzido no movimento de reconceituação do Serviço Social no Brasil, especificamente na tendência de modernização conservadora.
  • C O Documento de Araxá foi o primeiro documento produzido no movimento de reconceituação do Serviço Social no Brasil, especificamente na tendência de modernização conservadora.
  • D O Documento de Araxá foi o segundo documento produzido no movimento de reconceituação do Serviço Social no Brasil, especificamente na tendência de reatualização do conservadorismo.

Em relação às dimensões e competências do Serviço Social, aquela que se preocupa com os valores (de que valem as respostas dadas) e com a direção social delas (que conjunto de forças está sendo contemplado nas respostas), é a dimensão:

  • A Instrumental.
  • B Técnico-operativa.
  • C Teórico-metodológica.
  • D Ético-política.

A profissão é interpelada e desafiada pela necessidade de construir direitos e outras mediações políticas e ideológicas expressas sobretudo por ações de resistência e de alianças estratégicas no jogo da política em suas múltiplas dimensões, por dentro dos espaços institucionais e especialmente no contexto das lutas sociais. Seja no apoio às resistências cotidianas das classes subalternas em suas lutas em nossa sociedade, expressando que profissionalmente caminhamos junto aos nossos usuários, seja no tempo miúdo do cotidiano, por dentro dos espaços institucionais onde atuamos, politizando nossas iniciativas e desenvolvendo novas práticas

  • A que apaziguem a histórica relação contraditória entre Capital e Trabalho.
  • B buscando espaços a ocupar como conselhos e fóruns, considerando as variadas lutas e propostas de resistência.
  • C que superem em parte o conservadorismo que persiste em permanecer no âmbito da profissão, respaldando-as teoricamente.
  • D que enfatizem as relações sociais como totalidade que configuram a sociedade capitalista e que revelam/ocultam as relações sociais imediatas, sem prejuízo das ações imediatistas.
  • E cujo objetivo é refletir sobre os nexos que constituem a realidade social, econômica, política e cultural, no sentido de superar as demandas individuais que nos são apresentadas.

Em obra seminal, Iamamoto e Carvalho (1988) analisam e discutem o controle da força de trabalho como uma função do assistente social desde a sua gênese.
Para Iamamoto (2007), as configurações atuais do mundo do trabalho recolocam essa discussão no sentido de que, ao atuar profissionalmente, o assistente social:

  • A corrobora a determinação inicial de ser mero executor terminal de políticas sociais;
  • B atua ideologicamente sobre os usuários que atende no cotidiano, reforçando os valores institucionais;
  • C colide com o princípio de pluralidade defendido pela totalidade dos documentos profissionais;
  • D colabora para um novo tipo de socialização do trabalhador e sua família;
  • E utiliza a coerção como instrumento para dirigir o trabalhador para um determinado objetivo.

Ao pensar no Serviço Social na atualidade, Faleiros (1996) avalia que os usuários de serviços sociais estão se percebendo como sujeitos de prestação de serviços, o que lhes permite considerar a estratégia institucional para si. Entretanto, as forças operantes no bloco dominante buscam manter o controle das parcerias e uso da burocracia para administrar o social.
Como consequência dessa estratégia do bloco dominante, o Serviço Social poderá ser orientado:

  • A para a mobilização dos usuários na luta por direitos;
  • B para o deslocamento de sua intervenção para situações emergenciais;
  • C prioritariamente para o Terceiro Setor e não para o público;
  • D mais para a gestão que para o cuidado;
  • E para trabalhos temporários e menos protegidos.