Com a inversão da pirâmide populacional, está cada vez mais comum a presença do paciente idoso no consultório odontológico, e o cirurgião-dentista (CD) deverá estar preparado para intervir nesse grupo de pacientes, que, muitas vezes, apresenta comprometimento sistêmico e limitações motoras e/ou comportamentais, como, por exemplo, a doença de Alzheimer. Além de intervenções curativas, a rotina do CD deve incluir orientações para os cuidadores e adaptação de técnicas para favorecer a intervenção clínica cuidadosa e segura. No paciente idoso com prejuízo cognitivo, cuidados extras com a saúde bucal são necessários e as orientações sobre o cuidado domiciliar devem ser claras e objetivas, permitindo que sejam realizadas. É recomendação correta para cuidados bucais para pacientes idosos:
-
A prescrever bochechos diários com soluções alcoólicas de óleos essenciais como adjunto na remoção do biofilme.
-
B procurar, sempre que necessário, alternativas para o uso do fio dental (que exige muita coordenação motora fina e habilidade manual), como, por exemplo, escovas interdentais ou fios dentais especiais e escovas elétricas, que facilitam a higiene e promovem a autonomia.
-
C impedir que o idoso execute sozinho os cuidados de higiene bucal. O cuidador ou os familiares do idoso devem assumir essa responsabilidade mesmo que não haja comprometimento grave.
-
D evitar o uso de escovas elétricas, pois são pesadas e requerem técnicas específicas de escovação para a remoção do biofilme.