Leia o texto a seguir.
A PEDA DE ORO
Tinha um viúvo que tinha treis rapaz e o pai já era bastante avançado na idade, já num trabaiava mais. Os treis rapaz dentro de casa era muito obidiente do pai. Intão fazia lavora e tudo... Um dia os rapaz tá lá trabaiando na roça e passo um home.
Chegô, oiô ês:
– Bom dia!
– Bom dia!
– Uai!
– Tá trabaiano, né, ôs minino?
– É, nós tá trabaiano aqui, mas nosso pai tá bastante avançado na idade, coitado, num pode fazê mais nada. Agora nós é que trata dele. Nós faz tudo, pa meu pai.
O home assuntô ‘sim. Falô:
– Ó, ocês é besta, moço! Cês tá pa saí po mundo, pocês trabaiá, arrumá suas vida. Se ocês ficá mais seu pai toda vida, cês num ‘ruma nada. Cês tem que largá ele. Dipois que ocês largá ele, ele dá o jeito dele, uai! Ocês fica só dento de casa trabaiano pa seu pai, cês num ruma nada procês não. E dispidiu dês e saiu.
UFMG. Pró-Reitoria de Extensão. Quem conta um conto aumenta um ponto. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998. p. 6-7.
O trecho acima exemplifica a variedade linguística
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A diatópica, pois marca um falar próprio do dialeto caipira.
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B diacrônica, pois marca um falar próprio do século XVIII.
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C diafásica, pois marca um falar próprio de pessoas mais jovens.
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D diamésica, pois marca um falar próprio das crônicas.
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E diastrática, pois marca um falar próprio de acadêmicos.