João decidiu estudar as causas do crescimento da violência no ambiente urbano brasileiro. Ao fim de suas reflexões, observou que não é sustentável a tese de que os dogmas e os desdobramentos do capitalismo poderiam de algum modo ter contribuído para o crescimento da violência e da exclusão social.
Maria, ao analisar a afirmação de João, observou corretamente que
- A uma visão contemporânea do “capitalismo selvagem” evidencia a sua efetiva influência no aprofundamento das distinções sociais, acentuando a pobreza e estimulando a violência, que está totalmente dissociada do que se denomina de violência institucional.
- B o capitalismo, enquanto modelo econômico que valoriza a livre iniciativa, não tem qualquer correlação com o crescimento da violência, o que decorre exclusivamente da desestruturação dos mecanismos de prevenção e de repressão a cargo do Estado.
- C o liberalismo econômico, ao apregoar a necessidade de reinvestimento dos tributos auferidos pelo Estado, e ser infenso a todo e qualquer direito fundamental, tende a aumentar a cizânia social, o que influi no crescimento da violência.
- D o capitalismo contribui para acentuar a estratificação social, o que, somado à violência institucional, conduz a quadros extremados de injustiça social, atuando, com outras causas, para a disseminação da pobreza e o aumento da violência.
- E a violência no tecido social decorre apenas de uma luta de classes, na qual os oprimidos pelo sistema capitalista exteriorizam sua reação à exploração de que são vítimas, fonte primígena da servilidade e da miséria.